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Mensagens

A mostrar mensagens de 2008

Em época de Advento

Sucedem-se as ofertas, os postais, as mensagens e os emails alusivos à quadra que mais um ano vivemos. E por isso, não podia deixar de partilhar um excerto de Eça de Queirós que me foi enviado hoje por email e me fez reflectir... “… Nem eu sei realmente como a ceia faustosa possa saber bem, como o lume do salão chegue a aquecer – quando se considere que lá fora há quem regele, e quem rilhe, a um canto triste, uma côdea de dois dias. É justamente nestas horas de festa íntima, quando pára por um momento o furioso galope do nosso egoísmo - que a alma se abre a sentimentos melhores de fraternidade e de simpatia universal, e que a consciência da miséria em que se debatem tantos milhares de criaturas, volta com uma amargura maior. Basta então ver uma pobre criança, pasmada diante da vitrine de uma loja, e com os olhos em lágrimas para uma boneca de pataco, que ela nunca poderá apertar nos seus miseráveis braços - para que se chegue à fácil conclusão que isto é um mundo abominável. Deste sent

Dei banho ao Xá!

Eu sei que muitos pensarão que sou louca e a um passo do manicómio, mas teimo em tratar o meu pequeno gato Xá como um princípe. Penso que se não fosse para o tratar bem, nunca o teria adquirido. De que vale termos os animais, para não lhes sabermos proporcionar bons momentos, alguém me explica? Pois que o "imperador" lá da casa, sempre muito bem escovado pelo seu dono, estava a precisar de uma bela banhoca; lá fui interiorizando a ideia e esse dia chegou na passada sexta-feira. Casa de banho aquecida, água tépida na banheira, toalhão, secador, champô Johnson para bébé...enfim, o meu petiz de quatro patas teve todas as mordomias, dignas de facto de um princípe. Portou-se a preceito, tentou escapulir-se de quando em vez, nas alturas em que o chuveiro lá lhe dava o ar da sua graça, mas digo-o com muito orgulho na minha cria, ficou lindo e cheiroso. Sinto um gosto enorme em olhar para ele e ver as alterações positivas à sua forma de estar; num mês notam-se uns gramas a mais, o pê

Um dia frio

Uma das minhas algumas limitações climatéricas prende-se com o facto de lidar mal com temperaturas extremas. Nem me dou bem com muito frio, nem tão pouco com muito calor, pelo que quanto mais ameno estiver...melhor. Se por um lado não gosto de sair de casa atafulhada em sobretudos e camisolas que nos "enchouriçam", por outro também não me agrada experimentar a hiper-ventilação de certas peças de vestuário naqueles dias com autênticas baforadas de calor a perseguirem-nos os passos. Pois que estes últimos dias têm sido bastante frios e algo desagradáveis. Fruto da estação do ano tão necessária como todas as outras, mas o que é facto é que frio, chuva, granizo e afins, só se estiver quentinha no aconchego do meu lar, caso contrário dispenso. Apesar disso, esta estação do ano não deixa de ter o seu encanto e no habitual trajecto de casa para o emprego, posso dizer que hoje ora fazia chuva, ora fazia sol, e quem (perdão!o quê) foi que deu o ar da sua graça? ...ele mesmo, o Arco-Ír

Efeméride do Dia!

Mais importante ainda do que o dia 10 de Dezembro pode significar para mim e para os que me são mais queridos, não podia deixar de referir que se cumprem hoje os 60 anos da publicação da Declaração Universal dos Direitos do Homem. "(...) todos os indivíduos nascem livres e iguais em direitos e dignidade." Mas em 60 anos, embora seja de louvar a obra de entidades como a Amnistia Internacional, pouco se conseguiu alcançar, e estamos numa era de retrocessos. Os interesses monetários estão acima de qualquer coisa, e se...muitas vezes nem o vizinho do lado se respeita, como se irão respeitar os pressupostos de tão ilustre declaração. Aquando da sua publicação, o mundo tinha saído há pouco de uma Guerra Mundial, massificadora e devastadora em que os direitos humanos foram postos em causa. Mas nestes 60 anos continuamos a assistir a atrocidades, crimes contra a Humaninade, desleixo para com o mundo em que vivemos. Se cada um de nós fizesse o seu trabalho de parar para pensar, dedica

Hoje celebro os meus 31 anos de vida

e posso dizer que me sinto relativamente bem. Cada vez mais o dia do aniversário é para mim uma data quase banal, embora goste cada vez mais de estar com os meus, com as pessoas importantes para mim, com aqueles de quem mais gosto e que em todos os momentos têm estado comigo. Por isso, este ano, digamos que tenho um aniversário com várias celebrações, todas elas muito importantes e dotadas de muita emoção e sentido para mim. A passagem da meia-noite foi bonita, na companhia do sempre e cada vez mais presente e importante P., o início da manhã com os telefonemas e mensagens daqueles que não esqueço e que jamais me esquecem, o almoço com a amiga do peito R. e mais dois amigos muito especiais, o jantar será em família...recatado quanto baste com a minha sempre amiga e presente Madrinha...e o serão de arromba com os amigos do peito destes e de outros "carnavais" será no próximo sábado. Ainda dizem que os casamentos das gentes de etnia cigana duram muitos dias...as festividades do

"Já ninguém morre de amor"

Título sugestivo do último livro a fazer parte da minha já considerável biblioteca. É a primeira obra que leio do Domingos Amaral, confesso que não conhecia a sua escrita, mas...fiquei rendida. A escassas páginas do fim, posso dizer que a história bem como os seus personagens são contagiantes, o misto de informções de quatro gerações de homens da mesma família, conseguem prender-nos a atenção e desejar que chegue o tão ansiado desfecho. Não querendo contar a história, para aguçar ainda mais o apetite dos amantes das letras, apraz-me referir que, partindo de um ponto tão simples como o ser ou não possível morrer-se de amor , através das estórias de vida de quatro gerações de uma mesma família de homens viris, passamos ao longo de vários períodos da História mundial, por países tão longínquos como Brasil, Angola e Moçambique, desde o século XIX até aos dias de hoje. E fica a pergunta...ainda se morre de amor? ...talvez o percurso de vida de Salvador nos dê a resposta a tão ilustre pergun

Dedicado ao P.

O P. é o meu mundo, a minha alegria, a minha esperança num futuro bom, o meu sorriso, as minhas lágrimas de alegria, o meu porto de abrigo, a personificação dos meus mimos...enfim, à excepção dos desentendimentos que fazem parte da vida de qualquer casal, o P. é o meu outro Eu, a minha metade. Mas não vou falar agora acerca dos meus sentimentos por ele, que são muito importantes e reais; vou centrar-me no dia de hoje (27/11/08) e no significado que este dia tem para ele. Faz hoje precisamente 5 anos que um acontecimento mudou para sempre a vida do P. e só ele sabe que reflexos isso teve na altura na sua vida e hoje em dia para com as suas atitudes, os seus sonhos e os seus projectos. Sei que hoje é um dia de introspecção para ele, sei que hoje é o dia de avaliar o seu passado, o seu presente e o seu futuro, sei que hoje é um dia de grandes recordações, nem todas elas substancialmente positivas mas... ...tenho a certeza de que um acontecimento apesar de ter a capacidade para mudar para

E voltando a falar no Xá...

