Avançar para o conteúdo principal

Aquele misto de saudade e "tirem-me daqui"

E que dizer quando, quase 9 anos depois tenho que manusear novamente o Ovo e o Carrinho de Bebé da miúda?

Em que botão carregar para mover a pega, como é que aquilo fecha, como abre? Relembrá-la ali, a logística que fazia, o momento de vida que vivia - um misto de saudade, nostalgia e questionar-me "como é que eu sobrevivi?" e até um "deixa-te de tretas, até podia ter sido pior".

Sim, foi uma estratégia de defesa o facto de ter emprestado estas coisas todas e tê-las deixado em casa da minha amiga como fiel depositária; olhos que não vêem, coração que não sente, mas algum dia, tinha que se dar a catarse. Tinha que voltar a tocar nestas coisas e sentir o que recalquei e que efeitos isso teria em mim. Não doeu, apenas senti saudade e pena por naquela altura não ter usufruído tanto da maternidade como gostaria, mas...não tive culpa, a vida é assim.

Venha outra bebé para andar confortavelmente no Carrinho da minha menina.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Dia de Reis

 Este dia foi sempre muito falado lá em casa quando era apenas uma menina. Sempre ouvi a minha avó dizer que na sua infância era apenas neste dia que recebiam algum presente (poucos acredito data a dureza da época e, apesar da minha bisavó naqueles idos anos 30 do século passado ser enfermeira, o ter enviuvado ainda na casa dos 30 anos e com 5 filhos muito pequenos não lhe tornou a vida próspera). E então, quando eu era pequenina, no dia de Reis sempre houve a tradição de se abrir um bolo rei lá em casa - a minha avó ainda auspiciava deixar a mesa posta do Natal aos Reis para que os "ausentes" também pudessem usufruir das nossas iguarias mas a minha mãe já não ia nessa conversa. Também deixava um copinho com leite e umas bolachinhas para o Pai Natal comer e levar ao Menino Jesus e também sempre ouvi falar na Tia Reis (irmã da minha avó que, por ter nascido no dia de Reis, não mais se livrou da epifania ao ostentar o tão pomposo nome de Maria dos Reis). E guardo tudo na minha ...

Dia da Voz

Neste dia da Voz, não podia deixar de me lembrar da voz da minha saudosa avó Isabel, que não oiço ao vivo há 16 anos e meio, mas oiço no meu coração diariamente. Voz inconfundível, pessoa irrepetível. Foi a pessoa que de facto nunca me desiludiu, apesar da educação espartana que sempre fez questão de me transmitir. A si minha Avó!