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Pelos Caminhos da Fé


Maio é também um mês de grande importância para a comunidade judaico-cristã, em particular para os que professam a Religião Católica.


No meu caso específico não posso dizer que tenha sido educada acerrimamente segundo todos os pressupostos desta ideologia, mas foram-me sendo transmitidos ao longo do tempo valores que até hoje regem a minha personalidade e o meu livre arbítrio.


Possuo o sacramento do baptismo e mais nenhum, creio que quando tiver descendência, fomentado por mim, será o único sacramento que farei questão que detenham.


Tudo o resto estará ao seu critério, assim como a escolha da religião que queiram seguir e consequentes confissões.


Tenho uma visão muito própria da Religião, dos Caminhos da Fé e de Deus, visão essa que muitos entenderão como confortável. Conheço a Bíblia, conheço as teorias do catolicismo melhor que as de outras religiões, e por isso adoptei há muitos anos uma posição de respeito por tudo o que considero razoável e indignação para extremismos, exageros e fantochadas.


Não sei se a Nossa Senhora apareceu ou não aos pastorinhos, não sei se Noé construiu ou não a famosa Arca e intriga-me o Mistério da Santíssima Trindade, mas confesso que se a fé não move montanhas...para lá caminha.


Assisti por mais um ano via comunicação social a mais uma celebração do 13 de Maio e confesso que a romaria das multidões me continua a emocionar; o desespero de algumas pessoas espelhado no seu rosto, o espírito de sacrifício a percorrer uma quase via sacra, o cumprir de mais uma promessa, o pagamento de uma dívida à Virgem...e a crença de que tudo pode melhorar, basta acreditar.


O meu bem haja para quem por esse mundo fora consegue ser crente ao ponto de tentar o bem para si e para os outros através da Religião e que através Dela procure um sentido para a vida.

Para mim, sendo crente ou não, a minha demanda não mais é do que a busca de tranquilidade e acima de tudo alguma paz de espírito.


Prefiro Fátima sem multidões mas admiro a coragem e o esforço de quem por todos estes anos lá vai passando em meses de celebração.

Comentários

Unknown disse…
Em relação a este assunto, tenho as minhas reservas, não sou crente, tambem sou batizado (mas não por minha escolha), e a minha opinião sobre a igreja não é das melhores.
Aceito que as pessoas tenham o direito a ter fé em algo, se isso as conforta e lhes dá uma explicação fácil para as coisas.
Só tenho pena de por vezes, ainda existirem alguns extremismos pela parte dos católicos, que não aceitam a opção em não acreditar em Deus e Jesus.
Beijo
Pipas

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