...que para quem não sabe ainda é o novo membro da minha família, o meu bébé gato Persa, esse querido animal a quem tanto me estou a apegar faz hoje 2 meses de vida, embora só esteja comigo desde o passado dia 16. Continuam a ser momentos muito enternecedores com ele, muito ternurentos, que me deixam um sorriso nos lábios todo o tempo em que eu e o P. estamos com ele, e ponho-me a pensar no que ele andará a fazer enquanto estamos fora. Animal ou não, não deixa de ser uma cria que necessita da nossa atenção e dos nossos cuidados, do nosso carinho e da nossa ternura e é tudo isso e muito mais que daremos ao nosso (ainda) pequeno Xá.

Já tenho o Bébé Gato (Xá)

Nos últimos dias tenho andado tão contente, tão contente, tão contente... Depois de muito pedinchar ao P. por uma mascote, depois de muito insistir na ideia e confesso, depois de muito chatear a sua paciência de santo, eis que ele lá se mostrou disponível para ver uns espécimes - note-se, ver apenas, sem qualquer compromisso. ...Está bem, eu confesso...para além da minha capacidade persuasiva, também usei de "chantagem", ou seja, uma noite de discoteca que naquele dia não me estava a apetecer particularmente dado o muito cansaço, valia o tal felino, aquisição esta com prazo até dia 10 de Dezembro. E o P. que adora fazer-me as vontades, ver-me feliz e com um sorriso rasgado nos lábios lá aceitou tamanho negócio (no que ele se foi meter). Lá contactámos um criador de gatos Persa, lá fomos no Domingo passado (repito, sem qualquer compromisso) ver as pequenas "feras" felpudas e roliças. Digamos que mal entrei, o meu entusiasmo ainda cresceu mais. Eram lindos, lindo

Parabéns Mickey!

E quem é será capaz de dizer que o Mickey não faz ou não fez parte do seu imaginário infantil e não só? No meu caso, continua a ser um dos personagens da Walt Disney mais emblemático...talvez porque apesar de não gostar de ratos, este espécime seja bastante simpático; talvez que pelo facto de nunca ter mudado de indumentária, continue a conservar uma frescura e uma simpatia muito características; talvez por conservar aquele sorriso enternecedor que nos consegue "enfeitiçar" no reino da fantasia; talvez por manter umas orelhas e uns contornos que o tornam num personagem absolutamente cativante. E pensar que ao mesmo tempo que mantém toda esta jovialidade, perfaz também 80 simpáticos e ilustres anos, a encantar miúdos e graúdos. Faz-me crer que quando as obras de arte, são de facto de qualidade, adquirem intemporalidade e reúnem seguidores de várias gerações. O Mickey vai continuar a encantar, a conservar o seu bom aspecto, tal como os seus pares, vai continuar a fazer part

E porque não falar em Amor...

Dedicado ao meu amor P. e ao sentimento que temos um pelo outro...e porque sei partilhar, dedico também a todos aqueles que amam... Porque o Amor move montanhas, derruba barreiras e é o sentimento mais bonito e puro que existe, embora muitas vezes seja esquecido. Implica dádiva, partilha, generosidade, gestos simples ou calorosos, mas nunca deixará de ser o sentimento maior. O Amor é....Tudo.

"Cinéfilices"

Já não sendo segredo para quem me conhece que adoro cinema, embora os meus filmes de eleição sejam tramas mais antigas (Citizen Kane, O Nome da Rosa, Apocalypse Now, Os Pássaros, África Minha...entre tantos outros), os musicais continuam a fascinar-me muito. Não só porque dispõem bem, passa-se um bom momento de cinema, não nos obrigam a pensar muito, põem à prova outros dotes a que muitos actores não estão habituados e normalmente trata-se de comédias, o que, dada a conjuntura actual, nos faz cada vez mais falta. Neste caso específico gostei da história, do enredo, das músicas intemporais dos ABBA, das notas de humor e da sempre notável interpretação da Meryl Streep; seja em que género fôr, aquela senhora é de facto uma actriz extraordinária (de se lhe tirar o chapéu). Para o P. que não aprecia nada este género cinematográfico ficou a absoluta rendição a esta peculiar película rodada pelos paraísos gregos e valeu o meu espírito persuasivo a convencê-lo a deixar-se de preconceitos

E porque hoje é Dia de S. Martinho...

"Pelo S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho" Estas e outras quadras acompanham-nos neste dia que por norma é solarengo e quente (dada a época), mas que neste ano trouxe alguma chuva para uns mais a norte e nuvens escuras para nós, mais a sul. Mas faça chuva ou faça sol, este dia não poderia passar sem cumprirmos a nossa pagã tradição e dedicarmo-nos ao nosso mais ou menos recheado ritual de S. Martinho. Sejam assadas ou cozidas, queremo-las é "quentes e boas" e bem acompanhadas com a tradicional água pé. Um bom dia de S. Martinho para todos e mais um rito pagão para juntar à nossa vasta colecção.

Não é tão ternurento!?

É verdade que já não sou nenhuma criancinha, é verdade que já tenho a noção do certo e do errado e a noção do trabalho e responsabilidade....mas....gostava tanto tanto de ter uma mascote lá em casa, e estou rendida ao encanto dos gatos persa. É verdade que sempre fui avessa a animais dentro de casa...mas os gatos são tão asseados e independentes... É verdade que sempre fugi de gatos em casa, a pensar no sofá, nos belos cortinados e nos meus bibelôts....mas os persas são tão mansinhos e fazem tanta companhia. ...E...mudei de opinião. Rendi-me aos encantos deste felinos felpudos. Será que sou troca-tintas e o facto de olhar para uma ternura destas me desconcertou e deitou por terra as convicções antigas? Uma coisa ou outra neste momento não tem grande importânia; P. por favor, pensa lá nos meus apelos, era tão engraçado ampliarmos já o nosso agregado familiar...

Mudança de Dinastia

E eis que a notícia mais que esperada chegou. Barack Obama é o novo presidente eleito nos Estados Unidos da América. Finalmente uma boa notícia, na minha parca opinião, não só para o povo americano, como também para a conjuntura mundial. Não posso disfarçar o meu entusiasmo por constatar que finalmente foram premeados os bons valores morais, a mudança, a inteligência e o sentido de Estado, em detrimento de factores mais ou menos claros que muitas das vezes movem o eleitorado. Espero que esta eleição contribua para uma nova ordem mundial e para um sistema um pouco mais justo para todos, principalmente para o povo americano e que, os ventos de mudança que começaram a soprar, sejam pautados sempre por atitudes positivas e ordeiras em prol do alcance de uma relativa estabilidade mundial há muito perdida, em parte devido à má governação dos últimos dirigentes da "grande" nação que é a América. E que o grande dia de Barack Obama, seja também o início de muitas novas ideias, úteis c

As férias na Ilha do Sal

Enfim, após o regresso das fabulosas férias em Cabo Verde, na Ilha do Sal (tema a que dedicarei vários posts), eis que as saudades já apertam. Em primeiro lugar porque estou novamente com uma gripe daquelas...das antigas que nos deixam com dores por todo o corpo, e de facto enquanto estive por paragens africanas nem um resquício da minha sinusite eu senti. Depois porque fiquei fascinada com a simplicidade das gentes, pelos cheiros e odores, pelas imagens mentais que ainda conservo guardadas na minha mente, pelas paisagens, pela praia, pela comida, pelo calor, pela aridez e pelo seu consequente encanto. Por todos estes factores e muitos mais vim de lá com um sorriso estampado no rosto (aliás viemos, eu e a minha cara metade P.) e com vontade de repetir a estada por terras de Cabo Verde. Obrigada ao povo caboverdiano, e obrigada a Deus (se é que Ele existe) por nos proporcionar em vida delícias deste teor que nos deixam marcas para sempre.

