Nem sempre lhe será muito proveitoso numa primeira análise, mas talvez passados uns anos ela perceba que tudo teve o melhor dos propósitos.
Ora bem: resolvi dar o voto de confiança e aliviar as restrições aos equipamentos electrónicos, entre os quais, o telemóvel, desde o início do ano lectivo.
Não obstante antes de se embrulhar no vício ter que me informar sempre, sempre fui dizendo que sim. Mas ia obviamente, observando. Nós os sociólogos observamos, capturamos detalhes, tiramos notas, antes já temos toda uma problemática delineada, depois analisamos os dados e no fim concluímos.
E por muito que eu lhe tenha dado o voto de confiança e lhe tenha explicado que o dia tem horas para tudo e que por vezes, quando não tem, devemos definir prioridades, o que se passou foi o seguinte:
- Acordar às 6 da manhã para se imbuir no telemóvel e com isto faz tudo o resto a correr, como seja, arranjar-se, tomar o pequeno-almoço, etc - em suma, tudo ao contrário
- Antes de sair de casa, se antes a última coisa que fazia era uma festa ao seu gato (atenção que o gato é dela), agora não lhe liga nenhuma e a última interacção que tem antes de sair é com o telemóvel
- Chega a casa, vai a correr tomar o banho dela e depois de se despachar e pentear o cabelo às 3 pancadas....isso mesmo...telemóvel - quando antigamente fazia tudo nas calmas, demorava horas no banho e depois lia até à inconsciência
- Sim, a leitura foi deixada para quarto plano, no mínimo. Anotei que houve dias em que nem uma página leu. Estamos a falar numa viciada nas letras!
- Até a consola Nintendo já ganhou pó
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