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How to get away with murder - Then again

 Já tinha partilhado que estou fã desta série...e o sentimento continua o mesmo. Estou a aproximar-me do final da 3ª temporada, and counting.

Viola Davis continua uma diva - não sei onde termina a vilã e começa a heroína, e vice-versa. Só consigo ver alguns episódios já a noite vai longa; são densos, embora não demasiado extensos, mas com tantos flashbacks, flashforwards e no flashes at all por vezes dou comigo a ter que fazer uma pausa, voltar atrás para rever um diálogo porque algo me escapou.

Ontem morreu um dos meus preferidos, o puto Wes. Cometeu uma falha gigante na primeira temporada, culpa teve pouca e é o epíteto de um bom rapaz. Vejo-me a ter uma paixão por um Wes. É daquelas pessoas com que cada vez nos cruzamos menos, que se preocupa verdadeiramente com os demais, não teve uma existência nada, mas mesmo nada fácil, entra no curso de Direito quase sem saber como, é inteligente, meigo, comete um homicídio, apaixona-se por uma borderliner e gosta verdadeiramente dela, ao ponto de prejudicar a vida dele por ela...é um herói romântico, no fundo, um bom rapaz.

E isto pode ser transposto para a realidade - eu, que já trabalhei numa prisão e lidei com situações e pessoas tão complexas, sei do que falo. Se existem lobos em pele de cordeiro, também existem cordeiros, em pelo de coiote. Nem sempre tudo é tão simples e taxativo quanto parece.

...morreu o Wes, agora resta saber quem é que me levou o herói. E cheira-me que a trama, dado que leva seis temporadas, ainda vai fazer desaparecer mais uns quantos, bons, maus, ou assim assim. No fim, tal como na vida real, nem sempre triunfam os bons.

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