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A mostrar mensagens de 2023

O mistério da aeronave no meu quarteirão

 De há umas semanas a esta parte, tenho vivido o bairro de uma forma nova. Desde que aqui vivo sempre serviu para entrar no meu refúgio e sair, e pouco mais. Não faço grandes incursões por aqui, até que chegou o Balzac que, com os seus passeios costumeiros me obriga a descobrir o que está para além da ponta do meu nariz.  Nisto existem pessoas que metem conversa e se tentam revelar em verdadeiros especialistas em raças de cães e veterinária, 70% das pessoas com quem me cruzo têm ou já tiveram um espécime parecido com o meu Balzac mas… o cerne da questão está no facto de eu não ter perguntado nada e não ser apologista deste tipo de abordagem. Vá, há excepções e pessoas que nada têm de intrusivas, mas são raras.  E o que faço eu, de um modo geral!? Fujo das pessoas porque quero estar sozinha a passear o Balzac sem conversas circunstanciais que não procuro.  E nesta escapadela para o outro extremo do meu quarteirão, o que vimos nós há uns dias atrás!? Isso, uma aeronave. Ora o aeródromo m

A última do ano

 Lavagem do carro, entenda-se! Que assim seja!
 Ontem, ao fim de 3,5 dias consegui finalmente deitar o lixo, no lixo. Não que não o pudesse ter feito antes, mas a falta de civismo não é uma característica que me assista e embora também nisto não tenha capacidade para mudar o mundo, a ideia do meu saco de lixo ser mais um a somar à poluição urbana, é no mínimo desagradável.  E concluo que as pessoas, no seu todo, são mesmo porquinhas. A tantos níveis, mas nisto também. Como se é capaz de vislumbrar contentores a abarrotar, lixo amontoado no chão e mesmo assim contribuir com mais.  É o desrespeito pelos outros, pelos trabalhadores camarários que, em bom rigor, também têm direito a usufruir do seu Natal, é um desrespeito para com o ambiente e o urbanismo, enfim, é de uma falta de educação extrema.  A minha contribuição para a mudança vale o que vale, mas continuo a não ser capaz de seguir hábitos intoleráveis e prefiro ter o lixo fechado em casa por 2 dias, do que vê-lo na rua aos pedaços à espera de melhores dias e contribuir para a

Enjoy the silence

 Há momentos em que necessitamos de silêncio, da nossa paz, mesmo que a camuflemos com idas ao ginásio e alguma adrenalina. Mas nem esses momentos devem ser justificados. Se não estamos presentes, se o nosso telefone não toca ou as mensagens enviadas não são de imediato lidas, ou que disso haja registo….deixem-nos a viver a nossa paz possível, como bem entendemos e como a queremos. Se há algo que se conquista com o avançar da idade é poder estar só connosco. Não interessa se é Natal ou Carnaval, é igual. O paganismo e o cinismo ao mais alto nível, apenas colmatado pelo nosso núcleo duro, seja ele composto por família e/ou amigos que são família.  Quem realmente importa, está lá, em todos os outros dias e acima de tudo, nos que são de facto necessários. Este ano que finda, após vários deslizes de saúde e alguns episódios de tristeza extrema, essa família e amigos que são família estiveram lá. Mas também estiveram ao ponto de respeitar as minhas fugas e o meu silêncio. Até porque as más

Balzac the Conqueror

 Qual William, qual quê. O Balzac é o verdadeiro conquistador.  Conquistou-me e consegue a proeza de me manter assim mesmo após me destruir vários livros, entre os quais O Monte dos Vendavais, uma Biografia do Churchill, uma tabuada do “ratinho” que guardava como relíquia, os meus cadernos de luxo do Homem de Vitrúvio e do David de Michaelangelo, meias, cuecas, cremes, papel higiénico, os atacadores dos Vans da Milady Filhota….e mais uma lista muito interessante de danos patrimoniais não passíveis de indemnização.  …mas ele conquistou-me, para além de ser a verdadeira vedeta sempre que trespassa a porta da rua. Olhando para ele, é possível ter uma ideia, não é!? Imaginem então o que ele proporciona a quem gosta. É a jóia da nossa coroa. Estou rendida. Conseguiste-me Balzac e não tem volta atrás. Eu não vou desistir  de ti e tu…bom, os da tua espécie são fiéis, até ao fim. ❤️
 Receber o convite para assistir à atribuição dos prémios de mérito na escola da minha filha é sempre algo confrangedor. Não concordo com este tipo de distinção neste nível de ensino, o que não obsta que haja quem de facto se distinga pela positiva, mas entendo que a relação custo/benefício não está de todo equilibrada. As crianças são cruéis e os adolescentes ainda mais e se, por um lado, estes prémios ocasionam uma diferenciação já de si óbvia (que nada tem a ver com capacidades intelectuais) por outro também para quem os recebe existe muitas vezes a busca pela distinção e não o brio desinteressado. A minha filha sabe perfeitamente a minha opinião e é congratulada sistematicamente pelos seus sucessos e motivada ante alguns percalços e não fico com mais orgulho por estar presente naquele tipo de cerimónia. Reitero, não concordo que seja aplicada a nível de escolaridade obrigatória, mas a níveis superiores acho que é de louvar quem é agraciada com distinções. A maturidade será outra, o

