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Ruborizei

A verdade é que o facto de ser muito conversadora e aparentemente despachada faz com que se tenha uma ideia de que sou isso mesmo. Mas a verdade é que escondo uma relativa (grande) timidez.

E eis que hoje numa sala cheia de pais e mães dos colegas da minha filha, viram-se do nada para mim algumas pessoas que me dizem o seguinte: "Vimos a sua filha lá em baixo, e ela é....tão linda. Tem uma cara mesmo....bonita, é linda a miúda!"

Claro que agradeci, senti um calor ao nível das maçãs do rosto mas fiquei babada. Não que isso seja importante, se é bonito, se é feio ou se é assim-assim, mas claro que ouvir estas coisas e sabendo eu que ela é de facto bonita e não o digo por ser minha filha, mas porque tenho olhos na cara, deixa-me assim aquela sensação de:

"pelo menos eu e o pai da criança juntos, resultámos para algo em grande. Se tivesse sido desenhada, não sairia tão gira."

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Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en