...e uma família paterna, sem laços de sangue. Não foi só a minha mãe por quem ele se apaixonou e quis que fizesse parte da sua vida. Com ela, levou-me também para dentro do seu coração e foi a figura paterna que eu tive, que tantas vezes desejei que fosse mesmo ele o meu pai e que tanto orgulho sempre demonstrou por mim. Não fui uma miúda fácil em termos de feitio, e só me lembro que se tenha aborrecido comigo uma vez, em tantos anos...e cheio de razão, porque num certo dia era eu miúda me pediu para lhe ir comprar cervejas e eu disse que não! E não fui, e ele ficou triste e eu na minha e só depois da minha mãe me ter dado um sermão é que lhe fui pedir desculpas...e lembro-me que cheguei ao pé dele cheia de vergonha a pedir desculpa, ele vira-se para mim, dá-me um abraço e diz: “Oh Tanoquinha, o Zé já não está zangado consigo. Dê cá um beijinho”. Ainda hoje sou a Tanoquinha e ele, não é só o pai....ele é o ZÉ. E quanto a isso nada há a acrescentar.
Têm sido uns meses complicados a nível da saúde dele, mas hoje é dia de celebrar a vida, é dia de dar graças pelas nossas vidas se terem cruzado, é dia de agradecer o magnífico avô que é para a minha filha...é dia de agradecer por ter escolhido ser o meu grande amigo. Se de um molho agridoce se resumisse a minha memória ele era o doce da minha infância.
Têm sido uns meses complicados a nível da saúde dele, mas hoje é dia de celebrar a vida, é dia de dar graças pelas nossas vidas se terem cruzado, é dia de agradecer o magnífico avô que é para a minha filha...é dia de agradecer por ter escolhido ser o meu grande amigo. Se de um molho agridoce se resumisse a minha memória ele era o doce da minha infância.
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