A minha filha chegou à idade crítica dos trapos e afins; quem não passou por essa idade que atire o primeiro calhau.
No meu caso não me foram dadas grandes facilidades, mas também tinha os meus sonhos de consumo.
Nada contra. Mas com a minha filha é não só todo um drama, como uma demanda sempre muito complicada. Não gosta de quase nada e não está aberta a alternativas.
Por outro lado existem pessoas que à minha revelia lhe perguntam o que ela quer; não é meu apanágio, porque quero que ela perceba que tem aquilo que lhe podemos dar e só depois vem a variável seguinte: ou seja, dá-se o que podemos dar tendo em conta os gostos dela. Quando não há consonância e ela não facilita, pois, não tem. É muito simples.
Ainda por cima calhou-lhe uma mãe sem paciência para compras; aquela mãe que compra nas suas lojas fetiche, que têm a roupa com o número certo e nem é preciso experimentar, sem trocas e perdas de tempo.
Ela não; é daquela estirpe que é capaz de passar um dia num centro comercial a ver trapos. Não deve ter mesmo testosterona, só pode.
Para os anos tratou de mandar uma fotografia dos ténis que queria a quem lhe apara estes golpes:
Conclusão: depois do choro, ranho, drama, eu a ficar uma pilha de nervos com soluções e ela a arranjar 5 problemas para cada solução minha, optou por ficar com os ténis (acredito que para se precaver e levar à risca o ditado de que "vale mais um pássaro na mão do que dois a voar").
Agora já me diz: gosto tanto destes ténis mamã, é que me ficam mesmo bem!
...para o que eu estava guardada.
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