O dia da maior Saudade!

Por muito que tenha para dizer...torna-se impossível no dia de hoje tecer muitas palavras relacionadas com aquilo que sinto. É um dia difícil que se vem repetindo de há dez anos a esta parte...o dia da morte da minha querida avó. Foi uma perda muito grande para mim, e recordo este dia 06 de Outubro de 1998 com muita nostalgia, não por ter sido o dia em que a perdi, mas por ter sido o dia, em que escassas horas antes a tinha visto com vida pela última vez. E é nestas alturas que a noção de tempo e de espaço se desvanece, porque no meu coração parece ao mesmo tempo que foi ontem, ou mesmo há uma eternidade. Eternos são os sentimentos que tenho pela Avó...jamais a irei esquecer.

Pensamentos...

"Há dois tipos de pessoas; as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo: há menos competição." Indira Gandhi Dá que pensar de facto, e nesta sequência vêm-me à mente vários protótipos associados ao segundo grupo: Os que se acham "espertos" e que contam apenas com a sua esperteza, esquecendo-se da inteligência dos outros Os perfeitos incompetentes Os lambe-botas Os que nos passam a mão pelo pêlo, mas que ao nosso mínimo descuido nos espetam a aguçada arma branca pelas costas (não têm coragem de a espetar pela frente) Os que não conseguem viver com a competência alheia Aqueles que não nos conseguindo atingir profissionalmente, nos injuriam a título pessoal Os frustrados que não conseguem engolir o facto do chefe não os gramar e que não se apercebem que isso acontece porque são uns perfeitos idiotas Os invejosos Enfim, e quando todas estas "qualidades" estão concentradas numa mesma pessoa? Digamos que atingimos um pleno

Zé - 60 Anos

Perfaz hoje dia 24 de Setembro 60 anos de vida o meu padrasto...o Zé. O Zé foi uma figura muito presente e marcante na minha vida até aos meus 23/24 anos; marcante e importante pelos melhores e piores motivos. O Zé foi o pai que eu não tive, e talvez por isso o tenha transformado na personificação da figura paterna que até então não tinha, mas também foi o "amigão", que tinha paciência para me explicar as equações matemáticas para as quais eu não tinha a mínima vocação, tinha o dom de me tentar levantar a auto-estima quando ela estava mais em baixo, tinha o dom de me fazer rir com as suas graçolas, ousava sobrepôr-se a algumas ordens dadas pela minha mãe, em prol de ver um sorriso estampado na minha cara. Afinal, que mal fazia a miúda comprar uns ténis novos All Star, ou umas calças de ganga Uniform, quando até tinha passado de ano e não dava problemas!? A mãe dizia - não tem que se premear o sucesso escolar, é o trabalho dela. E no meio destas discussões que não levavam a la

Dia de Equinócio

E cá estamos nós em dia de Equinócio....Primavera, Verão, Outono, Inverno. E as estações do ano lá vão mudando ciclicamente, agora vem o tempo mais fresco, a queda da folha, as primeiras (!?) chuvas, as vindimas, as castanhas, a batata doce... Daqui a nada começa a engalanar-se Lisboa com as luzes a aludirem ao espírito natalício, depois vem a quadra propriamente dita, a seguir o Solstício...blá, blá, blá. Mais um ano, mais um ciclo e assim sucessivamente. Quem sou eu para mudar o mundo ou o normal decurso das coisas, mas há alturas em que o peso da rotina é elevado demais. Enfim, cá continuo eu igual a mim própria, vem o tempo frio e com ele o espírito nostálgico que me caracteriza.

O "Bóguinhas" está doente...

... e eu estou a ficar uma pilha de nervos. Costuma dizer-se que uma "desgraça" nunca vem só, e cada vez mais sinto na pele esse provérbio. Quando as coisas não correm bem, não há mesmo volta a dar....grrrrr, que irritação. Na mesma semana em que derivado à crise que se vive por esse mundo fora, não páro de ver a Sra. D. Euribor a subir e consequentemente a inflaccionar em grande a prestação da minha casa, venho a descobrir que por causa de um fundo de investimento da treta (o qual quando o subscrevi me disseram que era uma poupança segura, com a qual nunca perderia capital investido) num dia perdi 10€ (penso no que poderei perder em 10 dias), só me faltava o veredicto animador de que o Bóguinhas Twingão está com as suas electrónicas em estado de loucura, o que me vai custar um arranjo, digamos que no mínimo ...generoso para a oficina e cruel para a minha carteira. Mas será que estas intempéries quotidianas têm que acontecer na mesma altura e logo a nós? Há por aí tanto povo

Dias Não!

Não sei o que se passa, se é da conjuntura geral, da disposição dos planetas ou da presente fase da Lua que não me favorece, mas o que é facto é que tenho vivido alguns dias não seguidos. O euromilhões teima em não querer nada comigo, mas eu também não jogo O meu carro anda meio preguiçoso e a "avisar-me" constantemente que um dia destes faz greve à porta de casa (coitado, não lhe dou um dia de descanso) As lides laborais e a minha desmotivação profissional cá continuam A irritação por se passar mais um ano em que não me fui inscrever para o Mestrado (por falta de tempo para as consequentes tarefas académicas) é crescente E para piorar....a constante moleza que me tem dado todos os dias após o almoço em que apenas tenho vontade de dormir uma valente sesta.... Têm dado origem a que, ainda agora regressada de férias, sinta a minha energia muito por baixo. Resta a esperança de que o Sol volte a dar o ar da sua graça e que as próximas férias cheguem rapidamente, porque o que eu p

À minha Avó

Parece que ainda ontem me despedi com um "até amanhã avó", e estão quase a cumprir-se 10 anos sobre o último dia em que a vi com vida. As saudades são muitas e não há um único dia que não me lembre dela, com um aperto que ainda não consegui resolver, mesmo passados todos estes anos. Para a minha inesquecível avó Isabel... Unforgettable thats what you are.. Unforgettable though near or far.. Like a song of love that clings to me how the father knew those things to me never before has someone been more Unforgettable in every way and forever more (and forever more) thats how you'll stay (thats how you'll stay) thats why darling its incrediable that someone so unforgettable thinks that I am unforgettable too No never before Has someone been more ooo unforgettable (unforgettable) in every way (in every way) and forever more (and forever more) thats how you'll stay (thats how you'll stay) thats why darling its incredible that someone so unforgettable thinks that I a

"Gustav"

Ainda na sequência das trocas e baldrocas das estações do ano, não posso deixar de, como cidadã do mundo me sentir preocupada com mais um furacão que está a fustigar as zonas do costume nesta altura do ano. Apenas ontem tive oportunidade de ver algumas imagens, e ouvir depoimentos sobre o que se está a passar, e recordei imagens dantescas de há 3 anos aquando do furacão Katrina, que vitimizou muitas das famílias que se vêem agora a braços com mais esta calamidade natural. É incrível como o nosso apego à matéria face a situações de crise se torna tão ténue. Ver aqueles milhares de pessoas em fuga, a carregar o seu peso e a roupa do corpo a par com muita desolação, medo e resignação no olhar faz-me pensar que cada vez mais devemos olhar a vida de outro modo. Esta reciclagem da humanidade, processada desta forma entristece-me ao mesmo tempo que me deixa apreensiva. Esperemos que os Gustav's, os Katrina's, os El Ninõ's e toda a sua família sejam condescendentes com o nosso pov

Onde é que pára o Verão!?

