A morte é o fim, não deixa margem para retrocessos ou arrependimentos e, por muitas crenças pessoais que haja, a verdade é que ninguém sabe para o que vai. Sabemos sim, que é o fim de uma linha, de um caminho e sabemos também que jamais iremos ver os que morrem, pelo menos da forma que conhecemos. A morte é tristeza, a morte é escuridão, a morte é dor. A morte é um fim. Ultimamente fala-se mais de morte do que nunca e a minha filha, viciada que é em informação, tem sempre questões pertinentes. Ontem à noite ficou confusa quando ouviu falar em câmaras frigoríficas para armazenar corpos. “Mãe, também põem as pessoas no frigorífico?”. Escusado será dizer que se seguiu uma breve e tentei que não traumatizante explicação acerca da decomposição dos corpos. Explicação terminada, pensava eu e eis que ela questiona formas de sepultar cadáveres. Expliquei que há quem opte pela inumação, cremação ou colocar o corpo em jazigo. “Ah mãe, pois. Quando as pessoas vão para debaixo da terra já não ch