Avançar para o conteúdo principal

"Reciclar" o espaço

Confesso que as minhas aspirações a nível de consumo são muito generosas; a nivel intelectual muito mais ambiciosas e cada vez tenho mais a certeza de que não vou conseguir saber e aprofundar tudo aquilo que gostaria.

O meu tempo começa a escassear...

Mas a nível de consumo confesso que gostava de ter uma casa enorme; ainda não sei bem se o duplex, então triplex seria o ideal, ou uma moradia, mas as moradias têm as suas vantagens e desvantagens - seria basicamente a piscina para a minha filha, e um big cão, ou 2, mas um Castro Laboreiro era certinho :).

Chateia-me o facto da minha mãe me vir com a conversa do que iremos herdar (eu e a minha irmã), porque ela própria me educou na base de que temos que contar com o que conseguimos alcançar sozinhos e não esperar que nos caiam bens de mão beijada. Isso é um perfeito disparate.

Já o disse à minha mãe e são apenas 2 objectos dela que "cobiço", no bom sentido - o vestido que usou no casamento com o meu pai e uma tarteira de porcelana lindíssima; nada mais...e sobretudo que ela viva pelo menos durante a minha eternidade. Temos uma relação tão complexa, mas ela é tão importante para mim.

...mas não me importaria que a vida me proporcionasse um golpe de sorte e eu ter espaço para tudo e mais alguma coisa, pois hoje andei a retirar algumas coisas mais "abébézadas" do quarto da minha cria, para haver espaço para tudo o resto. E ela reclamou, claro. Pediu-me para eu levar para a arrecadação e não dar a outros meninos, mas já lhe disse que há coisas que guardamos e serão sempre dela, outras podemos fazer com que um menino algures sorria e possa brincar e ser tão feliz quanto ela tem sido até agora.

Já fomos dar algumas coisas a quem delas precisa, ela acabou por ser portar muito bem, percebeu que para ela não fazia qualquer diferença, e para os outros fez toda a diferença do mundo.

Mas os brinquedos de hoje, não serão doados; quando muito emprestados às filhotas das minhas amigas mais próximas, e assim vamos tendo a nossa própria onda de solidariedade e partilha entre amigos.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Portugal, aquele tal Estado laico que nos enfia pelos olhos e pela alma dentro os desígnios da suposta fé Católica

 Eu aprecio o Papa Francisco e respeito quem tem fé, quem acredita. Deus pode ser adorado de várias formas, mas o fausto e a sumptuosidade da Igreja Católica não são de todo o que vem nas Escrituras. E defendo que cada vez mais deveriam eclodir os valores da humildade e do amor ao próximo e sobretudo canalizar a riqueza para onde ela é mais necessária. Sejam verbas da Igreja, dos fiéis ou do Estado, e nesse Estado também entro eu, acho vergonhoso o aparato que tem uma jornada destas. A sua essência é um bluff.  Sejam jovens, adultos, ou idosos, a clara maioria dos envolvidos nesta epopeia não vale nada, não faz nada para que a sociedade em que vivemos seja melhor. Porque pouco faz no seu “quintal”, para com as pessoas com que se cruza, para com o vizinho do rés do chão, para com a/o namorada/o que dizia amar como jamais amou alguém e no dia seguinte, o melhor que tem para dar é…ghosting; para com os avós, os tios, os pais…ou um desconhecido que precisa desmesuradamente de ajuda. As cri

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.