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A mostrar mensagens de abril, 2020
A parte ainda menos glamourosa que justifica o ter usufruído hoje de um dia de férias foi mesmo o facto de estar a entrar em semi- burnout à conta da carga de trabalho que tenho, não só o meu, como também o de orientar a minha filha. Hoje consegui que ficasse tudo feito, entregue, AEC’s incluídas, vídeos caseiros gravados e partilhados com as respectivas professoras. Sinto-me cansada e ainda a procissão vai no adro da igreja. Não estou com os meus há semanas e infelizmente em termos familiares estamos a passar por um drama constante. Nos meus maiores pesadelos nunca pensei perder o meu padrasto da forma como o estou a perder e sem me ser possível estar com ele. Oficialmente não sou filha, logo, não tenho legitimidade para falar com os médicos, a minha irmã sozinha levou ontem com o embate da frase “não há mais nada a fazer”, vivemos em concelhos diferentes e nem me posso atrever a fazer a travessia para o ver. O que me alegra  no meio disto tudo? A perseverança da miúda que me cont

É a loucura

Tirei o dia de férias. Fui ao supermercado. Não percebo muito bem a ideia, mas a postura do povo mudou radicalmente em relação à semana passada. Não estavam os seguranças como é costume a controlar as entradas, pelo que dentro do hipermercado estava imensa gente, sem muito rigor e cuidado face às normas de distanciamento social. Preocupa-me que não se tenha a noção de que devemos ter cuidados para nos proteger e aos outros. Adiante. Para sair um bocado mais da casca fui ao Elefante lavar o carro. Por momentos imaginei-me numas belas férias e que a mangueira seria o chuveiro à beira da piscina. Sonhar não custa e cada louco aproveita a sua liberdade conforme quer. Eu...vou ao supermercado e ao Elefante. Haja sanidade mental.

Falta de rigor conceptual

Chama-me aos gritos e diz: "Mãe, anda ver, está ali uma grua!" Quando me dirijo à janela, não vejo nada e penso cá para mim que são os efeitos do isolamente profiláctico. A miúda já perdeu o norte. Mas eis que, um par de horas depois, dirijo-me por acaso à janela e vejo uma retroescavadora. Tratava-se de uma retroescavadora, não de uma grua, mas tudo bem, em tempos de confinamento temos que dar um certo desconto e assumir que vai dar quase tudo ao mesmo.

...mas ela é livre!

”E como ela, somos livres, somos livres de voar....” Esteve por conta dela nas suas manualidades e eu dedicada ao meu trabalho hoje não lhe prestei muita atenção. Apareceu-me trazendo consigo a Liberdade. Esta miúda tem mesmo jeito!

Um dia aperto-lhe o pescoço

Há quem diga que limpar é meio caminho andado para a cura de um estado depressivo. Se ainda ninguém o disse, digo eu. Se depois de me pôr nas limpezas me vierem analisar a serotonina, vão ver que renasci para a vida. Pode não ser, mas faz de conta. Liberto energias, exercito os bíceps, os tríceps, e deixo vir ao de cima a minha veia "aldeia da roupa branca". Mas que haja o mínimo de respeito tá!? Pois que há uns meses atrás pedi um orçamento para me pintarem o Hall e achei excessivo 150€ para pintarem meia parede de branco, sem tecto de um Hall de um T2 dos anos 2000. Se fosse um Hall de um T2 na Avenida da Liberdade ainda entendia, mas não. Obviamente que mais mês menos mês ia mandar pintar o Hall, mas eis que surgiu uma pandemia, trancaram-nos em casa e a pessoa tem que se reinventar. Vai daí, muni-me da maravilha abaixo indicada, borrifei a parede, aos poucos que os meus pulmões não aguentam muito o cheiro a lixivia e fui esfregando às secções. Foi a loucura. É mar

Eu nunca....

....conseguiria desenhar um polvo e um cavalo marinho com esta categoria. A miúda tem jeito.

Um pouco de humor...

A tarefa de hoje...

A luta continua e hoje o tema da telescola foram textos instrucionais. As senhoras professoras de Português decidiram abordar uma receita culinária e a professora da minha pequena marcou como tarefa para hoje a escrita de uma receita com os três blocos que a compõem: título, ingredientes e modo de preparação e..... a sua execução. Pensei: isto promete, não tenho mais que fazer. Mas depois olho para a miúda e penso: vá rapariga, faz lá isso com a miúda que ela não tem culpa e tu, enquanto mãe, tens que andar para a frente. Vai daí, entre uma reunião e outra, lá a pus a escrever no caderno a receita do Pudim de Morango e depois fomos até à cozinha deitar mãos à obra. Atenção que ela disse à avó que a mãe ajudou, portanto, todo o mérito é da minha pequena. Temos Chefinha .