Seja porque o mundo está louco , Seja porque estamos a pagar a factura de atentados contra o ambiente que se fazem diariamente, Seja por terem aberto a escotilha da era nuclear, Seja pela globalização de atrocidades, Seja pelo aquecimento global, Seja pelo recrudescer de cada vez mais catástrofes naturais, Seja...Seja...Seja.... O que é facto é que de ano para ano, as estações do ano em nada são o que eram há uns anos atrás. Lembro-me de invernos chuvosos, ventosos, frios (gélidos) e com queda de granizo. Lembro-me da aurora da Primavera. Lembro-me de verões verdadeiramente quentes, com noites igualmente apetecíveis, em que até os lençóis de linho nos encaloravam ainda mais o corpo. O Outono enfim, sempre foi aquela estação, da mudança do espírito alegre para o espírito mais triste, a queda da folha e as árvores com a sua tonalidade amarelada. Uma estação contudo, com muito encanto. Mas pergunto-me, o que está a acontecer, para já nada ser como era antigamente? Até onde irá esta descar

Portugal-Jacking

Que Portugal há muito deixou de ser um belo jardim à beira-mar plantado, já muitos de nós o sabemos e por certos pontos...ainda bem. Há que sair do anonimato, mas pelo menos que seja por bons motivos. Mas, o actual estado da (in)segurança no nosso país é algo que começa a preocupar-me seriamente. Os casos isolados de criminalidade em geral devem requerer a nossa melhor reflexão, mas estamos a assistir diariamente ao advento de uma onda de crimes e vandalismo que tocando quase toda a tipologia de criminalidade, se está a tornar preocupante. Agora pergunto-me, esta onda está em formação neste momento, ou os meios de comunicação social ter-se-ão lembrado agora que este tema afinal também vende? Assaltos, roubos, homicídios, raptos, violações...sempre os houve, é certo. Mas estamos a assistir neste momento a uma quase histeria da bandidagem que resolveu atacar em todas as direcções, com uma periodicidade alucinante. O aumento dos índices de criminalidade está associado a vários factores,

...Regresso

Após quase 3 meses de ausência destas lides, eis que regresso a este espaço. Que saudades. Que saudades de perpetuar os meus pensamentos, que saudades de expandir através da escrita os meus sentimentos e emoções, que saudades dos comentários e desabafos....enfim, que saudades de tudo e mais alguma coisa. Digamos que o regresso seja ao que fôr nos deixa num misto de sensações, sem sabermos a que dar atenção primeiro, sem sabermos ainda bem o nosso lugar, sem sabermos se a "casa" está ou não bem arrumada. Há que colocar tudo nos eixos e acordar para vida. E cá estou eu....afinal viva!

O Meu Ninho

O meu ninho fez na semana passada 3 anos, pelo que é um ninho jovem, pelo menos para mim. Primeiro não passou de um projecto, depois uma realidade, depois uma realidade para mim, até se transformar no meu refúgio. Já fui feliz aqui, já tive momentos em que tive que tomar decisões importantes, outros momentos de abandono face ao ninho...e neste momento digamos que estou em fase de grandes construções e edificações na minha vida. Ramo a ramo, o ninho e o meu Eu lá se vão compondo. O que começou por ser um ninho triste e sem vida, está a transformar-se aos poucos num lar alegre que transborda uma atmosfera simpática, colorida e cheia de boas energias. E cada vez me sinto melhor aqui. Concordo... home, sweet home!

Dias Difíceis

Contrariamente ao exemplo de Samuel Beckett na sua peça "Dias Felizes", posso dizer que estes últimos dias têm sido no mínimo difíceis. Há dias assim, semanas assim...parece que tudo à nossa volta teima em correr mal, e das poucas coisas que correm bem, temos a capacidade de as estragar e destruir. Olhamos à nossa volta e parece que tudo o resto está ao contrário, com valores e normas diferentes dos nossos. Começo a concordar que as catástrofes naturais por esse mundo fora baralham completamente o nosso ecossistema interno. É o cansaço, a desmotivação e acima de tudo a necessidade de umas grandes férias que estão a falar mais alto. Como as férias ainda são uma miragem, resta aproveitar o fim de semana que se avizinha e aproveitar ao máximo os sempre bons momentos entre amigos (se se proporcionar) e com o P (sempre).

"Blindness"

Como apreciadora de cinema que sou e das grandes obras, não podia deixar de dedicar um comentário ao mais recente filme de Fernando Meirelles "Blindness". É um filme que ainda não vi mas que visualizarei oportunamente, conheço tanto a obra que deu origem a esta película, como o realizador através do fantástico filme "A Cidade de Deus". As minhas expectativas estão de facto num parâmetro muito elevado, mas também não espero menos do que suplantá-las, pois ter a honra de abrir o Festival de Cinema de Cannes não é para todos os realizadores nem tão pouco para todos os filmes. Pessoalmente, e perdoem-me todos aqueles que gostam do escritor em causa, não gosto particularmente de José Saramago mas como tudo na vida e sem radicalismos à mistura, gosto de alguns dos seus escritos e de todas as obras que li, aquela que retenho é sem dúvida o "Ensaio sobre a Cegueira". Uma realidade que, analisada daquela forma é muito interessante, uma crueza e ao mesmo tempo o fa

Pelos Caminhos da Fé

Maio é também um mês de grande importância para a comunidade judaico-cristã, em particular para os que professam a Religião Católica. No meu caso específico não posso dizer que tenha sido educada acerrimamente segundo todos os pressupostos desta ideologia, mas foram-me sendo transmitidos ao longo do tempo valores que até hoje regem a minha personalidade e o meu livre arbítrio. Possuo o sacramento do baptismo e mais nenhum, creio que quando tiver descendência, fomentado por mim, será o único sacramento que farei questão que detenham. Tudo o resto estará ao seu critério, assim como a escolha da religião que queiram seguir e consequentes confissões. Tenho uma visão muito própria da Religião, dos Caminhos da Fé e de Deus, visão essa que muitos entenderão como confortável. Conheço a Bíblia, conheço as teorias do catolicismo melhor que as de outras religiões, e por isso adoptei há muitos anos uma posição de respeito por tudo o que considero razoável e indignação para extremismos, exageros e

Quebrar Regras (...só para quem pode!)