Desabafos de uma sportinguista que não dorme sobre o assunto

 Era o que me faltava sofrer pelo futebol; há aspectos na vida mais sofríveis e também indesejados, mas que não podemos de todo evitar. O Sporting é assim uma preferência que me faz investir algum dinheiro em camisolas e cachecóis para a minha filha, chatear sobretudo os benfiquistas (mas apenas os irritantes), gostar que ganhe é óbvio, mas jamais ao ponto de me aborrecer sequer quando perde e muito menos entrar em discussões. Aliás, discussões acerca de futebol, política e religião não entram no meu repertório.  Mas sendo de facto adepta ou, mais correcto ainda, simpatizante do Sporting, não deixo de me divertir com a efusão dos meus pares com a nossa actual primeira e honrosa posição no Campeonato Nacional. Ok, é bem, sim senhor. Mas já sabemos que é histórico que até ao Natal vivemos um estado de graça e depois esse estado vira na maioria das vezes azia. Pelo que, descontraiam e não comecem já a dar cabo do ecossistema, porque as farmácias andam a racionar medicamentos e depois as p

Quando no dúbio, pode estar a virtude

 Tenho andado numa roda viva de desregulação alimentar e isso reflecte-se no peso e volume. É inegável que estou mais gorda, não há outra forma de o dizer e sei exactamente onde errei: comi substâncias indevidas, em quantidades indevidas, não ponho os pés no ginásio há algumas semanas (outra vez) e outros detalhes inconfessáveis. Não, não cheguei ao ponto da minha roupa deixar de "fechar", mas quase, e isso, seria pior que o Cabo das Tormentas; diria até que seria mais complexo que o Triângulo das Bermudas. A consulta com a minha nutricionista estava marcada para hoje e lá fui, com a cara tingida de roxo, já que de negro, não faria grande diferença na minha tez. Mas...na semana passada incuti a mim mesma alguma disciplina, pelo menos no campo alimentar. Voltei aos almoços estruturados, aos 2 litros de água por dia, à sopa com alguma proteína ao jantar, mas nada de fundamentalismos, porque comigo não funcionam. Claro que comparativamente à consulta do mês passado acresci 300 g

Nascia uma pessoa irrepetível

 Isabel, Maria Isabel. A minha avó. A minha saudosa e inesquecível avó.  A grande perda da minha vida. Aquela cujo toque, cheiro, voz, a minha memória não deixa desvanecer. A minha pessoa. O meu exemplo de honestidade, carisma, justiça e muita beleza. Era uma mulher tão bela exterior como interiormente.  Gostaria de ter 1/3 da sua força, da sua coragem, do seu ser. Não tenho. Nem herdei a beleza, nem os olhos azuis mais lindos que já vi (os segundos são os da minha irmã), nem os singelos 154 centímetros de altura que não sei como, ainda potenciavam mais a gigante que foi. E é, e continuará a ser enquanto eu viver, porque vive em mim. E quero tanto encontrá-la de novo. Talvez em breve. Porque a nossa existência é breve. Como breves são os sonhos em que, de quando em vez, a encontro.  Hoje é o seu dia. Um abraço dos meus até ao infinito, onde eu sei que a avó está. Olho para si sem a olhar, vejo-a sem a ver, oiço-a sem a ouvir…sinto-a. Muita saudade avó, hoje e para sempre. 