É a loucura

Hoje pus máscara nas pestanas. Da próxima vez até ponho base e corrector de olheiras. Até ao eyeliner é um passo. A depilação com cera a mim própria já fiz - não é agradável, mas é o possível. Resumindo, posso morrer, mas que seja com bom aspecto. Falta o exercício físico, porque isto de se estar confinado com um frigorífico, um forno e um fogão dá mau resultado.

O espírito crítico da miúda

"Estas professoras falam na televisão como se nós estivéssemos na pré-primária!" É um facto que falam com uma entoação que acredito não ser a que utilizam na sala de aula mas...as senhoras não estão numa sala de aula coitadas. Puseram-nas em frente a uma câmara de televisão perante uma realidade completamente nova e não têm o Know How de uma Catarina Furtado. Resumindo, perante tantas críticas que tenho ouvido por aí, com a margem de tempo que tiveram, ainda muito bem está a funcionar este ensino à distância. No meu caso o que ressalvo é que para quem está a trabalhar em casa, a situação não está muito fácil, porque acompanhar minimamente as crianças, preparar os trabalhos para enviar diariamente para a Professora, não tenho scanner em casa, pelo que tenho que fotografar, fazer vídeos, etc., e o meu trabalho também tem que ser feito, também tenho prazos a cumprir, reuniões às quais tenho que assistir e moderar... Quer-me parecer que após este confinamento, ou entro num

Mood isolamento

....no conforto do lar...

Sinto-me despida sem

Os meus anéis, o relógio, uma pulseira ou outra, o meu Tous Bear ao pescoço....pois que desde aquela fatídica sexta-feira dia 13 de Março do ano da graça de 2020 que não coloco os meus adereços básicos. Confesso que até já escrevi uma adenda ao meu Testamento em que faço questão de ser sepultada com essas tralhas - bom, mas também quero deixar o corpo à Ciência, portanto, ainda vou ter que pensar como fazer. Adiante, a verdade é que sinto honestamente que me falta algo. Lentes de contacto daqui a nada nem sei como as colocar, mas a verdade é que andar de óculos quando saio à rua neste momento é mais uma protecção. Acho piada ver as pessoas com mascarilhas todas coquettes e os olhos completamente a descoberto, sendo que, são tão vulneráveis à entrada de invasores, quanto a boca ou as narinas. Os óculos não protegem a 100% obviamente, as já que os tenho, optei por deixar de lado as lentes de contacto e aproveitar esta barreira/prótese em claro benefício contra o bicharoco. E já diz o

As tentativas da minha filha para me dar cabo da cabeça

Se dúvidas houvesse de que a miúda tem uma pancada forte...já não bastava acordar por si só cedíssimo, com uma genica como se fossem 4 da tarde...como ainda se desafia a si própria e tem tentado dar-me cabo da cabeça ao programar o despertador para, literalmente de madrugada (aquilo desperta toda a casa antes das 7 da manhã, é obra). Fui lá avançar o ponteiro do alarme para as 8:30h que foi um mimo. Amanhã não me estraga a madrugada...ai não estraga não!

...à distância

Não foi fácil conciliar o meu trabalho e a escola em modo remoto, com estudo, realização de trabalhos e entrega dos mesmos. Alguns escritos, outros por fotografia, outros em vídeo e a horas decentes. Esteve praticamente por sua conta e risco a fazer os trabalhos, geriu o tempo, não esteve ocupada com "escola" das normais 09:00h-17.00h mas como é uma miúda que adora ler, foi lendo as coisas dela, o que também é uma forma de aprender. Sinto-me cansada, porque se numa semana normal vou ao café da esquina e me servem o almoço, aqui, para além de tudo, ainda tenho almoço para preparar e outras rotinas que por norma à semana não tinha. Para piorar tenho uns vizinhos a fazer obras em casa, o barulho incomoda bastante e tudo isto somado a outras coisas do foro mais pessoal, fazem algum estrago, causam alguns danos...mas sobrevivi. A miúda está bem, não perdeu a vontade e a garra para aprender e para a semana segue-se o desafio de assistir a uma componente lectiva pela televisão.

