Para que fique digno de registo, sou uma amante das letras, das artes, do belo...mas...amante amante, sou mesmo das letras.
Gosto de ler, gosto de escrever e absorvo/retenho sempre muita informação das leituras que faço. O gosto por esta forma de arte foi-me incutido desde cedo, aprendi a ler as primeiras linhas de um qualquer conto de encantar aos 4 anos e desde aí não mais tenho parado. Corrijo, por vezes páro, naquelas alturas em que a disponibilidade mental e emocional não o permite, mas tento ultrapassar rapidamente essas fases menos dadas à minha paixão pelos livros.
Sim, é mesmo paixão. São sem dúvida um factor muito importante na minha vida, não só a nível de aprendizagem, de lazer, mas até de conforto e de companhia. Os meus livros são os meus pertences mais íntimos, fazem parte da minha existência e ocupam um lugar muito especial para mim.
Sei exactamente a proveniência de cada um, sei exactamente a altura da minha vida em que os adquiri ou em que me foram oferecidos, sei com alguma tristeza aqueles que perdi em empréstimos a seres menos correctos que não conhecem o "V de volta" ou o "D de devolução à procedência". Não sou grande coisa sem os meus livros e sem as minhas leituras.
Em conversa com um amigo há algum tempo atrás, comentei-lhe que o meu vício pela leitura depende em grande medida do meu estado de espírito. Aliás, quase tudo na minha vida se pauta por essa variável que cedo se transforma em indicador.
Foco-me em leituras mais simples se estou bem, centro-me em leituras mais complexas quando preciso de colocar as minhas ideias no lugar. Tem acontecido com cada vez mais frequência esquecer os amigos de muitas páginas quando me sinto emocional e psiquicamente cansada - será o avanço da idade que me está a tornar preguiçosa?
No outro dia dei comigo a comprar no hipermercado uma revista feminina, pelo simples facto de ser uma leitura fácil e não me obrigar a pensar...será grave a minha patologia?
Tenho que encontrar a cura urgentemente, porque estou a sentir a falta do aconchego diário, da curiosidade de chegar ao fim daquelas linhas, de descobrir o fio condutor da história.
Ontem à noite obriguei-me a retomar a "amizade". É incrível e algo embaraçoso, mas tenho como livro de cabeceira de há 3 meses para cá o "Equador".
Nunca na minha vida demorei tanto tempo para concluir tal jornada, o livro até nem está mal escrito, embora ache que o Miguel S. T. já tenha criado obras bem melhores. No fundo se calhar a "culpa" nem é do livro em si, mas de mim própria.
Talvez não fosse a altura certa para ler aquele tipo de romance, talvez esteja na fase de ler obras mais complexas...ou talvez não.
Enfim, que indecisão. Resta-me continuar a obrigar-me a ler para saber o final das aventuras de Luís Bernardo em S. Tomé e correr a passos largos para a escrita de Haruki Murakami que me está a encher neste momento o espírito de curiosidade.
Gosto de ler, gosto de escrever e absorvo/retenho sempre muita informação das leituras que faço. O gosto por esta forma de arte foi-me incutido desde cedo, aprendi a ler as primeiras linhas de um qualquer conto de encantar aos 4 anos e desde aí não mais tenho parado. Corrijo, por vezes páro, naquelas alturas em que a disponibilidade mental e emocional não o permite, mas tento ultrapassar rapidamente essas fases menos dadas à minha paixão pelos livros.
Sim, é mesmo paixão. São sem dúvida um factor muito importante na minha vida, não só a nível de aprendizagem, de lazer, mas até de conforto e de companhia. Os meus livros são os meus pertences mais íntimos, fazem parte da minha existência e ocupam um lugar muito especial para mim.
Sei exactamente a proveniência de cada um, sei exactamente a altura da minha vida em que os adquiri ou em que me foram oferecidos, sei com alguma tristeza aqueles que perdi em empréstimos a seres menos correctos que não conhecem o "V de volta" ou o "D de devolução à procedência". Não sou grande coisa sem os meus livros e sem as minhas leituras.
Em conversa com um amigo há algum tempo atrás, comentei-lhe que o meu vício pela leitura depende em grande medida do meu estado de espírito. Aliás, quase tudo na minha vida se pauta por essa variável que cedo se transforma em indicador.
Foco-me em leituras mais simples se estou bem, centro-me em leituras mais complexas quando preciso de colocar as minhas ideias no lugar. Tem acontecido com cada vez mais frequência esquecer os amigos de muitas páginas quando me sinto emocional e psiquicamente cansada - será o avanço da idade que me está a tornar preguiçosa?
No outro dia dei comigo a comprar no hipermercado uma revista feminina, pelo simples facto de ser uma leitura fácil e não me obrigar a pensar...será grave a minha patologia?
Tenho que encontrar a cura urgentemente, porque estou a sentir a falta do aconchego diário, da curiosidade de chegar ao fim daquelas linhas, de descobrir o fio condutor da história.
Ontem à noite obriguei-me a retomar a "amizade". É incrível e algo embaraçoso, mas tenho como livro de cabeceira de há 3 meses para cá o "Equador".
Nunca na minha vida demorei tanto tempo para concluir tal jornada, o livro até nem está mal escrito, embora ache que o Miguel S. T. já tenha criado obras bem melhores. No fundo se calhar a "culpa" nem é do livro em si, mas de mim própria.
Talvez não fosse a altura certa para ler aquele tipo de romance, talvez esteja na fase de ler obras mais complexas...ou talvez não.
Enfim, que indecisão. Resta-me continuar a obrigar-me a ler para saber o final das aventuras de Luís Bernardo em S. Tomé e correr a passos largos para a escrita de Haruki Murakami que me está a encher neste momento o espírito de curiosidade.
Comentários
De facto a leitura tem a ver com os estados de espírito, pois há alturas da nossa vida em que estamos mais propensos para ler do que outras, mas o mais importante é conservar esse hábito. E falo por experiência própria, pois nos últimos tempos ando muito desleixado...
Já ouvi falar desse autor japonês que mencionaste. Segundo a crítica, é o escritor japonês mais ocidental...
Boas leituras!
É natural que por vezes nos cansemos da leitura, mas quando a retoma-mos ainda sabe melhor.
Em relação ao Equador, gostei bastante, foi uma alegre surpresa que tive,o Haruki, sou sincero nunca li nada dele.
Sempre que queiras alguma sugestão ou conselho literário, estás sempre à vontade para falares comigo.
Beijo
Pipas