Não posso ir a uma livraria pessoalmente ou viajar pela sua web page

 Pois trago o que quero, mas também o que não esperava trazer. Como não tenho nada para ler (ironia), hoje veio esta obra com 750 páginas.  Este ano estou numa de império romano. É isso!

As coisas que se encontram numa gaveta do quarto de hotel

 Nunca me tinha ocorrido tal situação mas…nada de mal pode ocorrer quando se dorme lado a lado com estas escrituras. Só faltava a escritura muçulmana. Que falha….

E são 46…

 Muitos falam em voltas ao Sol, eu falo em Outonos. A minha vida tem mais de Outono, que de Sol. Não que seja mau, ou bom…apenas diferente do lugar comum.  E a verdade é que já vivi uma vida. A minha. A que escolhi e, em parte, também algo que escolheram por mim e me fizeram passar. Com tudo o que tem de positivo e negativo.  E passei para um patamar diferente neste ano em que, para não variar, vivi experiências e desafios de grande impacto. Aproximei-me ainda mais das artes e letras, da música e de locais. Locais que me levaram a respeitar ainda mais essa tal arte, letras e música.  Passei tempo de qualidade com as pessoas que amo, amor esse vivido de formas distintas, pois o lugar dessas pessoas no meu coração tem o seu espaço pre-definido. E foi bom. Pelos momentos bons e acima de tudo porque estiveram comigo não só na saúde, mas acima de tudo na doença. E na doença concluímos quem de facto está disposto a tudo por nós. Sem cobranças, sem devaneios e parvoíces.  E também me dei mais

Talvez se encontrem por lá

 O meu padrasto era uma pessoa discreta e nada dado a comportamentos brejeiros. Portanto foi com grande espanto que há muitos, muitos anos atrás, nos cruzámos com a Sara Tavares creio que na Cordoaria e ele, aborda-a como se a conhecesse intimamente e diz: “Oh Sarinha, eu gosto tanto de si. Permita-me que a cumprimente com um beijinho!” Ela, com aquele sorriso franco, doce e amável deu-lhe um abraço e trocaram dois beijinhos e umas quantas palavras de admiração do meu padrasto para com ela. Nós, passámos o resto do dia, de quando em vez com um audível “Oh Sarinha!!!!” e foi um episódio que jamais esquecemos e por vezes o relembrávamos em ar jocoso.  De todos os que estarão do outro lado para a receber, ele vai estar lá certamente, mas tão mais cedo do que seria imaginável e justo. Até sempre Sara. 

Quando a vida nos torna a abanar

 Já aqui tinha referido as minhas andanças com os exames de rotina mamários que vieram com um resultado duvidoso e que me atiraram para uma ressonância magnética boa, sem indicações que fossem dignas de algo mais do que seguir com os exames de rotina anuais.  Foi apenas a interpretação do que li e muito me aliviou mas...a realidade trouxe-me nova surpresa quando a médica especialista em cancro de mama analisa com muita atenção os meus exames e, de uma forma muito tranquila me diz que o facto de ter uma ressonância magnética com um bom resultado não é por si só garante de ausência de cancro e que as imagens do meu nódulo lhe deixavam dúvidas, que não a deixavam tranquila caso me pedisse para voltar em 6 meses, dada a minha idade e os factores hormonal e multiplicação de células estarem ao rubro, e uma espera de 6 meses poder ser a diferença entre a vida e a morte. Na minha presença contactou o médico e colega dela que me fez a ecografia mamária e saí de lá com biópsia urgente marcada. N

Coragem

 Há uns dias uma pessoa que me conhece bem dizia que sou uma pessoa com coragem. Que sou forte. Que perante as adversidades sou um exemplo e sigo em frente. …talvez pareça…mas eu tenho tanto medo. Talvez não exista quem sinta mais medo do que eu. Mas o meu medo não é objectivo. Talvez seja isso que me distinga da maioria das pessoas. Numa vida com algumas perdas e muitas injustiças em que eu não fui de todo o algoz, poderia há muito ter desistido e não teria passado por algumas coisas menos boas, mas a minha vontade de viver para provar a mim mesma que o sol iria brilhar para mim, fez-me continuar. Fui enganada por alguns fenómenos meteorológicos e quase me perdi novamente no rescaldo de tempestades e furacões.  E tenho medo. Muito mais do que está à minha volta do que do desconhecido. Mas por vezes o desconhecido para nós, há muito o conhecemos e sabemos de cor o seu desfecho provável.  Quem me dera ser corajosa. Quem me dera…