Era dos meus preferidos...

E foi com choque e consternação que recebi a notícia da sua morte prematura. Até sempre Filipe Duarte.

Luís Sepúlveda - Mais uma vítima

Era um escritor brilhante. O primeiro livro que li dele foi "As Rosas de Atacama" há muitos anos atrás e fiquei absolutamente fascinada com aquela narrativa. A partir daí foi um autor que fui seguindo sempre. Foi com consternação que tomei conhecimento da sua morte, hoje, na sequência do Covid-19. Na realidade, a par das primeiras notícias que deram conta da sua contaminação, sempre acreditei que se safasse. Mas, a morte, seja por que condicionalismo for...não nos poupa, e todos travaremos a nossa batalha que será perdida perdida para ela. Ficam as memórias e as "letras" que com tanto talento partilhou connosco e perdurarão para todo o sempre.

Co-Worker

Partner in crime...

Ainda acerca do (meu) desleixo

Esta pandemia veio dar conta de tudo, desde o importante , até ao básico e supérfluo. Não gosto de desleixo, de desmazelo, mas também tenho os meus momentos, pesem factores mais ou menos aplicáveis. Olhava para as minhas mãos, aquelas mãos que são bonitas e estavam um caos. Da qualidade do verniz da Nails 4 Us, não tenho qualquer reclamação. Se fosse mais fraco e descascasse, teria sido muito útil. Mas não, volvidos para aí 2 meses após ter ido arranjar as mãos pela última vez, sendo eu uma pessoa que faz tudo em casa, sem recurso a luvas, e indo com estas mãozinhas que Deus me deu limpar sítios tão recônditos como os confins da minha retrete, é de louvar que o verniz ainda dure....não fosse o aspecto deplorável decorrente do crescimento da unha, o que me fez fazer nos últimos tempos esta figura triste, a roçar o brejeiro, desalinhado, diria que até indecente. Cheguei ao meu limite. Rendi-me à evidência de aceitar que tão cedo não há estética profissional e tive que me desenvencil

Memórias do primeiro dia em teletrabalho + fazer com que a miúda creia que está em casa, mas é como se estivesse na escola

Acredito que as idas à casa de banho e pausas para pequenos lanches...foram superiores ao que teria na escola propriamente dita. Se por outro lado eu pensei ao longo das últimas 4 semanas que isto já não estava a ser fácil, hoje, após lhe ter imposto alguma disciplina lectiva...vi-me da côr dos gatos, literalmente. Partilhamos a mesma mesa de trabalho, porque embora ela tenha a sua secretária no seu quarto com o seu espaço, insiste em ficar onde...?....em cima da mãe. É claro que de vez em quando dá-lhe para me fazer caretas, para choramingar porque não gosta da frase que escreveu no seu próprio resumo, outras dá-lhe para rir, tirar dúvidas, falar alto...e nisto tudo eu tento trabalhar mas sei que, mais dia menos dia, no meio de um qualquer e-mail importante vai surgir uma frase do tipo “és capaz de falar mais baixo” ou mesmo “sossegada, já!”. Foi apenas o primeiro dia em que a par com o meu trabalho me desdobrei em docente assistente. Não há dúvidas que se consegue fazer várias co

1 Mês

Há precisamente 1 mês atrás saía de casa para a rotina do costume...deixar a pequena na escola, ir trabalhar, regressar, ir buscá-la...já tinha decidido que não a levaria à natação por questões óbvias, embora a piscina nessa altura ainda mantivesse as aulas....na verdade não imaginei que 1 mês volvido, estaríamos a viver este pesadelo....e está para durar.

É por essas e por outras que quando sinto que os limites foram ultrapassados, saio de fininho para nunca mais voltar...

Resumindo....o Costa decidiu, está decidido

Não sabemos como isto vai ser e que impactos vai ter para as nossa vidas mas é real - escola presencial para os miúdos até ao 9º ano até ao fim do ano lectivo...já era. Portanto seguem-se mais uns bons meses de reclusão domiciliária para mim. Isto promete. Só tenho a dizer que os gastos de Luz, Água, Gás e bens essenciais estão a aumentar consideravelmente. A miúda passa o dia a surripiar víveres na despensa e no frigorífico e eu já estou a começar a passar por momentos de alguma irritabilidade porque me faz falta a parte social da coisa....estar com as pessoas de quem gosto, passear, beber o meu capuccino, receber e dar aquele abraço...matar saudades das pessoas de quem gosto....tudo, tenho saudades de coisas simples, mas afinal tão valiosas. O melhor disto, porque apesar de tudo tem algo bom - o namoro com a minha filha. Temos momentos de tensão, obviamente, mas também temos namorado muito e sei que daqui a uns meses, quando isto passar...e vai passar, vou ter saudades destes dia

