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Algum bom senso em tempos conturbados

 Já é a segunda vez desde o início deste ano civil que as aulas de educação física da minha filha são canceladas antecipadamente devido ao frio. De facto e por muito que a actividade física seja importante, há que evitar que as crianças fiquem doentes, sobretudo nesta fase em que se torna uma aventura ter que as levar ao médico.

No meu tempo, há 30 anos atrás não havia este tipo de cuidados e bem me lembro do tormento que era ter aulas destas às 08 da manhã. As únicas alturas em que nos escapávamos era em dias de chuva, dado que o campo estava alagado, fora isso era mesmo a doer.

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 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...