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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2023

Uma coisa é certa

 Percorrer hoje o IC19 foi uma maravilha; fazia lembrar os nada saudosos tempos de pandemia mas por uma causa mais ortodoxa e gerada com as melhores das intenções pelo Papa João Paulo II - o pior é mesmo a sociedade em que vivemos e os valores morais cada vez mais enviesados com que nos deparamos. E isso, nenhum sacerdote, nem tão pouco nenhum Santo o vai conseguir colmatar. Estou mais do lado das teorias de Darwin. Extinguir uma série de males e mesmo assim não sei se a espécie humana terá conserto porque continua a involuir. É triste, mas o ser humano raramente aprende alguma coisa.

E quando as Barbies que habitavam cá em casa já se foram todas

 E na verdade nem foi a boneca que mais por cá parou…que me lembre nunca lhe comprei uma sequer e as que tinha foram-lhe oferecidas. Já não posso ouvir falar da maldita boneca. Desconheço se o filme é bom ou não, na verdade nem quero saber. Qualquer coisa relacionada com essa boneca, irrita-me sobremaneira. Mas de facto já não posso ouvir ou ler ou sentir que algo se passa em torno da, ou tendo como inspiração essa boneca. 

Portugal, aquele tal Estado laico que nos enfia pelos olhos e pela alma dentro os desígnios da suposta fé Católica

 Eu aprecio o Papa Francisco e respeito quem tem fé, quem acredita. Deus pode ser adorado de várias formas, mas o fausto e a sumptuosidade da Igreja Católica não são de todo o que vem nas Escrituras. E defendo que cada vez mais deveriam eclodir os valores da humildade e do amor ao próximo e sobretudo canalizar a riqueza para onde ela é mais necessária. Sejam verbas da Igreja, dos fiéis ou do Estado, e nesse Estado também entro eu, acho vergonhoso o aparato que tem uma jornada destas. A sua essência é um bluff.  Sejam jovens, adultos, ou idosos, a clara maioria dos envolvidos nesta epopeia não vale nada, não faz nada para que a sociedade em que vivemos seja melhor. Porque pouco faz no seu “quintal”, para com as pessoas com que se cruza, para com o vizinho do rés do chão, para com a/o namorada/o que dizia amar como jamais amou alguém e no dia seguinte, o melhor que tem para dar é…ghosting; para com os avós, os tios, os pais…ou um desconhecido que precisa desmesuradamente de ajuda. As cri

A minha filha é tão esta imagem

 

Avó

 Eu tenho saudades da minha avó todos os dias. Não é exagero, porque na verdade não há dia que passe que não me lembre dela. E respeito-a muito e sinto-me feliz pelos 20 anos que a tive e triste porque ainda a poderia ter por cá e não a vejo há 25 anos. Tenho tantas, mas tantas saudades. E neste dia em que tanta gente celebra os seus avós, eu celebro a minha no meu silêncio.

Era um manjericão fraquito do supermercado

 Que comprei no supermercado e no vasinho em que vergonhosamente ainda se encontra.  Era preciso para apaladar uma receita e era muito fraquito, mas serviu o seu propósito. Depois coitado, foi decaindo até ao dia em que olhei para ele e pensei que não merecia a minha desatenção, muito pelo contrário. E dediquei-lhe escassos minutos dos meus dias, porque é uma planta, é cheiroso, saboroso…tem vida e por isso merece que faça de tudo para o impedir de falecer.  Retirei folhas secas e mortas, comecei a regar sem esquecimentos, proporcionar-lhe apenas luz nuns dias, sol directo por alguns minutos noutros, poda e ele…transformou-se nesta maravilha que necessita rapidamente de um vaso novo e sobretudo de terra!  Até aqui foi a surpresa com o meu terrário, agora o meu manjericão! Afinal com dedicação e carinho, as plantas e eu funcionamos. Que feliz que estou. 

