Avançar para o conteúdo principal

Semana Horribilis

 Se há palavra para denominar a semana passada...foi mais ou menos isso.

Não que olvide coisas boas que também sucederam, mas de facto o menos bom, foi mesmo muito mau.

Começou logo na segunda-feira e claro, dada a gravidade ainda se prolonga. Para resumir, a minha filha, que anda naquela idade que já abordei e com resquícios de extrema teimosia, entalou inadvertidamente a cauda do Balzac.

Mas entalou-a de tal modo que tive que ir de urgência com o cachorrinho para o hospital de madrugada, o primeiro diagnóstico e tratamento não foi o melhor, dois dias volvidos, tive que lá voltar para nova avaliação, seguiu-se uma cirurgia de urgência e consequente amputação parcial da cauda.

Foi este cenário que a teimosia e desatenção da minha filha gerou. Claro que pediu imensas desculpas ao Balzac que continua a olhar para ela com o mesmo olhar fofo de sempre, eu ando uma pilha de nervos e aparte ele estar bem, custa-me o facto de o ter sujeitado a todo este trauma e ter ficado irremediavelmente descaracterizado, pois perdeu a ponta branca da cauda, característica nobre dos cães de raça Beagle.

De todos os males, o menor, obviamente, mas a situação na sua génese provocou imensos transtornos, sendo que o maior deles foi o sofrimento dele, sem ter de facto culpa nenhuma.

Não me perdoo por isto; sei que tenho sido dura com a minha filha, mas não consegui ter a presença de espírito para moderar a minha zanga e imputar-lhe castigos de vária ordem.

Para piorar agora fiquei eu própria tão traumatizada com a situação que ao ver o Balzac perto de uma qualquer porta, começo literalmente a hiperventilar. 

Sei que isto vai passar e que ele no fim, vai ficar bem, mas está tudo ainda muito presente e apenas muito lentamente estou a conseguir descomprimir.

Se dúvidas houvesse, o Balzac é mesmo família.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en