Acabei agora de ter conhecimento de que o indivíduo que assassinou friamente três jovens lá para os lados de Santa Comba Dão, arrecadou 25 anos de pena de prisão pelos crimes cometidos.
Se por um lado podemos falar em ter-se feito justiça, já que lhe foi aplicada a mais dura das penas tipificada no Código Penal português, por outro dou comigo a pensar se a execução bárbara de 3 seres humanos poderá ser vingada por uma pena de apenas 25 anos de prisão.
Como Socióloga, penso que estamos perante um caso bastante complexo de desordem emocional e social, estamos não só perante um psico e sociópata, como também nos deparamos com uma personalidade doentia, fria e calculista.
Confesso que sendo mulher e tendo uma irmã em idade jovem me sinto impotente e revoltada face a esta situação. Se por um lado os paradoxos da minha ciência me levam a tentar uma visão mais distanciada a nível micro e a analisar esta situação no contexto de um estudo de caso, por outro não deixo de ser humana, de pensar que poderia ter-me acontecido ou a alguém que me seja próximo.
E face a isto, distúrbios à parte, contextos sócio-económicos e vivências deste Cabo da GNR à parte....questiono se de facto uma pena de 25 anos de prisão será o indicado para um homicida que para além de ter ceifado neste caso 3 vidas com requintes de malvadez, destruiu outras tantas famílias, sonhos e aspirações.
A prisão, como o é entendida e percepcionada por todos nós hoje em dia, será para este Cabo um instrumento de punição, uma forma de o manter sob controlo e vigiado, ou...uma forma de o proteger também da ira da vizinhança?
Uma coisa é certa, durante os próximos 25 anos este indivíduo não sodomizará nem assassinará mais ninguém....mas....e depois??
Ficam os meus pontos de interrogação para reflexão.
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