Quando eu nasci, este Senhor já tinha vivido meio século e poucos. É obra. Há quase meio século estou cá eu, e ele cá continuava. Polémico por vezes, muito a propósito do seu humor inglês e muitas vezes pela sua falta de bom senso - eu acho mesmo que ele não queria saber. Dizia o que lhe vinha à cabeça, mesmo que fossem parvoíces.
Teve o seu papel para a Monarquia Britânica, fica para a História como o consorte mais longevo e também como um homem que não obstante ter casado por amor, nunca deve ter pensado que iria ser marido da Rainha. E ser marido da Rainha causou-lhe alguns dissabores, não obstante a família mais ou menos Felliniana que criaram.
Quando se falava na celebração dos seus 100 anos, vaticinei que não iria lá chegar, mas foi quase. Atingiu um patamar etário apenas ao alcance de alguns. Também não me enganei ao pensar que a Rainha iria ainda "enterrar" o marido, porque se este senhor teve uma longa vida, Ela terá duas. Pessoas de outros tempos com uma saúde de ferro.
Queiramos ou não, o Duque de Edinburgo foi uma figura. Paz à sua alma.
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