Perfaz hoje dia 24 de Setembro 60 anos de vida o meu padrasto...o Zé.
O Zé foi uma figura muito presente e marcante na minha vida até aos meus 23/24 anos; marcante e importante pelos melhores e piores motivos.
O Zé foi o pai que eu não tive, e talvez por isso o tenha transformado na personificação da figura paterna que até então não tinha, mas também foi o "amigão", que tinha paciência para me explicar as equações matemáticas para as quais eu não tinha a mínima vocação, tinha o dom de me tentar levantar a auto-estima quando ela estava mais em baixo, tinha o dom de me fazer rir com as suas graçolas, ousava sobrepôr-se a algumas ordens dadas pela minha mãe, em prol de ver um sorriso estampado na minha cara.
Afinal, que mal fazia a miúda comprar uns ténis novos All Star, ou umas calças de ganga Uniform, quando até tinha passado de ano e não dava problemas!?
A mãe dizia - não tem que se premear o sucesso escolar, é o trabalho dela.
E no meio destas discussões que não levavam a lado nenhum, eu acabava sempre por ficar a ganhar mais um carinho do Zé.
Digo-o com grande convicção, que foi um melhor "Pai" para mim, do que o não foi para qualquer um dos 3 filhos biológicos, mas pesa também o facto de ter vivido comigo e de ter ajudado ao meu desenvolvimento e à minha educação muito mais anos, do que com a sua verdadeira e legítima prole.
Por estes e outros tantos motivos, é com profunda saudade que o recordo. Quiseram os condicionantes da vida que houvesse a separação muito litigiosa entre ele e a minha mãe, uma relação que não fosse o nascimento da minha irmã, teria sido um erro crasso; assim acabou por ter uma feliz atenuante.
Não o adjectivo como um bom marido ou chefe de família; em parte o desmoronamento da minha pequena família deveu-se às suas infantilidades e faltas de responsabilidade constantes...mas enquanto fez parte do meu dia-a-dia, conseguiu ser não o Pai na verdadeira acepção do termo (pois sei as minhas origens e não demito o meu pai das suas funções, ainda que latentes), mas a figura paternal, fraterna e companheira que me acompanhou na infância, adolescência e entrada na idade adulta.
Vibrava com os meus sucessos como ninguém, defendia-me acerrimamente, dava-me a palmada nas costas quando eu mais precisava...
Por isso e por muito mais, não podia esquecer-me que hoje é o dia do seu 60º Aniversário.
Obrigada por ter feito parte da minha vida Zé. Está e estará sempre no meu coração.
O Zé foi uma figura muito presente e marcante na minha vida até aos meus 23/24 anos; marcante e importante pelos melhores e piores motivos.
O Zé foi o pai que eu não tive, e talvez por isso o tenha transformado na personificação da figura paterna que até então não tinha, mas também foi o "amigão", que tinha paciência para me explicar as equações matemáticas para as quais eu não tinha a mínima vocação, tinha o dom de me tentar levantar a auto-estima quando ela estava mais em baixo, tinha o dom de me fazer rir com as suas graçolas, ousava sobrepôr-se a algumas ordens dadas pela minha mãe, em prol de ver um sorriso estampado na minha cara.
Afinal, que mal fazia a miúda comprar uns ténis novos All Star, ou umas calças de ganga Uniform, quando até tinha passado de ano e não dava problemas!?
A mãe dizia - não tem que se premear o sucesso escolar, é o trabalho dela.
E no meio destas discussões que não levavam a lado nenhum, eu acabava sempre por ficar a ganhar mais um carinho do Zé.
Digo-o com grande convicção, que foi um melhor "Pai" para mim, do que o não foi para qualquer um dos 3 filhos biológicos, mas pesa também o facto de ter vivido comigo e de ter ajudado ao meu desenvolvimento e à minha educação muito mais anos, do que com a sua verdadeira e legítima prole.
Por estes e outros tantos motivos, é com profunda saudade que o recordo. Quiseram os condicionantes da vida que houvesse a separação muito litigiosa entre ele e a minha mãe, uma relação que não fosse o nascimento da minha irmã, teria sido um erro crasso; assim acabou por ter uma feliz atenuante.
Não o adjectivo como um bom marido ou chefe de família; em parte o desmoronamento da minha pequena família deveu-se às suas infantilidades e faltas de responsabilidade constantes...mas enquanto fez parte do meu dia-a-dia, conseguiu ser não o Pai na verdadeira acepção do termo (pois sei as minhas origens e não demito o meu pai das suas funções, ainda que latentes), mas a figura paternal, fraterna e companheira que me acompanhou na infância, adolescência e entrada na idade adulta.
Vibrava com os meus sucessos como ninguém, defendia-me acerrimamente, dava-me a palmada nas costas quando eu mais precisava...
Por isso e por muito mais, não podia esquecer-me que hoje é o dia do seu 60º Aniversário.
Obrigada por ter feito parte da minha vida Zé. Está e estará sempre no meu coração.
Comentários
Os meus parabéns atrasadíssimos, mas sinceros.
Beijo
Pipas