Se há palavra para denominar a semana passada...foi mais ou menos isso.
Não que olvide coisas boas que também sucederam, mas de facto o menos bom, foi mesmo muito mau.
Começou logo na segunda-feira e claro, dada a gravidade ainda se prolonga. Para resumir, a minha filha, que anda naquela idade que já abordei e com resquícios de extrema teimosia, entalou inadvertidamente a cauda do Balzac.
Mas entalou-a de tal modo que tive que ir de urgência com o cachorrinho para o hospital de madrugada, o primeiro diagnóstico e tratamento não foi o melhor, dois dias volvidos, tive que lá voltar para nova avaliação, seguiu-se uma cirurgia de urgência e consequente amputação parcial da cauda.
Foi este cenário que a teimosia e desatenção da minha filha gerou. Claro que pediu imensas desculpas ao Balzac que continua a olhar para ela com o mesmo olhar fofo de sempre, eu ando uma pilha de nervos e aparte ele estar bem, custa-me o facto de o ter sujeitado a todo este trauma e ter ficado irremediavelmente descaracterizado, pois perdeu a ponta branca da cauda, característica nobre dos cães de raça Beagle.
De todos os males, o menor, obviamente, mas a situação na sua génese provocou imensos transtornos, sendo que o maior deles foi o sofrimento dele, sem ter de facto culpa nenhuma.
Não me perdoo por isto; sei que tenho sido dura com a minha filha, mas não consegui ter a presença de espírito para moderar a minha zanga e imputar-lhe castigos de vária ordem.
Para piorar agora fiquei eu própria tão traumatizada com a situação que ao ver o Balzac perto de uma qualquer porta, começo literalmente a hiperventilar.
Sei que isto vai passar e que ele no fim, vai ficar bem, mas está tudo ainda muito presente e apenas muito lentamente estou a conseguir descomprimir.
Se dúvidas houvesse, o Balzac é mesmo família.
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