Profundamente arrogante e irritante

  Fonte: CNN Portugal 

Formas erradas de se iniciar uma conversa

 Vou começar pelo fim: O meu telemóvel toca e do lado de lá é a minha filha. Sem saudação ou nada que o valha. "Oh mãe, porque é que me ligaste!?" - tudo isto com um ar "pidesco". É uma forma inadequada de iniciar uma conversa e do tom, já nem se fala. Resquícios de adolescência, comportamento em contexto de grupo e toda uma teoria sociológica à mistura, porque educação em casa, ela tem. E por que motivo lhe tinha eu ligado uma hora antes, com o cuidado de saber que ela estava em tempo de pausa? Porque ela passou o fim de semana doente, ontem esteve na cama quase todo o dia, levou medicação para tomar na escola e...creio que é o bastante para se ligar a uma filha. Não era o momento para me chatear e lhe dizer algo mais profundo, pelo que me limitei ao seguinte: "Liguei porque queria falar contigo. Foi a principal razão da minha chamada. De resto, foi mesmo para saber se estás melhor e não te esqueceres de tomar o medicamento a horas. Beijinhos e já sabes que qu

El Sol del Futuro

 Nanni Moretti…a ser Nanni Moretti. E eu, já tinha saudades de ver um filme assim, numa sala de cinema com mais de 100 anos e onde não se ouve o som de pipocas a estalar em bocas alheias…e na nossa também. Um filme que me prendeu, como sempre me prende Moretti, uma comédia com o seu toque político e…Moretti. Uma banda sonora que tanto nos apresenta Aretha Franklin como Joe Dassin e eu, a dar comigo a trautear 🎶Et si tu n’existais pas, Dis-moi pourquoi j’existerais?🎶… e um final imprevisível que, se ao início nada o faria prever, me fez correr uma lagrimita que tanto queria saltar.  Diria que tem o seu cunho introspectivo. Valeu a pena!

Já não posso ouvir falar

 No Halloween que por este ano já passou, mas para certas pessoas ainda não. E para os mais pequenos que são fomentados a isso nos infantários e escolas, ainda me calo, mas gente adulta, é mesmo de quem não tem que fazer e cujo nível de (falta) de inteligência nem chega a ser discutível. Também já não aguento a Black Friday, sexta-feira negra ou, em bom português, campanha engana tolos, que só se cumpre daqui por cerca de 1 mês, mas a invasão de mensagens e publicidade já me faz regurgitar.  E como não há duas sem três, o Natal, e as decorações, e bolos-rei nas montras e a Mariah Carey. Wake me up when this year ends, ok!?

Dar uma mãozinha à genética

 Ah pois é, tem que se dar uma ajuda porque não só a lei da gravidade como tudo o resto a somar aos perto de 46 anos de vida, têm as suas consequências. 

É reconfortante ser-se bem tratado

 Nem que seja por uma modesta marca; quem não gosta!?

Como é possível sendo tão pequeno e conseguir dar tanto amor

  Balzac

Outubro Rosa = O mês que me tirou uma avó, que me deu uma filha…e que este ano me fez pensar, pensar ainda mais

 Não digo que tenha sido um pesadelo, mas foi mais um murro a seco que levei…no corpo todo. Agora está muito na moda as pessoas fazerem a analogia das voltas ao sol quando cumprem mais um ano de vida. Eu detenho-me mais em ciclos e momentos de vida, que não idealmente os relacionados com planetas e estrelas. E por isso o mês de Outubro quando chega com a sua imprevisibilidade atmosférica traz-me à memória a última vez em que vi a minha avó e a tristeza com que vivi os seus últimos dias; por outro lado sorrio ao recordar que engravidei da minha filha neste mês e igualmente soube que a carregava no ventre.  Foi o mês que me tirou um Tudo, mas me presenteou com outro muitos anos depois.  Para mim estava arrumado. Já bastava de memórias para deixar no mês X do calendário gregoriano. Mas a vida está sempre a surpreender e só no início do mês consegui fazer uns exames de rotina que me haviam prescrito a meio do Verão. E com eles juntei mais um item  de memória que lhe vai estar sempre associ