Então e sonhar com a morte de pessoas das quais não se fala há anos

 E que tão pouco conhecemos, não fazem parte sequer do nosso núcleo de ídolos, pelo contrário!? Não é agradável, de todo. A morte acarreta por si só um peso trágico.  Sonhei que desta vez partiu o Schumacher. A minha cabeça de facto anda a tender para pensamentos típicos de Bocage.  “Ó retrato da Morte, ó noite amiga, por cuja escuridão suspiro há tanto. Calada testemunha de meu pranto, de meus desgostos secretária antiga!” Sim, sei Bocage de cor. Sou como ele, que vou buscar nas sombras da noite, ora consolo ora ainda mais trevas. E é na noite que me vêm também à cabeça profecias de morte, pensamentos de morte, nem sempre alheia, muitas vezes minha. 

…what a week!

 Podia ter sido memorável, mas não. Foi estúpida mesmo. Aquele género de estupidez inesperada, ou não fosse a estupidez sempre inesperada. Ao início da semana e como efeito de uma conversa banal fiquei a saber que uma pessoa que vejo quase todos os dias tem um cancro num rim; vá…tinha. Foi-lhe retirado o rim e juntamente com ele o maldito tumor. Mas existem aquelas pessoas que falam abertamente das coisas levantam a camisola e mostram-nos uma cicatriz de ponta a ponta, mesmo eu não sendo impressionável, estando associado o tema cancro, passa a tocar-me em pontos sensíveis. Foi um balde de água fria. O de água gelada veio anteontem quando estava tranquilamente ou nem tanto a trabalhar e se acerca a senhora que trata da manutenção do escritório desde sempre com ar de caso. Quando me aproximo dela desaba a chorar porque lhe tinham ligado do hospital a dizer que estava com cancro na mama. Ninguém está preparado para receber uma notícia destas e eu também não estava a contar com aquele emba

Sentir gratidão e demonstrá-lo é algo maravilhoso

 Acabei de ter algo que me enterneceu. A empresa onde trabalho tem como cliente a Novadelta e ao ler um email deles, na assinatura do remetente consta o seguinte: "Obrigado, Sr. Rui" - em destaque. Tão bonito. É de virem as lágrimas aos olhos, não só por me lembrar efectivamente do Sr. Rui Nabeiro e da pessoa boa e escorreita que foi, como também da homenagem que o império que fundou lhe presta diariamente. Qualquer cidadão português e não só lhe deve estar grato pelo ser humano exemplar que foi. E agora digo eu também: Obrigada, Sr. Rui Nabeiro!

Indiana Jones. O regresso da grande aventura

Indiana Jones. O regresso da grande aventura Muitas críticas dos entendidos, mas para mim, que sou espectadora destes filmes desde sempre e já vi cada um deles dezenas e dezenas de vezes, gostei. Um Harrison Ford velhinho mas com o mesmo carisma dos primeiros e o fecho da saga de uma forma bonita, dado o tipo de filme que é. Houve a preocupação de não deixar um vazio, uma tentativa de encadeamento com o resto da saga de modo a fazer sentido e a evolução normal da estória de qualquer ser humano, desde a juventude até aos seus anos finais, com sucessos e tristezas e catarses. O meu preferido continua a ser o primeiro de todos, mas esta aventura não defraudou a minha expectativa, prendeu-me e continuo fascinada pelo Professor Jones. Tenha 80 anos, 90 ou 100, continua uma charme.

O colo da mamã

 A minha filha foi sempre pesada; foi uma bebé que nasceu com 4190kg e só me lembro que tenha perdido peso numa pesagem. Daí para a frente foi sempre igual a si própria. Uma grande bebé no percentil 90 ou 95. E confesso que me custava. Nunca tive aquela sensação de ter um bebé nos braços que parece que se vai "partir".  Ela era algo sabichona e gostava de colo e da maminha da mãe e até eu perceber e aceitar que tinha que a contrariar, senão ainda hoje carregaria com ela às costas e teria que dormir com ela, tive que levar alguns abanões da pediatra, do obstetra, de algumas amigas e da minha mãe. Portanto as primeiras semanas foram caóticas e o peso dela dava-me cabo dos braços e da coluna. Ainda para mais a morarmos num 3º andar, sem elevador, o peso dela + ovo + acessórios causaram-me bastante desconforto. Mas não há mal que sempre dure. E quando comecei a contrariá-la, ela rapidamente percebeu que havia limites para o colo e maminha da mãe e então quando aprendeu a andar po

Limpar maquilhada é qualquer coisa

 É o que acontece quando se sai e não se deixou tudo feito, portanto Cinderella deita mãos à obra. E se no início as olheiras ainda estavam disfarçadas, no fim, já nada está no lugar. É claro que o verdadeiro herói é o Rowenta Clean&Steam.  Já eu, se o Freddie Mercury me pudesse ver, sendo que abaixo do top restam umas cuecas, porque com este calor limpar com mais roupa é já de si outro acto heróico, contratava-me para ser a verdadeira matrafona para o vídeo-clip da música I Want to Break Free!

