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Como transformar algo de que não se gosta, num desafio

A miúda não gostava de praticar Educação Física e a verdade é que no 1º ano eu não dei grande importância. Foram algumas mudanças para ambas e como eu própria também não gostava nos meus tempos de estudante, não dei o devido enfoque.

No ano passado achei que era uma pena uma miúda com resultados tão bons a todas as outras disciplinas, ter sempre "Suficiente" a Ed. Física e o comentário "precisa de se esforçar um pouco mais".

A prática desportiva é de facto importante tanto ao nível físico propriamente dito, como também mental. A própria competição pode ser muito saudável desde que não seja desmedida e perder também faz parte do jogo.

No início deste ano lectivo resolvi ter uma conversa motivadora com ela; falámos acerca da escoliose dela e dos milagres que a prática de natação lhe têm feito. Do quão contente fica quando o professor lhe "dá mais cinco" por ter dado um mergulho perfeito, por conseguir controlar a respiração.
E então se replicarmos isto para outras áreas. Não se é obrigado a gostar de futebol, mas pode gostar-se de volley, ou de basquete. Pode-se gostar de ténis e não gostar de correr e gostar também de patinar. Devemos diversificar e não particularizar.

E que tal começares por tentar melhorar a cada dia um pouco mais!? Dares o máximo no que mais gostas e, mesmo não gostando de algumas áreas, em vez de fazeres contrariada, procurares pelo menos divertir-te? - disse-lhe eu. Vais ver que vais começar a sentir uma vontade cada vez maior de ires a essas aulas, de participar, competires, festejares as vitórias e rir das quedas!?

Não sei como isto lhe bateu, mas o facto é que a minha filha de repente começou a contar os dias para ter a próxima aula de Ed. Física, a mostrar vaidade pelo equipamento e, sobretudo, a ganhar um gosto por competir, participar e vencer.

Vai aos corta-matos, tem sido a primeira nas corridas que fazem frequentemente, salta à corda e gosta de assistir a jogos de futebol. Mudou radicalmente para melhor e o único "Suficiente" que aparecia na avaliação, deu lugar a um "Bom" redondo. Fico orgulhosa por ver que ela tem um grande desejo de vencer, de se superar a ela própria, mesmo quando já tinha alguns anticorpos. É uma lutadora esta miúda, espero que assim se mantenha porque a vida precisa que sejamos assim.

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