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Marasmo

Deveria passar-se exactamente o contrário, até porque já estamos na Primavera, mas o que é facto é que com o avançar dos dias parece que a preguiça se está a apoderar mais e mais de mim.

O que inicialmente pensei que iriam ser uns dias de férias "aguerridos" e agitados, no final transformaram-se em dias muito zen, de muito descanso, muitas horas de sono, não cumprimento de horários para as principais refeições...enfim, por momentos parecia estar tudo ao contrário e eu em Portugal a viver mediante o fuso horário dos Antípodas.

Ironicamente, com muito marasmo à mistura, foram dos melhores dias de férias que passei na vida, na companhia de quem mais gosto, e por isso valeu a pena. À parte um surto de sinusite que me fez encostar à box um dia completo, tudo o resto foi perfeito, e cá estou eu de regresso às lides mais mundanas.

E os nossos dias podem ser tão felizes, e tão simples ao mesmo tempo....dá que pensar.

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 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en