Se há característica que eu admiro nos seres humanos é a posse de sentido de justiça, e se valorizo essa qualidade nos outros, posso dizer que também eu tento na medida do possível sê-lo nas diversas situações do dia-a-dia. Uma das notícias do dia de hoje é que o nosso excelentíssimo Primeiro Ministro José Sócrates no seu voo para Caracas a fim de ter um encontro com o sui generis Hugo Chávez, terá fumado uma quantidade generosa de cigarros, a par com tantos outros membros da sua numerosa comitiva. Eu até simpatizo bastante com o Sr. em questão, considero-o um bom político, lá vou concordando com algumas das suas medidas mais ou menos polémicas e acho sinceramente que, apesar da conjuntura, será um dos melhores primeiros-ministro que tivemos nos últimos anos. Mas...pasme-se o descaramento. Se desde o passado dia 01 de Janeiro vigora a lei da proibição de fumar em espaços fechados devidamente identificados, aeronaves incluídas, porque raio é que uns podem e outros não? Se vivemos numa

Saudações Académicas

Para quem é ou já foi estudante universitário, o mês de Maio é o mês das Academias por excelência. É para muitos que todos os anos se opera o virar de uma página e o recomeço da escrita de outra, que mais não são do que as páginas das nossas vidas, das nossas memórias e de tudo o que estará para vir. O mês de Maio de 2000 foi um dos meses, um dos ritos que não esqueço, rito esse que me é relembrado todos os anos. É indescritível o que nós sentimos quando estamos perante o fechar de uma etapa...foi nessa altura que senti o peso dos anos, o peso de alguma cultura, de relativa sabedoria no nicho que escolhi para mim e para o qual tenho vocação, o peso da responsabilidade. Saber que daí para a frente nada iria ser como dantes, saber que iria começar a estar por minha conta e risco, provar uma certa independência, fazer cada vez mais as minhas escolhas, ser responsável por elas e assumir os seus riscos e consequências. Sim, foi aos 22 anos que de facto me senti a entrar na vida adulta, até

O Poder Terapêutico (e não só) da Sesta

Sempre pensei que o gosto extremo por este hobbie com o passar dos anos (das décadas) fosse passando ou deixado para segundo ou terceiro plano, mas não. O avançar da idade não o atenuou, mas também não o agravou...digamos que estou na mesma. Tenho uma capacidade inata para dormir horas a fio digna de estudo; quem quiser colocar-me num tubo de ensaio tem aqui um objecto de estudo no mínimo sui generis e capaz de proporcionar uma ou outra conclusão no mínimo insólita. O que hei-de fazer...gosto de dormir, o meu cérebro e o meu corpo precisam de algum descanso para retemperar energias, sim, porque os anos passam e não perdoam (eu e os meus lamentos). Hoje então é daqueles dias em que se pudesse tinha passado da cama directamente para o sofá, sem passar pela casa partida e sem receber 2 contos. Ainda lá estaria literalmente a bezerrar. Mas enfim, ainda faltam 2 dias até poder fazer a minha merecida sesta da tarde que, segundo a minha saudosa avó dizia há alguns anos atrás, me faria cresce

Maio (1968-2008)

E cá estamos nós no mês de Maio, altura em que se cumprem os 40 anos do Maio de '68. Para a geração dos meus pais a passagem destes 40 anos, será mais um "parece que foi ontem"; para as gerações vindouras, talvez ainda vivam hoje o resultado de uma revolução que trouxe os seus aspectos positivos até aos dias de hoje. Quando os estudantes decidem sair à rua, muitas mudanças se operam, muitos excessos se cometem (não nego), mas nada fica como era antes. E tudo começou com a revolta estudantil liderada pelo então jovem rebelde Daniel Cohn-Bendit e a consequente ocupação da Universidade de Paris X (Nanterre) ao que se seguiu a ocupação da emblemática Sorbonne. As universidades são encerradas, os gritos da discórdia e da insatisfação saem à rua, o descontentamento face a uma sociedade castradora e um sistema de ensino obsoleto acabam por se alastrar a muitos outros quadrantes da sociedade e a classe trabalhadora junta-se aos ecos da revolução estudantil. Greves, paralisações,

A Praia da Ursa

Já muito me tinham falado desta praia em especial, mas só este domingo tive oportunidade de travar conhecimento ao vivo e a cores com ela. Costumo dizer (e passo a expressão), que "sou como os lagartos"; gosto e preciso de Sol. Os dias de Sol são mais alegres, mais saudáveis, a nossa disposição muda radicalmente, também para melhor. Mas não só por isso...o Sol a mim aquece-me a alma, penetra no meu coração e enche o meu espírito de bons pensamentos. Não há melhor terapia do que um bom dia de Sol e sempre se poupa algum dinheiro em Prozacs e afins. Também gosto da praia em si; nalgumas conseguimos ter uma sensação de liberdade, indescritível. A sensação de imensidão ao olhar para o horizonte é algo que não consigo exprimir por palavras, proporciona-me uma grande tranquilidade. Somando a todas estas variáveis o cenário natural da Praia da Ursa (nas cercanias do Cabo da Roca) posso dizer que tive dos dias mais perfeitos da minha vida. A praia, o ambiente, o Sol, eu e P. Um progr

O Jogo!

...Palavras para quê? Saí do Estádio com cara da menina que foi a primeira vez ao circo ou à extinta Feira Popular. Delirei. Vibrei. Gritei. (aliás berrei!) Gesticulei. Ri. Saltei. Enfim, vivi uma panóplia de emoções. Vivi um misto de sensações minhas e de tantas outras pessoas à minha volta. Nos diversos momentos que compõem uma partida de futebol, conseguem ver-se espelhadas nos rostos de uma só pessoa várias emoções, tão díspares entre si como a alegria e a tristeza. É irónico que tal aconteça, não passa de um jogo, não passa de um espectáculo desportivo, mas todos nós precisamos de nos aliar a um ídolo ou a vários, todos nós precisamos de sentir alguma vez nas nossas vidas o êxtase da multidão, o sucesso daqueles que seguimos. Enche-nos de alegria e por momentos faz-nos esquecer tudo o resto que nos povoa o raciocínio e a mente. Mas que fique também registado que, sendo a minha estreia, assisti a um grande jogo de futebol, não fiquei de todo mal impressionada com o universo de adep

A minha primeira ida "à bola"!

Já diz o ditado que "vale mais tarde do que nunca" e fazendo jus a esta e outras máximas, hoje vou viver uma experiência nova, algo a que há muito desejava assistir e que nunca se proporcionou. Pois bem....vou "à bola". Podia dar-me para algo bem pior, ou para um programa mais zen num serão de quarta-feira, mas a vontade de assistir a uma partida de futebol, ao vivo, a cores e em directo, já era tão grande, que desta vez não resisti em aceitar o convite. E lá vou eu toda animada, não vou levar cachecol verde, mas confesso que pelo menos 60% da minha indumentária tem a côr verde como pano de fundo. Espero sentir aquela emoção, ver de perto a histeria colectiva das claques e dos apoiantes, rir, divertir-me.....e gritar GOOOOLO as vezes que a inspiração da minha equipa espelhada nos pés de um qualquer ponta de lança o permitir. E como há sempre uma primeira vez para tudo, hoje vai ser a minha estreia absoluta no que toca a assistir a um jogo de futebol a sério. Oportu

Ao Meco

A Primavera, ainda que um pouco envergonhada lá vai dando o ar da sua graça e lá tivemos um fim de semana com um estado de tempo relativamente ameno. Nem muito calor, nem muito frio...enfim, apelava ao passeio. Passeio por passeio, indecisões à parte, lá optámos pelo Meco. Foi fantástico; há alguns anos que não ia até lá, matei saudades, dei comigo a absorver aquela imensidão do mar ao largo do Cabo Espichel, a sentir o vento a bater com alguma força na minha face, a apreciar as manobras de Parapente dos entendidos na matéria...e a pensar que a vida podia ser tão simples... Já lá dizia o Pedro Miguel Ramos..."Amo-te Meco".

