“…Numa rua comprida El-rei pastor Vende o soro da vida Que mata a dor Venham ver, Maio nasceu Que a voz não te esmoreça A turba rompeu” Maio é um mês mágico. É o mês do apogeu da Primavera, é o mês da vida. E é um mês historicamente rico. Eu gostava do mês de Maio. Um mês de luta, um mês de movimento, um mês de esperança. Há dois anos o mês de Maio tirou-me um grande amor. Às primeiras horas do dia 25 o meu padrasto deixou-nos, terminando o seu sofrimento e continuando o nosso, transformado numa saudade eterna. Esse mês de Maio também me trouxe um grande amor, mas não vou falar sobre corações quebrados por desamores. E desde há dois anos a esta parte e assim será pelo resto da minha existência, Maio é um mês agre. Aliada a toda a força que lhe encontrava e não encontrava em Junho ou Março por exemplo, vai estar sempre a memória de uma grande dor, de um sentimento de impotência e saudade. Esta semana foi triste também. Lembrei-me muito da minha madrinha Guida que teria celebrado mai