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A mostrar mensagens de maio, 2024

Aquelas notícias apoteóticas

Portanto se não falecer até lá, ou for acometida de alguma doença incapacitante, restam-me mais 20 anos e 2 meses de trabalho até à reforma. Com as dores que já sinto em todo o lado, nem que seja de bengala, trabalharei até ao fim. Bom, também já trabalhei/descontei mais anos do que os que me restam...há que avaliar estas notícias pelo prisma mais conveniente.

Folder "Para quê inventar" #7

 Também existem aquelas pessoas que tentam dar um ar mais internacional, e então, em vez do típico inclusive, acrescentam-lhe um "r" e passam a dizer inclusiver. Isto com sotaque inglês até é capaz de ficar bem...só que está errado!

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

Capacidade de viver, continuar a sorrir e relativizar

 Morremo-nos e renascemo-nos várias vezes. Quais resquícios de imortalidade ou fenómenos místicos em que a Fénix renasce das cinzas. Nesta minha existência de 46 anos e tal, já nasci, vivi, sobrevivi, adormeci, morri, renasci e tantos outros fenómenos, algumas vezes. Já deveria saber que isto é assim que funciona, mas de cada vez que "me morro", não me mato, mas quase. Porque morrem em mim muitas coisas e nascem ou renascem outras. Nunca fico igual - não perco a minha essência, mas jamais fico igual. Tão pouco sei se cresço ou embruteço, mas algo se passa em mim. Hoje foi mais um desses dias. Não ansiava por este dia. mas temia o que dele resultasse. Recebi imenso carinho, cuidado, preocupação reiterada e genuína e eu, que não gosto muito de contacto físico de "estranhos", precisava mesmo de um toque no ombro, um sorriso, um olhar profundo nos olhos e um "está tudo bem". Estava frágil e não tinha sequer a ideia de que estava assim tão assustada. No fim, a

Semana Horribilis

 Se há palavra para denominar a semana passada...foi mais ou menos isso. Não que olvide coisas boas que também sucederam, mas de facto o menos bom, foi mesmo muito mau. Começou logo na segunda-feira e claro, dada a gravidade ainda se prolonga. Para resumir, a minha filha, que anda naquela idade que já abordei e com resquícios de extrema teimosia, entalou inadvertidamente a cauda do Balzac. Mas entalou-a de tal modo que tive que ir de urgência com o cachorrinho para o hospital de madrugada, o primeiro diagnóstico e tratamento não foi o melhor, dois dias volvidos, tive que lá voltar para nova avaliação, seguiu-se uma cirurgia de urgência e consequente amputação parcial da cauda. Foi este cenário que a teimosia e desatenção da minha filha gerou. Claro que pediu imensas desculpas ao Balzac que continua a olhar para ela com o mesmo olhar fofo de sempre, eu ando uma pilha de nervos e aparte ele estar bem, custa-me o facto de o ter sujeitado a todo este trauma e ter ficado irremediavelmente d

Folder “Para quê inventar” #5

 É sempre um feito inventar palavras novas, reitero. E cómicas e giras que quase nos fazem pensar: “Mas por que raio não se diz assim? Seria bem mais giro e verdadeiramente épico”. Era apenas e só um mas…porque o disparate é tanto que uma pessoa normal fica petrificada e muitas vezes sente bastante dificuldade em chegar…lá! Portanto ouvi dizer num contexto que tão pouco importa, o seguinte: “Ai, o trabalho hoje foi pesado porque estive muito tempo de “crocas” !” Eu ainda pensei por escassos segundos que a pessoa teria estado com aqueles chinelos pavorosos mas que dizem ser muito confortáveis, de seu nome “Crocs”, mas não, longe disso. Até porque se dizem ser confortáveis não faria sentido a pessoa em questão se sentir tão dorida das costas. E aí cheguei ao estar de cócoras. Que, percebi para aquela pessoa e se calhar muitas outras, estão de “crocas”. Nesta linha de raciocínio como chamarão ao Sapo Cocas? Algo genial certamente.

The Big Issue

 Creio que nos próximos tempos muito irei eu dissertar acerca do tema, mais em modo desabafo e constatação. Mas antes de lá chegar, convém começar pelo início. Naquele dia 04 de Julho de 2010, não sei bem precisar a hora exacta, porque os minutos que se seguem a um parto são complexos. Só mesmo quem está presente consegue perceber. Acredito que quando se trate de um parto com complicações várias...muito pior. Mas após nascer para a vida pelas 15:48h e todas aquelas manobras iniciais, índice de APGAR incluído em que teve uma classificação de 9-10 (aos 1º e 5º minutos) veio o primeiro contacto a sério comigo que, entre perda de consciência algumas vezes da minha parte, do que me lembro é de a ter em cima de mim, de barriga para baixo e cabecinha de lado, os olhos muito abertos e rasgados a fitar-me muito séria. Ouvi-a os médicos muito aliviados a chamarem-me para a vida e a falar algo alto e retenho até hoje na minha cabeça: "Tânia, conseguiu, conseguimos! A sua bebé é linda, ela é

O talento brota-lhe em várias vertentes

 Sempre foi uma menina especial e mesmo nos primeiros dias de vida se antevia que era determinada.  Lembro-me da primeira consulta com a pediatra, com tão somente 10 dias de vida, com um tónus muscular soberbo, de barriga para baixo a levantar a cabeça e mantê-la para cima ao mesmo tempo que olhava em volta e a médica dizer: “tu só tens 10 dias bebé; tens que te portar como os bebés da tua idade!” E na verdade desde sempre tem vindo a desafiar todas as expectativas e se na verdade não faz mais coisas, tal deve-se apenas à minha falta de disponibilidade para a acompanhar a tantas actividades que lhe interessam.  Não me consigo desdobrar, mas tento dar-lhe canas e asas para que consiga ter as ferramentas necessárias para voar. Ela presenteia-me sempre com o seu talento e sensibilidade. 

Folder “Para quê inventar” #4

 Esta entrada é um clássico, e por ser tão clássico continua a ouvir-se e a ver-se escrito aqui e ali.  Mas caso fosse proferido apenas por pessoas pouco instruídas eu até faria um esforço por entender mas…já o ouvi dito por doutores, engenheiros e demais letrados com uma propriedade e presença de espírito que se tornam um autêntico teste à minha capacidade para suster a respiração. Porque se respiro, vêm todas as restantes manifestações por arrasto. Será que é assim tão difícil dizer que se vai fazer uma vistoria , e que a palavra vestoria não só não existe como, obviamente não quer dizer nada!? Vis-to-ri-a! Não elevem a criatividade ao atentado linguístico, por favor!

Coisas que muito me irritam na minha filha

 E se eu gosto dela acima de tudo…mas pedir-lhe para se ir deitar mais de 20 vezes numa noite, passarmos por várias fases, nomeadamente fingir que não ouve, dizer que já vai, ir para a casa de banho e ficar lá tempos infindáveis a fazer sabe Deus o quê, ir para a cozinha fazer também sabe Deus o quê, entrar no quarto e eu que já sei como a situação se processa, ligo o cronómetro mental uma primeira vez e quando vou no 4, ela sai do quarto para fazer tão pouco sei o quê, volta a entrar no quarto, eu recomeço a contagem e quando chego ao 10…ela regressa…e assim continua por mais duas vezes, no mínimo, até se recolher finalmente nos seus aposentos e deixar de me irritar. Nisto tudo transcorrem cerca de 2 horas. Todos os dias, sem excepção.  Em suma: irrita-me profundamente!