Foi neste mesmo dia, 4 de Julho, pelas 15:48h, bom, uns minutos depois, que te puseram por cima do meu peito desnudado, pele com pele, e que te abracei pela primeira vez. Estava exausta, o trabalho de parto ainda não tinha terminado, mas a minha missão de te ajudar a vir ao mundo, estava cumprida.
Nasceste e contigo a maior alegria da minha vida; ser mãe. A tua mãe. És quem me fez ser mãe e contigo tenho aprendido tudo. Sei (quase) tudo a teu respeito, mas tens-me ensinado tanto sobre mim própria, que nem calculas.
Já tu, tu abraças-me em todos os momentos, mesmo quando os teus braços não estão em volta de mim. Abraças-me com o teu carinho, com a tua inteligência, com os teus sonhos, com a tua presença, tenacidade e sentido de justiça, com os teus dramas, com as tuas surpresas, gargalhadas e lágrimas. Quereres superar-te a ti própria, fazeres tudo pelos teus amigos e mesmo quando te desiludes, não perdes a fé na Humanidade.
Estás a tornar-te numa activista, defensora de causas, entras em projectos, persegues as tuas crenças, estudas, pesquisas, debates comigo temas da actualidade, política internacional…que companhia me saíste, que interlocutora, que navegadora e compincha em passeios e viagens.
Aventureira, destemida, clássica. Tanto andas de skate e hoverboard, como lês Shakespeare, me acompanhas a uma Ópera e queres aprender Violino e Piano.
A vida contigo tem todas as cores. Amas, vibras, mas quando detestas, é também para valer. Lembro-me de ervilhas, por exemplo.
Parabéns filha. És muito…muito mesmo. És muitíssimo. Tal como o meu amor por ti. Gigante, cada vez mais. Que adolesças com uma mente e espírito saudáveis e que sejas muito feliz.
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