Vai ser a molhar os pés em água gelada e a sentir a areia áspera na pele

 Vai! Entrei neste ano de baixa médica e obviamente que não augurou nada de bom. Foi necessário mas de facto terminar assim um ano e iniciar outro, está-se mesmo a ver que se vai passar o ano novo em trânsito entre instituições de saúde. E assim foi. Eu que sou avessa e algo arredia quanto a estas questões e sou pouco dada a andar a caminho do consultório, este ano, fui lá parar várias vezes de urgência e todas elas resultaram em notícias chatinhas. Há sempre prognósticos piores, até porque, ainda aqui estou a escrever estas linhas. Mas não posso dizer que algumas das situações que me acometeram, tenham sido fáceis. Lido neste momento com a última. Faz amanhã uma semana, sem que nada o fizesse prever, acordei com o olho direito todo vermelho. Sem secreções, comichões e outras coisas terminadas em “ões”, não tenho feito disparates com as lentes de contacto, portanto, limitei-me a hidratá-lo como hidrato sempre, desde a minha última crise nas córneas. No dia seguinte olho continuava com

Raios partam a adolescência

 “Quando fores mãe, e tiveres uma filha, vais ver!” Eram mais ou menos assim as pragas da minha mãe quando nos desentendíamos e só tenho a dizer que funcionaram. O que tem de maravilhosa tem de chatinha a minha filha. Tão chatinha que por vezes me dá vontade de sair porta fora, pegar no carro e fugir.  Um dos grandes temas de celeuma no momento prende-se com a aparência física e todas as variáveis que o tema acarreta. Demora horas na casa de banho a arranjar-se, despeja litros de perfume por ela abaixo, experimenta roupa minha, sem ordem. Não sou apologista de trocas de roupas e a filha vestir o que é da mãe e vice versa, mas ela, nas minhas costas, tenta a sua sorte na mesma. Isso e as minhas bugigangas. Não possuo propriamente as jóias da Coroa mas…estas criaturinhas maléficas não têm noção que um brinco que acham giro e simples, vale algum dinheiro e acima de tudo pode ter um valor estimativo incalculável. Está proibida de mexer na minha roupa e nas minhas humildes jóias. Mas a minh

Let me introduce Balzac

E volvidas as primeiras 24 horas de convívio, namoro…após já me ter zangado uma série de vezes com esta criatura que, com 7 semanas de vida aterrou aqui em casa em modo presente para mim oferecido pela minha irmã, estou derretida.    Eu que jamais considerei ter um canídeo em casa e sempre disse que apenas se algum dia vivesse numa moradia ou num apartamento com o dobro da área do meu e varandas é que me aventuraria, sou agraciada com esta doçura.  É só o Beagle mais querido do mundo…o meu Balzac!

Era de bárbaros…e a minha tendência para cenários em que se vai passar algo

 Por isso começo pelo fim. Há cerca de 2 anos atrás estava a planear e esquematizar na minha cabeça umas férias à Rússia. Há quanto tempo me quero embrenhar em São Petersburgo e perder pelo menos 2 dias no Hermitage!? Pois, há tempo demais e ele…o tempo, urge e está a escapar-se-me por entre os dedos. Meia dúzia de dias depois aquele demónio, entenda-se, o Bárbaro, decide invadir terra alheia e não contente com isso, dizimar vidas sem dó nem piedade. Que se lixe a minha ideia de ir passear para aqueles lados; acima de tudo ninguém deveria passar por uma guerra, que é das coisas mais básicas e primitivas que o ser humano pode fazer para ocupar território. Era de facto útil colocar todo esse tipo de gente numa ilha deserta sem recursos e aí que resolvessem as suas crises existenciais e deixassem a humanidade em paz. Voltando à minha demanda por mundo, há poucos meses comecei a matutar na ideia de ir a Israel. Mesmo que não conseguisse estar lá por muitos dias, já me andava a documentar.

