Ontem conheci uma pessoa, aliás, vi pela primeira vez uma pessoa, porque na realidade apenas travei conhecimento com ela hoje. Ele, aliás. E foi assim uma sensação absolutamente nova para mim. Ver uma pessoa que parece pertencer a outro habitat, num contexto completamente díspar ao que, em teoria, por senso comum, achamos que pertence. Foi inesperado e não estava de sobreaviso, mas mantive a discrição que me é característica. Não que a minha parte imperfeitamente humana não tivesse achado aquele ser humano intrigante. Mas que direito tenho eu em pensar que ele está fora do contexto? Poderei ser eu, na verdade. Mais vale partir para o conceito de habitus e suas reminiscências, que apenas sociólogos e filósofos entenderão com maior propriedade. Em suma, ainda que não lhe conheça as origens (ainda), porque estou mesmo muito interessada em saber mais de uma cultura que conheço só pela teoria, estou perante um índio da América do Sul ou Central, com indumentária regular, mas mantendo t