Avançar para o conteúdo principal

(In)Segurança

Estamos a viver neste momento um período conturbado e de alguma preocupação no nosso país. O que para muitos era até há bem pouco tempo um rectângulo à beira-mar plantado, onde nada digno de destaque acontecia, está a transformar-se aos poucos num qualquer cenário de filme do "Faroeste" à boa maneira do século XXI.

Infelizmente o cenário é bem real e temos assistido a uma vaga de criminalidade muito violenta, assassinatos à queima-roupa em que os próprios móbiles dos crimes não se encontram propriamente bem esclarecidos.

Pelos piores motivos, estamos a transformar-nos num "país à séria". Falando por mim, tenho algum receio em andar até tarde fora de casa, ando sempre com o carro trancado, não olho para trás quando sou abordada na rua...enfim, leis da sobrevivência.

Mas será que esta onda não vai parar? Um país pequeno, com apenas 10 milhões de habitantes não tem estrutura para se precaver destas situações? A conjuntura não é a melhor,a qualidade de vida está cada vez mais baixa, cada vez mais indivíduos a viver no limiar da pobreza, mas continuamos a viver numa sociedade muito competitiva, quer-se sempre ter mais, não se olha muitas vezes a meios para se atingirem fins.

O que me transcende mesmo é a pouca importância dada à vida humana, o desrespeito pela integridade física dos semelhantes.

É triste que tenha que se matar para furtar, roubar, usurpar.

Estamos sem dúvida perante um grave problema social, que a meu ver, deveria ser tido em conta nos constantes plenários políticos da Assembleia da República, novas políticas de segurança deveriam ser pensadas e postas em prática, pois não faltará muito até que estejamos no roteiro de algumas das cidades mais perigosas do mundo.
E lá continuamos a ser notícia pelos piores motivos.

Resta-me deixar a minha humilde homenagem às vítimas desta violência e esperar que se retire algum ensinamento das situações que se estão a viver nos últimos tempos, para que possamos viver num país um pouco mais seguro e habitável.

Comentários

Anónimo disse…
Concordo contigo em todos os aspectos, pois, aos poucos, vou chegando à conclusão que só estamos seguros em casa, e mesmo assim não sei...
Tal como tu, também adoptei medidas de segurança, pois já tive alguns dissabores.
Parece que cada vez mais os delinquentes estão a tornar-se ousados na afronta à Lei e à Ordem Pública, pois a nossa Justiça é demasiado lenta e formal, tendo muitas lacunas, as quais, quase sempre, jogam a favor deles.
Os Média também exageram um pouco, pois a nossa criminalidade ainda não está ao nível dum Brasil ou duma África do Sul, onde o crime violento é diário.
Faço votos para que o governo comece o mais rapidamente possível a canalizar mais fundos para as forças de segurança a fim de que estas tenham os meios humanos e materiais adequados ao combate da nova criminalidade que vai surgindo.
Anónimo disse…
Terroncete dice:
(terroncete@hotmail.com)

Yo no creo que la opción sea reforzar con más métodos policiales. Sinceramente opino que la Violencia es debida a múltiples causas,...y por tanto se requieren varias soluciones...

Por un lado los medios de comunicación nos intentan vender un mundo imaginario perfecto, lleno de riquezas...Un mundo que es inaccesible solamente para unos pocos...Este imaginario crea una imagen ficticia de la vida imposible de conseguir con Salarios tan precarios que tiene la mayor parte de la población...Así que una gran parte de la población en Pro de conseguir dinero Rápido optan por la vía rápida: Robos, corrupción, Asaltos, secuestros, Asesinatos, Venta de drogas...

Para mí la "Base de todo cambio" reside en "Educar a la población"...Yo siempre digo que "la Cultura y la Educación es el mejor arma que un individuo debe poseer"...

Mientras tanto,...en "Este mundo Imaginario y Ficticio...Las brechas entre ricos y pobres son cada vez más grandes: Los pobres son cada día más pobres y los ricos son cada día más ricos"...
Unknown disse…
Bom, admito que ultimamente tem havido uma série de acontecimentos violentos e fora do normal no nosso país, habituado a uma criminalidade mais "passional" do que "profissional", concordo com as razões que indicaste, tais como a exclusão social e a valorização dos bens de consumo. Mas a meu ver, tal como o Paracletus diz, penso que isto também seja mais alarmismo da parte de alguns média que vivem do "apetite" dos Portugueses acerca deste tipo de acontecimentos do que a realidade em si.
Não considero Portugal um país perigoso, evidentemente que existe criminalidade, todos os países a têm, mas ao ponto de nos trancar-mos em casa e comprar espingardas, como querem algumas pessoas fazer transparecer penso que não.
Chamem-me optimista ou iludido mas eu penso assim.
Fica bem
Pipas

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en