Avó Isabel - 25 Anos de Saudade

 Parece que vivo um sonho do qual vou acordar, olhar em volta e vê-la ali a olhar para mim, com os seus profundos e expressivos olhos azuis e o sorriso mais aberto que alguma vez vi. A avó sempre foi verdade, em tudo; o seu olhar dizia-nos tudo, a entoação da sua voz e acima de tudo, os seus silêncios. Nos últimos dias em que estivemos juntas, disse-me muitas coisas e ouvi com incredulidade instruções para as suas próprias cerimónias fúnebres; eu tinha tão somente 20 anos e não considerava sequer essa hipótese e tudo me pareciam blasfémias. E quando eu ripostava que tudo aquilo eram disparates, vinham os silêncios, ainda mais pesados dos que as tais instruções. Pelo sim pelo não, registei tudo na minha memória com atenção e uns dias depois vi-me forçada a transmitir à mãe tudo o que tinha ouvido e que deveria ser cumprido. Foi duro, muito duro para todos. A avó foi a pessoa com mais vida que até hoje conheci. A avó tinha tudo a um nível sublime. A beleza, o olhar, a integridade, a hone

Estou a aprender…esse é de facto o caminho

 

Maleitas costumeiras

 …e quem me conhece também sabe que assim que entra o Outono, não passam muitos dias até eu sucumbir a uma virose qualquer e depois fico neste estado de vai e volta por meses.  Portanto cá estou eu toda inflamada. Não há vacinas, lisados polibacterianos e práticas menos ortodoxas que evitem estas minhas crises.  Agora vou culpar as diferenças de temperatura do avião e o senhor do táxi que me levou ao aeroporto e me foi dizendo que o filho estava com Covid. A culpa é deles.  Embora para já, não seja Covid. Ao menos isso. Mas não me sinto nada bem e a garganta parece estar a arder.  Portanto, planos para o fim‑de‑semana…mandar a infecção embora. 

Ida por volta

 Mas trajectos que cansam porque uma pessoa já não tem 20 anos…
 

Literacia financeira

 Oiço aqui e vejo ali reacções que me preocupam de cidadãos face às recentes medidas do governo para reduzir o impacto da subida das taxas de juro nas famílias portuguesas. Já aquando da Pandemia em que foram implementadas as tão afamadas moratórias foi a mesma coisa; conheço tantas pessoas que aderiram à medida, sem terem necessidade real disso. As pessoas olvidam-se de que nada é de graça e a longo prazo, aderindo às moratórias, o mais certo é terem um impacto ainda maior no pagamento dos juros totais da dívida. Para as famílias que quase não têm o que comer, é evidente que nem devia ser necessário dirigirem-se às instituições de crédito para solicitar este adiamento, que no fundo, é do que se trata; agora para agregados familiares que em vez de irem refeiçoar mais vezes à Comporta, podem optar por ficar em casa, podem continuar a usar os sapatos de FW22 e abdicar de umas férias ou de pagar mais ou menos jantares aos parceiros que encontram nos Tinders, acho que tal opção nem se deve

O Claude Lévi-Strauss que há em mim

 Ontem conheci uma pessoa, aliás, vi pela primeira vez uma pessoa, porque na realidade apenas travei conhecimento com ela hoje. Ele, aliás.  E foi assim uma sensação absolutamente nova para mim. Ver uma pessoa que parece pertencer a outro habitat, num contexto completamente díspar ao que, em teoria, por senso comum, achamos que pertence.  Foi inesperado e não estava de sobreaviso, mas mantive a discrição que me é característica. Não que a minha parte imperfeitamente humana não tivesse achado aquele ser humano intrigante. Mas que direito tenho eu em pensar que ele está fora do contexto? Poderei ser eu, na verdade. Mais vale partir para o conceito de habitus  e suas reminiscências, que apenas sociólogos e filósofos entenderão com maior propriedade.  Em suma, ainda que não lhe conheça as origens (ainda), porque estou mesmo muito interessada em saber mais de uma cultura que conheço só pela teoria, estou perante um índio da América do Sul ou Central, com indumentária regular, mas mantendo t

Incompetentes

 Se há coisa que me aborrece é a incompetência. Ok, todos cometemos erros, mas erros inadvertidos são uma coisa, incompetência e falta de humildade e empatia, são outra. Facto: tenho andado a fazer uma bateria de exames, alguns dos quais assim de uma forma inesperada, mas a vida de quando em vez traz-nos desafios, acredito que para nos fazer parar.  Na semana passada, esperava já dizer até breve a um dos médicos, talvez um "até daqui a 6 meses" mas ele pregou-me a partida, aliás, o meu corpo pregou-nos a partida e ele achou necessário fazer mais alguns despistes. Ora andei com mais uma máquina a monitorizar-me e o resultado teria que sair hoje até às 11:00h, dado que à tarde tenho nova bateria de exames e consequente consulta. Confirmaram inclusive ao médico que os exames estariam prontos hoje. Só que não, e perante a minha indagação, ainda disseram que tinha que esperar até estar pronto. Portanto, tive que alterar a minha vida profissional, reduzir uma série de reuniões e im

