Avançar para o conteúdo principal

Acerca de faltas de respeito

 Já nem extrapolo para questões de género, assédio e afins…vou pela via mais simples, a do respeito e até de alguma fé que algumas pessoas mantêm, esquecendo que se arriscam a cruzar-se com uma pessoa igualmente doida que lhes assente com um bom par de estalos na cara.

Também não foi o caso, mas começo a perder a paciência.

Vejamos: num destes dias lá ia em modo passeio com o Balzac e ele, que gosta de chamar à atenção para levar umas festas, vê aproximar-se um senhor (nesta fase para mim ainda se tratava de um senhor) e manifesta-se com os latidos característicos dos Beagles, que são um misto de ladrar tímido, com uivo e sai dali uma sinfonia cómica.

Eu que ando numa luta para que ele deixe de fazer aquilo lá começo a mandá-lo parar e nisto o tal (ainda) senhor, já ali para estatuto de terceira idade, mas ainda no início diz-me assim:

“Leva aí um cão zangado!”

Ao que lhe respondi cordialmente, até porque ele também o havia sido, que não era zanga, mas sim chamada de atenção, porque é cachorro e quer atenção.

Nisto o indivíduo, que aqui deixa de ser senhor tece o seguinte comentário:

“Ah, mas eu a ele não quero fazer festas. Agora à dona posso fazer muitas festas e muito mais!”

Podia tê-lo mandado à *****, mas o meu  nível evolutivo ainda não chegou a esse ponto de classe…mas para lá caminha porque com o avançar da idade a minha falta de paciência está abaixo do nível do mar.

Terminei o pseudo diálogo com um “tenha uma boa tarde”, tudo isto para evitar dar asas a alguma ignorância que como ser humano e pecador conservo e, com um qualquer gatilho pode emergir a qualquer momento.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Portugal, aquele tal Estado laico que nos enfia pelos olhos e pela alma dentro os desígnios da suposta fé Católica

 Eu aprecio o Papa Francisco e respeito quem tem fé, quem acredita. Deus pode ser adorado de várias formas, mas o fausto e a sumptuosidade da Igreja Católica não são de todo o que vem nas Escrituras. E defendo que cada vez mais deveriam eclodir os valores da humildade e do amor ao próximo e sobretudo canalizar a riqueza para onde ela é mais necessária. Sejam verbas da Igreja, dos fiéis ou do Estado, e nesse Estado também entro eu, acho vergonhoso o aparato que tem uma jornada destas. A sua essência é um bluff.  Sejam jovens, adultos, ou idosos, a clara maioria dos envolvidos nesta epopeia não vale nada, não faz nada para que a sociedade em que vivemos seja melhor. Porque pouco faz no seu “quintal”, para com as pessoas com que se cruza, para com o vizinho do rés do chão, para com a/o namorada/o que dizia amar como jamais amou alguém e no dia seguinte, o melhor que tem para dar é…ghosting; para com os avós, os tios, os pais…ou um desconhecido que precisa desmesuradamente de ajuda. As cri