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A mostrar mensagens de maio, 2024

Folder “Para quê inventar” #5

 É sempre um feito inventar palavras novas, reitero. E cómicas e giras que quase nos fazem pensar: “Mas por que raio não se diz assim? Seria bem mais giro e verdadeiramente épico”. Era apenas e só um mas…porque o disparate é tanto que uma pessoa normal fica petrificada e muitas vezes sente bastante dificuldade em chegar…lá! Portanto ouvi dizer num contexto que tão pouco importa, o seguinte: “Ai, o trabalho hoje foi pesado porque estive muito tempo de “crocas” !” Eu ainda pensei por escassos segundos que a pessoa teria estado com aqueles chinelos pavorosos mas que dizem ser muito confortáveis, de seu nome “Crocs”, mas não, longe disso. Até porque se dizem ser confortáveis não faria sentido a pessoa em questão se sentir tão dorida das costas. E aí cheguei ao estar de cócoras. Que, percebi para aquela pessoa e se calhar muitas outras, estão de “crocas”. Nesta linha de raciocínio como chamarão ao Sapo Cocas? Algo genial certamente.

The Big Issue

 Creio que nos próximos tempos muito irei eu dissertar acerca do tema, mais em modo desabafo e constatação. Mas antes de lá chegar, convém começar pelo início. Naquele dia 04 de Julho de 2010, não sei bem precisar a hora exacta, porque os minutos que se seguem a um parto são complexos. Só mesmo quem está presente consegue perceber. Acredito que quando se trate de um parto com complicações várias...muito pior. Mas após nascer para a vida pelas 15:48h e todas aquelas manobras iniciais, índice de APGAR incluído em que teve uma classificação de 9-10 (aos 1º e 5º minutos) veio o primeiro contacto a sério comigo que, entre perda de consciência algumas vezes da minha parte, do que me lembro é de a ter em cima de mim, de barriga para baixo e cabecinha de lado, os olhos muito abertos e rasgados a fitar-me muito séria. Ouvi-a os médicos muito aliviados a chamarem-me para a vida e a falar algo alto e retenho até hoje na minha cabeça: "Tânia, conseguiu, conseguimos! A sua bebé é linda, ela é

O talento brota-lhe em várias vertentes

 Sempre foi uma menina especial e mesmo nos primeiros dias de vida se antevia que era determinada.  Lembro-me da primeira consulta com a pediatra, com tão somente 10 dias de vida, com um tónus muscular soberbo, de barriga para baixo a levantar a cabeça e mantê-la para cima ao mesmo tempo que olhava em volta e a médica dizer: “tu só tens 10 dias bebé; tens que te portar como os bebés da tua idade!” E na verdade desde sempre tem vindo a desafiar todas as expectativas e se na verdade não faz mais coisas, tal deve-se apenas à minha falta de disponibilidade para a acompanhar a tantas actividades que lhe interessam.  Não me consigo desdobrar, mas tento dar-lhe canas e asas para que consiga ter as ferramentas necessárias para voar. Ela presenteia-me sempre com o seu talento e sensibilidade. 

Folder “Para quê inventar” #4

 Esta entrada é um clássico, e por ser tão clássico continua a ouvir-se e a ver-se escrito aqui e ali.  Mas caso fosse proferido apenas por pessoas pouco instruídas eu até faria um esforço por entender mas…já o ouvi dito por doutores, engenheiros e demais letrados com uma propriedade e presença de espírito que se tornam um autêntico teste à minha capacidade para suster a respiração. Porque se respiro, vêm todas as restantes manifestações por arrasto. Será que é assim tão difícil dizer que se vai fazer uma vistoria , e que a palavra vestoria não só não existe como, obviamente não quer dizer nada!? Vis-to-ri-a! Não elevem a criatividade ao atentado linguístico, por favor!

Coisas que muito me irritam na minha filha

 E se eu gosto dela acima de tudo…mas pedir-lhe para se ir deitar mais de 20 vezes numa noite, passarmos por várias fases, nomeadamente fingir que não ouve, dizer que já vai, ir para a casa de banho e ficar lá tempos infindáveis a fazer sabe Deus o quê, ir para a cozinha fazer também sabe Deus o quê, entrar no quarto e eu que já sei como a situação se processa, ligo o cronómetro mental uma primeira vez e quando vou no 4, ela sai do quarto para fazer tão pouco sei o quê, volta a entrar no quarto, eu recomeço a contagem e quando chego ao 10…ela regressa…e assim continua por mais duas vezes, no mínimo, até se recolher finalmente nos seus aposentos e deixar de me irritar. Nisto tudo transcorrem cerca de 2 horas. Todos os dias, sem excepção.  Em suma: irrita-me profundamente!