Shadows

Aquando da minha adolescência, por altura dos primeiros batimentos mais fortes do coração por alguém, dizia-se que tínhamos começado a olhar para a sombra. Agora, as designações já são tantas, que seja para a sombra, reflexos, ou várias coisas, os batimentos e aquela sensação estranha no estomago surge mais ou menos pela mesma idade para todos.  A minha primeira grande paixão platónica, porque nunca passou disso mesmo, foi por volta dos 12/13 anos. E que paixão aquela. Já se adivinhava em miúda que eu seria uma mulher de emoções e sentimentos fortes. Não é caso para reprimir, mas deveria ter moldado a coisa de forma a que na idade adulta, fosse sacana, coisa que não consegui ser até agora e antecipar-me às sacanices alheias para...simplesmente não sofrer. Não cheguei até esse nível de desenvolvimento e estampei-me todas as vezes, embora para falar a verdade, não tenha estado apaixonada de verdade assim tanto quando pensei e tenha amado mesmo um par de pessoas na vida. Porque quando vêm

É uma questão de fazer bolos

 Quando se avizinha uma semana dura a muitos níveis e de regresso a todas as rotinas da mais pequena, é transformar a véspera num dia festivo e dar asas à pasteleira que vive em mim. 
 Dou comigo a pensar que este preciso momento é uma despedida. É sempre uma despedida.  Se será a derradeira ou apenas mais uma entre tantas…logo se saberá. 

Livros escolares partilhados versus brio e civismo

 Começo por referir que mesmo quando os livros escolares não eram alvo de reutilização, fiz sempre questão que a minha filha os tivesse forrados e que os estimasse. Assim fui educada e considero que é básico. Os livros escolares são ferramentas de estudo, acompanham os estudantes diariamente durante um ano lectivo, são alvo de uma utilização por vezes pouco cuidada, e há que os manter utilizáveis e com bom aspecto. Ora, com a regulamentação que implica e muito bem que os livros sejam reutilizados, aumentando-lhes o tempo de vida útil, mais estimados e cuidados devem ser. E o mais básico é forrá-los e em segundo lugar instar as crianças e jovens a utilizar um livro com respeito, mantendo o mesmo limpo, sem folhas dobradas e rasgadas, sem riscos e porcarias. Esse respeito é devido não só ao próprio livro, como a quem o vai "herdar". Pois que continua a ser uma surpresa para mim quando vou levantar os livros atribuídos à minha filha, que os mesmos não venham forrados, venham com

Ah e tal, planos para o fim‑de‑semana

 Menos meio litro de sangue

Burgessos e pessoas que não sabem estar

 Tenho observado atentamente toda a problemática em torno do beijo consentido ou não do presidente da real federação de futebol de Espanha à jogadora da selecção. Honestamente toda a celeuma já aborrece e chega a ser indecente o aproveitamento em todas as suas perspectivas. Falo enquanto mulher, enquanto mãe de outra mulher, enquanto irmã, cidadã, enquanto vítima de assédio e não só…e claro, enquanto cientista social. Vejamos: o indivíduo em si não tem a mínima noção do lugar que ocupa em sociedade e que a liberdade dele termina quando atinge a fronteira do outro. Depois não sabe igualmente que um beijo é algo íntimo; não me venham com terminologias que agora andam aí na berra, brejeiras como tudo. Um beijo nos lábios é o primeiro reduto de intimidade que se pode ter ou experienciar com alguém. O mesmo, pode ser desejado, ou não. Pode ser, ou não, bem recebido. Pode ser bom, ou não. Em suma, o indivíduo em questão é um burgesso, do mais sabujo que há, analisando todo o seu comportament

O corpo humano é de facto uma obra de arte

 Como é que é possível que a junção de 2 células, sensivelmente 40 semanas de maturação e depois, toda uma vida mais ou menos longa, dê origem a um corpo com detalhes tão perfeitos.  Vá, podia ter um pé mais pequeno, mas o detalhe, sobretudo das falanges, as articulações é extraordinário. Sempre que faço exames que me permitam observar o interior do meu corpo, fico fascinada com os detalhes.  Tenho um esqueleto simpático sim senhor. O pé!