Para Sempre...José Cardoso Pires

"(...)Lembro-me de que essa manhã foi invadida por um aguaceiro desalmado, ouvia-se uma chuva grossa e pesada lá fora mas deve ter sido passageira porque quando acabou a Edite ainda estava ao telefone. A partir de então tudo o que sei é que me pus ao espelho da casa de banho a barbear-me com a passividade de quem está a barbear um ausente - e foi ali. Sim, foi ali. Tanto quanto é possível localizar-se uma fracção mais que secreta de vida, foi naquele lugar e naquele instante que eu, frente a frente com a minha imagem no espelho mas já desligado dela, me transferi para um Outro sem nome e sem memória e por consequência incapaz da menor relação passado-presente, de imagem-objecto, do eu com outro alguém ou do real com a visão que o abstracto contém. Ele. O mesmo que a mulher (Edite, chama-se ela mas nada garante que esse homem ainda lhe conheça o nome, que não a considere apenas um facto, uma presença) exacto, esse mesmo Ele, o tal que a Edite irá encontrar, não tarda muito, a pente

Hoje faz também anos que nasceu...

...a minha Mãe. Se por um lado não se deve dizer a idade de uma Senhora, no caso da minha mãe não vejo qualquer problema em salientá-lo. Os anos passados ou as Primaveras que já vivemos poderão ser sinónimo de muitas experiências boas e más, sabedoria, conhecimento...enfim, no caso da minha Mãe apagam-se hoje as 54 velas. Por circunstâncias da vida, longe dela fisicamente mas perto do coração, que este dia, embora chuvoso e ventoso, seja para Ela um Dia Feliz.

O dia da condenação da Socialite

Peço desculpa se firo susceptibilidades, mas não posso deixar de salientar esta notícia acabada de divulgar. Não é de hoje que nos deparamos com este tipo de escândalo, este tipo de atrocidades, movidos basicamente pelo poder do dinheiro. Tudo em prol do valor do seguro, da herança, das jóias, do carro e da casa... Mas confesso que não estou ainda muito habituada a estas situações à "porta de casa", que é como quem diz, neste rectângulo à beira-mar plantado que é o nosso país. Mais ainda quando a vítima é o marido e o hediondo crime é orquestrado pela própria mulher e mãe de um filho seu. O desespero será assim tanto e a frieza não terá mesmo limites, ao ponto de se fazer uma coisa destas? E ter-se-á assim tanta fé em Deus e tão pouca nas nossas autoridades para se acreditar que todo um esquema de homicídio com contornos duvidosos passaria impune? Ou não será correcto falar em fé...mas antes em estupidez? Uma coisa é certa, desta vez ter-se-á feito hipoteticamente justiça. Tu

Nunca é Tarde Demais!

Para variar durante o passado fim de semana tive um programa muito habitual para mim; lá fui eu outra vez ao cinema. As opções não eram muitas, e sem saber grande coisa acerca do filme, talvez o tenha escolhido pelo par de actores que me infunde bastante respeito - Morgan Freeman e Jack Nicholson. No final da "jornada" posso dizer que um filme que eu julgava ser bom, em grande parte pelos actores que o interpretam, foi muito mais do que isso. Foi sem dúvida um bom momento cinematográfico, mas acima de tudo algo que nos faz pensar em situações da vida, em oportunidades desperdiçadas, em nós próprios e na atitude que temos perante o que nos rodeia. E de facto, nunca é tarde demais para: Partir ao encontro daquela aventura que nunca tivemos coragem de enfrentar Deixar de arranjar desculpas para encontrar momentos de felicidade nem que seja nas coisas mais pequenas e insignificantes Aceitar como Amigo aquele que parece ser o nosso oposto, mas que encerra em si o conceito da dádiv

O Dia dos seus 20 Anos

Hoje é um daqueles dias em que vivo um misto de emoções. O dia 6 de Abril de 1988, foi o dia em que a minha vida mudou, em que aquilo que eu mais desejava se concretizou. Foi o dia em que nasceu a minha Irmã. Lembro-me como se fosse hoje, a ânsia em que me encontrava, ver de dia para dia a barriga da minha mãe cada vez maior, sentir os pontapés daquela bébé inquieta e agitada e desejar tê-la nos meus braços, mudar as fraldas, adormecê-la...no fundo para além de uma irmã, queria uma boneca humana, para satisfazer todo o instinto maternal que nós mulheres temos desde cedo. Foi numa quarta-feira que o sonho se transformou em realidade, e que aqueles olhos azuis muito vivaços e arregalados olharam para a sua nova família e eu, do alto do meu pedestal de irmã babada comecei a encarar a vida de outro modo. Embora fosse uma menina de apenas 10 anos, senti-me também eu responsável por aquele novo ser. No fundo queria e quero que ela seja muito feliz. Que cumpra com todos os seus objectivos, qu

Dia das Mentiras ou Dia dos Tolos?

Mais vulgarmente conhecido como o Dia das Mentiras, há quem chame ao dia 1º de Abril o dia dos Tolos. Será por acaso, será porque quem cai nas mentiras são apenas os tolos? De médico, de louco e de tolo...todos teremos um pouco? Vá-se lá saber. Segundo muitos a origem do Dia das Mentiras remontará ao séc. XVI, à sociedade francesa, altura essa em que o início do novo ano se comemorava no dia 25 de Março aquando da chegada da Primavera e se estenderia até ao 1º de Abril. Com a adopção do Calendário Gregoriano e tendo-se estipulado o início do ano em 1 de Janeiro, alguns resistentes lá não terão gostado muito da mudança e por teimosia lá insistiram na ideia do ano novo só fazer sentido a 1 de Abril e aí se deu o advento da ridicularização pública de tais personagens...brincadeira que com as devidas nuances dura até hoje. E eu que sou sempre tão céptica no que toca a estas brincadeiras e me convenço sempre que não caio em nenhuma partidinha, acabo sempre por me deixar levar por uma graço

Marasmo

Deveria passar-se exactamente o contrário, até porque já estamos na Primavera, mas o que é facto é que com o avançar dos dias parece que a preguiça se está a apoderar mais e mais de mim. O que inicialmente pensei que iriam ser uns dias de férias "aguerridos" e agitados, no final transformaram-se em dias muito zen, de muito descanso, muitas horas de sono, não cumprimento de horários para as principais refeições...enfim, por momentos parecia estar tudo ao contrário e eu em Portugal a viver mediante o fuso horário dos Antípodas. Ironicamente, com muito marasmo à mistura, foram dos melhores dias de férias que passei na vida, na companhia de quem mais gosto, e por isso valeu a pena. À parte um surto de sinusite que me fez encostar à box um dia completo, tudo o resto foi perfeito, e cá estou eu de regresso às lides mais mundanas. E os nossos dias podem ser tão felizes, e tão simples ao mesmo tempo....dá que pensar.

