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Disse eu na semana passada

 “Mas porque é que o Marcelo não ficou em isolamento após um contacto de risco e eu fiquei!?”

Respondem-me os eruditos: “ah, e tal, o contacto dele foi de baixo risco”.

Vamos por partes: a mim ninguém me perguntou o que é que eu andei a fazer com quem contactei e estava infectado/a com Covid-19. Bastou dizer que estive com uma pessoa que testou positivo posteriormente a estar na minha presença, para me instarem a permanecer em casa por 14 dias! 

Nos entretantos fiz um teste que deu negativo mas assim mesmo os dados estavam lançados: obrigatoriedade de permanência no domicílio sob pena de ter chatices com as autoridades. Não é preciso chegar a tanto porque cumpri e pelo menos dessa vez, não tive a doença.

O Marcelo (não temos a mesma categoria académica, mas por trás não há cá serventias) andou por aí a cirandar, debates e afins e agora uns dias depois afinal deu positivo. Pergunto, mas porque raio não isolaram logo o homem, perdão, o Sr. Presidente!? Porque é que para uns existem umas regras e para outros, outras!? Se queriam ganhar dias, ficaram na mesma, porque mesmo que agora só tenha que estar 10 dias “xogadito”, se o tivesse feito na semana passada em que pelo protocolo seriam os 14, ia dar ao mesmo.

O “bom” disto tudo: o de Ventura já está em isolamento e vai poupar as pedras da calçada de o suportarem pelos próximos 14 dias. Até para se ser uma simples pedra, é preciso ter sorte.

Obviamente que desejo rápidas melhoras ao nosso presidente e o que me custa é que até numa situação destas percebemos que temos tratos diferentes, dependendo de quem somos, o que em termos sanitários é um erro crasso, conforme se pode constatar, e noutros termos, também. 

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