Em busca dos ténis perdidos - Parte I

 A minha filha chegou à idade crítica dos trapos e afins; quem não passou por essa idade que atire o primeiro calhau. No meu caso não me foram dadas grandes facilidades, mas também tinha os meus sonhos de consumo. Nada contra. Mas com a minha filha é não só todo um drama, como uma demanda sempre muito complicada. Não gosta de quase nada e não está aberta a alternativas.  Por outro lado existem pessoas que à minha revelia lhe perguntam o que ela quer; não é meu apanágio, porque quero que ela perceba que tem aquilo que lhe podemos dar e só depois vem a variável seguinte: ou seja, dá-se o que podemos dar tendo em conta os gostos dela. Quando não há consonância e ela não facilita, pois, não tem. É muito simples. Ainda por cima calhou-lhe uma mãe sem paciência para compras; aquela mãe que compra nas suas lojas fetiche, que têm a roupa com o número certo e nem é preciso experimentar, sem trocas e perdas de tempo. Ela não; é daquela estirpe que é capaz de passar um dia num centro comercial a
 Ontem regressei a um local onde já não entrava talvez há uns 15 anos. Tudo diferente mas o mesmo espaço físico.  Vieram lembranças e nostalgia e lembrei-me sobretudo de pessoas. E olhei para o sítio em que ficava um amigo que deixou de estar entre nós há um ano atrás. Lembro-me muito dele na verdade.  Hoje, estava a tomar um café com um amigo em comum e disse-lhe isso mesmo. Que ao entrar naquele espaço me lembrei muito do João. Disse-me o nosso amigo em comum: “Tu és mesmo assim. As pessoas sobretudo nestes eventos não costumam ser recordadas.”  Que mania a minha de sentir verdadeiramente saudade, de gostar mesmo de algumas pessoas e não as esquecer quando elas partem, seja essa partida uma morte física ou não. 

Trabalhar a empatia desde cedo

 Somos acima de tudo, fruto da educação que tivemos, de uma forma mais abrangente, do sucesso ou não dos processos de socialização e também, do nosso livre-arbítrio. Quem não tem capacidade para corrigir certos erros, nem que seja aos 50/60 anos...não aprendeu grande coisa nesta jornada que é a vida. Contudo, enquanto ser humano e mãe, a este nível tenho duas tarefas; a minha própria e a de dar ferramentas à minha filha para que de facto seja uma pessoa empática por exemplo. E nada como exemplos práticos: fobias. As fobias são uma sensação inexplicável e aos olhos de quem não as tem, ou não tem as mesmas, podem ser, no mínimo, ridículas. Mas sejam o que sejam, eu respeito e tento sempre acalmar as pessoas. A minha filha necessita melhorar esse item. Aqui há uns tempos estávamos a "turistar" algures por este planeta, eu, como qualquer turista que se preze olho muito em volta, para cima e para os lados e pouco para o chão, portanto, só mesmo quando estava quase em cima de uma r
 Andei a fazer limpeza a gavetas imersas em papéis. Nisto há uma infinidade que vai fora, outros que ficam para a próxima e outros que são jóias. Não jóias da coroa. Jóias nossas mesmo. Vieram parar-me às mãos os CTG’s prévios ao nascimento da miúda. O papel é térmico, pelo que as linhas desapareceram, mas aparecem as setinhas de cada vez que ela se movia e eu carregava no botão.  Mexia-se muito pouco naquela altura dados os seus tamanho e peso e eu a desejar que ela nascesse rapidamente. As últimas semanas de gravidez foram mesmo complicadas para mim.  A ironia é que pegar naqueles indicadores me fez sentir uma saudade de a ter comigo, as minhas dúvidas quanto ao parto, como seria, como seria a minha bebé. E agora tem 13 anos e tudo isto foi um mero lapso de tempo.  …e em conversa há escassos dias com alguém, saiu-me um “estou quase com 50 anos”! 45 e 1/2 mais precisamente, mas, em contas redondas, o número redondo aproxima-se e contra todas as minhas expectativas ainda por cá estou.