Dia de S. José

Sobretudo para quem é Pai, hoje, dia 19 de Março de 2008 celebra-se mais um Dia do Pai. O dia em que os papás recebem uma mensagem especial da sua prole, o dia em que as criancinhas mais jovens vêm todas contentes dos infantários e das escolas com os trabalhos manuais feitos por eles como forma de demonstrar o seu carinho ao seu herói, o dia em que as mamãs têm que ir a correr ao centro comercial comprar uma qualquer lembrança com mais ou menos bom gosto para a criança oferecer ao pai. Acho muito interessante que se celebrem estes e outros dias, mas, tal como oportunamente referi em relação ao Dia de S. Valentim, não concordo nada com as estratégias de marketing que giram em volta destas datas. Ele são as monstras das lojas recheadas de coraçõezinhos e diplomas para o melhor Pai do mundo, ele são os peluches do costume, já para não falar dos pijamas e dos boxers...mas afinal é assim que demonstramos aos nossos pais o quanto gostamos deles? Não creio. Lembro-me como se o tivesse feito h

As minhas leituras

Para que fique digno de registo, sou uma amante das letras, das artes, do belo...mas...amante amante, sou mesmo das letras. Gosto de ler, gosto de escrever e absorvo/retenho sempre muita informação das leituras que faço. O gosto por esta forma de arte foi-me incutido desde cedo, aprendi a ler as primeiras linhas de um qualquer conto de encantar aos 4 anos e desde aí não mais tenho parado. Corrijo, por vezes páro, naquelas alturas em que a disponibilidade mental e emocional não o permite, mas tento ultrapassar rapidamente essas fases menos dadas à minha paixão pelos livros. Sim, é mesmo paixão. São sem dúvida um factor muito importante na minha vida, não só a nível de aprendizagem, de lazer, mas até de conforto e de companhia. Os meus livros são os meus pertences mais íntimos, fazem parte da minha existência e ocupam um lugar muito especial para mim. Sei exactamente a proveniência de cada um, sei exactamente a altura da minha vida em que os adquiri ou em que me foram oferecidos, sei com

Para Ti que és Especial...(Parte I)

Ao longo da nossa vida cruzam-se connosco várias pessoas, algumas vão ficando no nosso coração, outras por vezes desejamos nunca ter conhecido, não por nada em especial, mas talvez porque as "massas" não sejam propriamente compatíveis. Nem sempre descortinamos as compatibilidades com tanta clareza de espírito como seria desejável, mas a seu tempo algo nos faz parar para pensar, algo nos faz alargar horizontes e ver mais além. E quando o destino nos resolve pregar partidas/surpresas? Será que estamos preparados para assimilar o que aí vem? Acredito que sim, basta haver disposnibilidade mental para aceitar o que de melhor nos está reservado como uma espécie de dádiva e viver cada momento intensamente, com toda a intensidade que as nossas forças conseguirem atingir. Para ti que me alimentas a alma, o espírito, o coração e que sobretudo me fazes tão feliz, e para nós que o signo da Paixão conseguiu juntar...deixo algo que sei que vais gostar. Gosto-te muito P. "Sail away w

Miss Euribor

Se me perguntarem neste preciso momento qual é a palavra de que eu menos gosto, sinceramente vem-me à cabeça a tão badalada Euribor. A Euribor não é mais do que uma taxa interbancária, que corresponde ao valor de capital que os bancos emprestam entre si...mas quem é que vai pagar por isto? Ora vamos lá conjugar o presente do indicativo do verbo Pagar: Eu pago Tu pagas Ele paga Nós pagamos Vós pagueis Eles pagam Não é novidade para nenhum de nós que de facto estamos a atravessar um período de crise económica e as alternativas não são propriamente simpáticas para o consumidor em geral...mas...meus senhores, baixando desta forma o poder de compra que tem relação directa com a diminuição do nível de vida, será a melhor solução? E o que mais me baralha é que num país como os EUA, ao primeiro sinal de crise a Reserva Federal decide baixar a taxa de juro de referência de modo a que os cidadãos não percam a sua estabilidade; pois na Zona Euro processa-se exactamente o contrário. Quanto pior e

(In)Segurança

Estamos a viver neste momento um período conturbado e de alguma preocupação no nosso país. O que para muitos era até há bem pouco tempo um rectângulo à beira-mar plantado, onde nada digno de destaque acontecia, está a transformar-se aos poucos num qualquer cenário de filme do "Faroeste" à boa maneira do século XXI. Infelizmente o cenário é bem real e temos assistido a uma vaga de criminalidade muito violenta, assassinatos à queima-roupa em que os próprios móbiles dos crimes não se encontram propriamente bem esclarecidos. Pelos piores motivos, estamos a transformar-nos num "país à séria". Falando por mim, tenho algum receio em andar até tarde fora de casa, ando sempre com o carro trancado, não olho para trás quando sou abordada na rua...enfim, leis da sobrevivência. Mas será que esta onda não vai parar? Um país pequeno, com apenas 10 milhões de habitantes não tem estrutura para se precaver destas situações? A conjuntura não é a melhor,a qualidade de vida está cada ve

Hoje...

Cumpre-se mais uma das minhas efemérides. Foi há precisamente 6 anos que comecei a trabalhar na empresa onde ainda hoje me encontro. Era na altura uma miúda-mulher idealista, licenciada há pouco mais de 2 anos, com imensos projectos e um idealismo exacerbado, do alto dos meus 24 aninhos. Fico apreensiva ao parar para pensar que já se passaram 6 anos, que os meus 24 anos já lá vão, entrei nos 30, o idealismo profissional deu lugar ao comodismo, ao conformismo, à desmotivação e à desilusão. Eu, que era uma pessoa com alguma clareza de raciocínio, alguma garra, alguma vontade de aprender, de fazer coisas novas...pasme-se quem melhor me conhece, estagnei. O meu índice de motivação deve estar na escala negativa, e, muito sinceramente deixei de acreditar em toda esta estrutura. É certo que todos passamos por estes momentos, há projectos melhores do que outros, mas cheguei à conclusão de que o meu know-how sofreu um forte revés, talvez tenha perdido algumas capacidades de arriscar (a idade ta

Parabéns Pai!

O meu pai faz hoje anos. Não sei ao certo quantos, mas se não me falham as contas devem ser perto de 56 anos, mais ano menos ano. Nunca comemorei com Ele um seu aniversário, nem me lembro de ter comemorado um dos meus na Sua companhia. É pena, sou carne da Sua carne, derivo Dele, a minha herança genética também é a Dele, enfim, tanto e tão pouco. A vida lá nos vai pregando as suas partidas, lá tem momentos em que nos trata melhor, outros em que nos trata pior, e sem dúvida que uma das minhas mágoas é não saber o porquê da Sua ausência. Porque é que há pais que ao se divorciarem entre si, teimam também em divorciar-se dos filhos? Hoje não tenho dúvidas que um dos amores maiores é entre pais e filhos...mas porquê o abandono? Serão os outros projectos de vida tão ou mais importantes que façam com que se perca o primeiro sorriso, a primeira palavra, os primeiros passos, o primeiro dia de escola, as aventuras do liceu, a Queima das Fitas...os amores e desamores. E pergunto-me muitas vezes..

Estou Além (António Variações)

Não consigo dominar Este estado de ansiedade A pressa de chegar P'ra nao chegar tarde Não sei de que é que eu fujo Será desta solidão Mas porque é que eu recuso Quem quer dar-me a mão Vou continuar a procurar A quem eu me quero dar Porque até aqui eu só: Quero quem... quem eu nunca vi Porque eu só quero quem... Quem nao conheci (...) Esta insatisfação Não consigo compreender Sempre esta sensação Que estou a perder Tenho pressa de sair Quero sentir ao chegar Vontade de partir P'ra outro lugar Vou continuar a procurar A minha forma O meu lugar Porque até aqui eu só: Estou bem aonde eu não estou Porque eu só quero ir Aonde eu não vou(...) Porque eu só estou bem Aonde não estou E também eu estou mais além...