Hoje faz anos, a minha mãe

66...uma jovem. Está óptima, mas muito se queixa de estar a envelhecer. A idade não tem sido cruel com ela, não engordou, não se deixou desleixar....portanto é uma vitória estar tão bem e celebremos a vida, a sua, e a nossa, que sem ela, não estaria por cá. Esta semana houve outro challenge com a minha irmã a fazer anos na segunda-feira e improvisarmos um apagar de velas por video-chamada. Logicamente está a dever-me um belo jantar...não sabemos é quando.

Mesmo em tempos de confinamento, a vida segue

E por isso, hoje tive que ir deixar o carro à oficina, dado que tinha uma revisão programada há mais de um mês e estas acções estão consideradas no Estado de Emergência. Para mim que já trabalhei numa prisão, confesso que esta situação me levou àqueles anos. Houve algo que me fez lembrar o que é experienciar uma certa reclusão - chegar à oficina, estacionar o carro, vir um funcionário "mascarado". Depois, no local onde é habitual termos a recepção, cerca de um metro e meio antes do balcão, uma linha no chão marca o local a partir do qual não podemos transpor. Falamos de longe, o senhor não vai connosco ao carro e para explicar certas coisas, tive que apelar à minha imaginação. No sítio "x" ao lado do ponto "y" existe uma coisa que gostaria que verificassem, bla bla bla. No fim disseram-me para deixar a chave na ponta oposta do balcão, seguindo sempre a linha intransponível no chão e....sair. A minha sorte é que tenho uns braços compridos, porque se fos

Mais uma Grande, Catarina...

Catarina, filha de Salgueiro Maia e defensora das mulheres de limpeza do Luxemburgo - DN : Faz no sábado 28 anos que morreu o herói do 25 de Abril. No meio da pandemia, a filha, Catarina Salgueiro Maia, defende agora os direitos das mulheres de limpeza no Luxemburgo, suas camaradas de labor há três anos. Nessa luta, presta também homenagem à memória do pai.

O desleixo pessoal e não só, sempre me irritou um pouco

Aquelas justificações parvas que se utiliza para não nos cuidarmos convenientemente...sim, eu estava a entrar nessa. Já desde o primeiro dia de isolamento que não fazia a minha rotina de limpeza da pele como deve ser, desde o básico, passando pela aplicação do creme de dia/noite, creme de olhos, sérun, hidratante...dizia eu para os meus botões que não valia a pena e limitava-me a lavar a cara com sabonete. Isto nem parece meu...com uma pele tão sensível e que precisa de hidratação diária, estava a habilitar-me a sair disto com uma pele seca e sem vida. Posso até morrer, mas vou em bom! Portanto, lutando contra a minha própria inércia, pus um travão ao meu modo deprê, e voltei para ficar 🙃

Coisas de mulheres

As minhas amigas degladiam-se contra elas próprias a propósito das raízes capilares, porque a coisa já está feia e não têm como disfarçar os cabelos brancos. Eu rio-me, porque comigo passa-se o inverso - as raízes estão com o tom castanho do costume, o pior são as madeixas que de normais, já passaram para o estágio Ombré e agora estão do tipo californianas - portanto nunca ninguém está satisfeito com o que tem. Quem é que me manda não ter geneticamente propensão para cabelos brancos!? Para mim tudo se resume às madeixas. Quanto a pêlos...bom, aí reside o busílis. Não quero estragar os efeitos do laser nos locais em que optei por essa técnica, mas não sei até onde vou aguentar. E as unhas??? Ui ui, metade vermelhas e metade natural, ainda vou lançar a moda! A verdade é que estes detalhes são peanuts  face a todos os pensamentos menos bons que nos assolam a mente neste momento.

.... e no meio disto tudo

Dado o meu histórico de pneumonias que já foram mais de 10, saber que estou no grupo de risco é bizarro. Eu, o motor desta família monoparental, com uma criança ainda a precisar de quase tudo...tenho que ter cautela, não vá o parasita 🦠 querer atentar-me o juízo. Isto é de gritos!