Eu…e a demanda pelo piaçaba

 Ando há que tempos, diria que há mais de um ano atrás de um determinado piaçaba. Parece conversa de *****, mas não.  Quando o vi, achei-o O Piaçaba, mas quando olhei para o preço pensei que para limpar ***** era demasiado, mas a verdade é que tudo o que vi depois, não me causava inspiração. O que tenho agora é daqueles de inox, sem graça e nem sequer merece nova escova. Não gosto dele.  Ora não comprei O Piaçaba na altura certa, pensando que encontraria outro decente, mas tem sido uma aventura pior e mais exaustiva do que a demanda pelo Santo Graal. Diria que quase perigosa e por vezes cómica. Mas quem é que perde tempo à procura de um instrumento destes! Eu…como é evidente. E não é que o voltei a encontrar numa busca desenfreada pela web!? E com tão pouco se faz uma mulher sorrir. Não é um piaçaba. É O Piaçaba. E eu já sei que um grande, grande amor, só se vive uma vez na vida. 

Fecho de ciclos

 Não é necessariamente mau o fecho de ciclos. Por vezes é mau de facto, outras vezes embora pareça mau, não o é, outras vezes nem sequer é quantificável ou objectivo.  E fechou-se um ciclo com 3 anos de duração, fecho esse pelos melhores motivos, mas que não deixa de mexer connosco, os elementos da equação. Talvez seja uma felicidade melancólica e algo triste, ou uma tristeza feliz em que se conclui que as missões se cumpriram...e... Caramba, somos tão humanos e sensíveis que não conseguimos deixar de sentir já saudade de algo que acabou agora de se alterar para outra dimensão. O que me serve de conforto é que não sou eu apenas a ter essa sensação, pelo que afinal não estou errada quando me sinto tão ligada a determinadas situações e aos seres humanos que me rodeiam. Haja sensibilidade e cuidado com o "outro", sobretudo quando as ligações que temos com o "outro" são ou foram estreitas. Infelizmente o (bom) carácter apenas está ao alcance de muito poucos, cada vez me

Enigmas

 Não que a minha cabeça esteja neste momento perspicaz o suficiente para desvendar enigmas tortuosos, mas já há muito que desejava que fizesse parte da minha biblioteca, do meu espólio literário. Sem qualquer tipo de pensamento ousado de achar que vou conseguir resolver o mistério porque de facto não estou num momento nada argucioso e de raciocínio lógico.  Estou numa fase mais emocional que é a pior de todas para resolver enigmas. Mas…que assim seja. Vamos lá ler a obra. 

E chegamos à fase

 Em que, não sendo eu propriamente pequena, me sinto a encolher. Mas quem é que a autorizou a crescer com esta rapidez!?

13 Anos de Ti!

 Foi neste mesmo dia, 4 de Julho, pelas 15:48h, bom, uns minutos depois, que te puseram por cima do meu peito desnudado, pele com pele, e que te abracei pela primeira vez. Estava exausta, o trabalho de parto ainda não tinha terminado, mas a minha missão de te ajudar a vir ao mundo, estava cumprida.  Nasceste e contigo a maior alegria da minha vida; ser mãe. A tua mãe. És quem me fez ser mãe e contigo tenho aprendido tudo. Sei (quase) tudo a teu respeito, mas tens-me ensinado tanto sobre mim própria, que nem calculas.  Já tu, tu abraças-me em todos os momentos, mesmo quando os teus braços não estão em volta de mim. Abraças-me com o teu carinho, com a tua inteligência, com os teus sonhos, com a tua presença, tenacidade e sentido de justiça, com os teus dramas, com as tuas surpresas, gargalhadas e lágrimas. Quereres superar-te a ti própria, fazeres tudo pelos teus amigos e mesmo quando te desiludes, não perdes a fé na Humanidade.  Estás a tornar-te numa activista, defensora de causas, ent

Não podia deixar escapar

 O meu herói de sempre e os filmes que vi toda uma vida, sempre com o mesmo entusiasmo.  E agora, silêncio porque o filme vai começar!