Nada acontece por acaso

Há dias nas nossas vidas em que é muito importante darmo-nos tempo de fazer algo por nós próprios, cultivar a introspecção. E, no meu caso específico cada vez me dedico mais a essa prática para tentar retirar alguns ensinamentos das minhas experiências de vida, tirar do sótão e das prateleiras as memórias recalcadas, limpar-lhes o pó e mudá-las de sítio. Já dizia o Poeta que todos nós temos o nosso Fado, eu costumo dizer que "cada um com as suas dores"; mas o verdadeiro herói é a meu entender aquele que tal como os cães não tropeça na mesma pedra por duas vezes, é aquele que aprende com as suas experiências e que as partilha, é aquele que se consegue dar e cada vez mais valorizo a genuinidade, a sinceridade e os valores. A minha vida pessoal tem sido pautada por episódios bons, menos bons, indefinidos...maus, e é um facto que tenho alguma dificuldade em lidar com algumas perdas, perdas essas inevitáveis, é certo. Mas também é certo que o sofrimento em larga medida nos fortale

A Noite das Estatuetas Douradas

E eis que a cerimónia que esteve quase para não se realizar, devido à tão famosa greve dos guionistas, teve lugar esta madrugada, com o brilho e o glamour que lhe são característicos. Lembro-me de há uns anos atrás, no fulgor da juventude ser esta uma noite mágica para mim. O desfile das celebridades pela passadeira vermelha, as nomeações a meu entender mais ou menos justas, os discursos dos laureados, enfim...era uma noite que passava quase em claro, com uns chocolates de um lado e umas pipocas de outro e os avisos da Mãe a relembrar que era bom não esquecer que no dia a seguir tinha que estar a horas na escola, e não me seriam justificadas faltas de atraso por ter cedido mais uma vez ao vício de ver a cerimónia dos Óscares. Confesso que de ano para ano a ilusão vai-se desvanecendo, mas ainda conservo alguma curiosidade sobre quem vai recair o tão disputado prémio. Talvez por ser uma amante incondicional de cinema, talvez por seguir atentamente o que de melhor se faz na indústria do c

O Legado dos Romanov

Foi com grande satisfação que há uns meses atrás recebi a notícia de que iriamos ser "presenteados" com uma mostra de algumas colecções do Hermitage em Lisboa, mais precisamente no Palácio da Ajuda. A história da Rússia sempre me fascinou e, questões políticas, ideológicas e sociológicas à parte não podemos negar que foi um Império que, nos seus séculos áureos (nomeadamente entre os séculos XVIII e XX) teve a sua grandeza. Tudo isto é discutível, é certo, mas também o é que a Dinastia dos Romanov possibilitou uma selecção de expressões culturais e artísticas raramente atingíveis por outros impérios. E eis que tivemos S. Petersburgo mais perto, e um dos mais importantes museus do mundo (Hermitage) abriu as suas portas aos nossos olhos, já que não é todos os dias que temos disponibilidade para nos deslocarmos à Rússia. Fiquei completamente fascinada com algumas das obras que vi; os famosos ovos de Fabérgé vistos de perto são de uma raríssima beleza, os trenós da família imperia

Chegadas/Arrivals/Arrivées

Nos últimos tempos, como é sabido por todos, muito se tem falado acerca da questão do Aeroporto Internacional de Lisboa e da sua "transferência" para outro local supostamente mais vocacionado e com melhores condições para abarcar uma estrutura de tamanha envergadura. Seja por questões económicas, de localização, desenvolvimento sustentável, estratégias de governo e mais uma lista infindável de prós e contras, pessoalmente é uma mudança que me vai causar alguma tristeza. Sou completamente a favor da mudança (para melhor), é certo e sabido que o desenvolvimento das vias de comunicação é uma das bases de crescimento de extrema importância de qualquer cidade, mas...estou a pensar em mim e no facto de que a desactivação do Aeroporto da Portela vai varrer algumas lembranças que recordo sempre com muita saudade. Perdoem-me o cliché , mas ainda sou do tempo em que o aeroporto era um edifício construído em cimento, pintado em tons de branco e amarelo, ainda sou do tempo das famosas va

A Capital (e não só) Debaixo de Água

Hoje é um daqueles dias em que mais valia muitos de nós não nos termos levantado da cama, pelo menos de manhã. Já se auspiciava um dia complicado, mas sinceramente nunca pensei que fosse assim tanto. Desde meados da semana passada que as previsões para o passado Domingo e dias seguintes, apontavam para dias chuvosos, ventosos e de intempérie...mas ninguém estaria preparado para um quase dilúvio. Venha de novo Noé e a sua arca. Pela minha parte foi uma manhã bastante irrirante e enervante. Vi-me fechada no carro durante 3 horas e meia para percorrer os escassos 15 quilómetros, que costumo percorrer em 20 minutos. Se soubesse o que sei agora, tinha ficado a dormir mais um bom bocado. É de lamentar também (e fala-se todos os anos no mesmo) que as nossas autarquias continuem a fazer o mesmo de sempre, ou seja, muito pouco. Se bem me lembro dos tempos em que estudei uma cadeira que se intitulava Administração Autárquica e Desenvolvimento Local, uma Autarquia Local é «uma pessoa colectiva te

O Amor por José Luís (Peixoto)

O mês de Fevereiro é para alguns o mês em que se celebra o Amor. Não concordo particularmente, o Amor deveria ser celebrado sempre, sem ter que se cair no consumismo e nas "tradições" impostas por estratégias de marketing. O que é facto é que a maioria das pessoas não sabe o que é o Amor , e quando falo em amor, não me refiro apenas ao amor entre um homem e uma mulher, refiro-me ao sentimento em geral. O amor manifesta-se de várias formas e, quanto a mim, implica sempre uma grande entrega da parte de quem o sente, para aquilo ou aquele (s) a que (m) se dedica. Fiquei fascinada com uma explicação dada por José Luís Peixoto que passo a citar: "Fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor. Eu sei exactamente o que é o amor. O amor é saber que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer. O amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte de nós que não é nossa. O amor é sermos fracos. O amor é ter medo e querer

Pequeno Ensaio sobre a Felicidade

O tema felicidade é recorrente em muitas conversas que se ouvem aqui e ali. Uns dizem "a felicidade não existe", outros dizem que são muito felizes, outros então afirmam que o dinheiro não traz felicidade...há quem diga que é tremendamente infeliz. Partindo de uma definição de dicionário, "felicidade", derivado do latim felicitate , corresponde a bem-estar, contentamento, acto ou efeito de quem é feliz. Mas afinal, o que é que isto quer dizer? Quanto a mim, o conceito "felicidade" é algo subjectivo (entenda-se, relativo ao próprio sujeito), contudo há para mim um ponto de partida. A felicidade não é mais do que o equilíbrio entre as nossas expectativas, aquilo que desejamos e o que de facto conseguimos alcançar. Sempre que se encontra um ponto de união, estamos perante a felicidade. Não havendo convergência a felicidade escapa-se-nos. Sim, é escorregadia, não é presa fácil. Ora, pedindo ajuda a Aristóteles e usurpando o método do Silogismo Dedutivo podemos