Personalidade narcisista

 É típico de personalidades destas, transferir para o outro os seus próprios defeitos. São seres humanos auto-centrados que vivem em permanente conflito interior, permanentemente insatisfeitos que usam os outros. Apenas isso, usam os outros e quando nada mais há a sugar, descartam-se sem explicações mas,  o seu interior, os outros ainda são os culpados e imputam culpas aos outros, culpas elas que são deles próprios. De ninguém mais. As vítimas de personalidades destas se lhes sobreviverem, durante muito tempo questionam-se até conseguirem perceber que caíram na armadilha de uma personalidade destas que é das mais perigosas que existem. Sei do que falo. …mas neste caso refiro-me mesmo ao filho da Sra. Putina (não, não é uma analogia nem uma forma possível de escrever um grande palavrão sem o escrever; nos idiomas que advêm do eslavo ao apelido de família das mulheres é adicionada a letra “a” ao final, por ser a sua forma feminina). Portanto esse grande filho dessa senhora tem a presença

Era solidária com a mãe

 E do nada, surpreende-me com a sua graça.  Quando era pequenina não se podia dizer perto dela que não se apreciava isto ou aquilo, pois ela, por solidariedade dizia também não gostar e era um problema. Se fosse eu então, não falhava. Era o seu exemplo e nem sempre, o melhor. Sendo assim tive que contornar situações, nomeadamente a minha intolerância às sardinhas. E ela que desde bebé, adora sardinhas.  À medida que ia crescendo e atenta como é, percebia que eu não tocava nas ditas. E lá dizia “mamã, puque tu não comes saldinhas? É bom mamã, come!” E eu lá dizia que estava a comer carapaus mas que já ia às sardinhas, mas na realidade não só não ia, como não fui, nem vou.  Há uns dias, a despropósito disse-me assim: “Sabes mãe, eu sei que tu não suportas sardinhas, escusas de disfarçar. Mas eu gosto na mesma, tá!?” Em suma, fui mais do que apanhada e nem sequer foi na curva.  E como lidar com o facto dela ter desvendado o meu segredo!?

Ora caem de prédios

 Ora caem do ar…a ser verdade o que está a ser noticiado como “de última hora”, o avião em que o Prigozhin se fazia transportar…caiu. A ser verdade, não é nada que eu não tenha vaticinado há umas semanas atrás num post deste meu cantinho invisível, após aquela tentativa hercúlea de “golpe de estado”.  Quem se mete com um filho da Putin não sai inteiro. Se ainda não foi desta, não lhe antevejo muito mais tempo neste planeta. Tudo o que tem vivido já é a crédito.  E agora sim, é caso para dizer: “morreram todos”! Ou será que não!?🤔

Resta-nos a empatia das máquinas

 O meu carro preocupa-se verdadeiramente com o meu bem-estar, e não desilude. Aliás, a prioridade dele é o meu bem estar. As máquinas já estão acima dos humanos. O meu carro…É!
  Dom José Tolentino Mendonça 

A saga anual dos compêndios

 Metade já cá está, não vá a miúda esquecer-se que também tem profissão!

Hereges…ou acólitos arrependidos…

 Realmente não há que dar importância a quem não a tem nem a merece. Mas não deixa de ser digno de registo para memória futura a última do Sr. de Ventura.  Não participou na recepção ao Papa Francisco, mas agora diz-se arrependido e redige uma carta a Sua Santidade. Está tudo certo…ou talvez não. Porque se fosse uma pessoa escorreita não precisava divulgar tal manuscrito. Esta publicidade não é mais do que o populismo a que nos vem a habituar. Não participa na recepção. Pumba é notícia por A + B e por toda a sua “zanga” com os escândalos da Igreja.  Mas sendo o seu sentido de oportunidade discutível e grau de inteligência emocional abaixo do nível do mar, agora tenta gozar do seu estatuto de arrependido e faz uso público do mesmo.  A sorte dele é que o Papa, como qualquer sacerdote que chegue a este douto e sagrado estatuto já é apelidado de Sua Santidade antes de lhe ser reconhecido qualquer milagre, portanto, tem uma Santa Paciência e vai perdoá-lo e facultar-lhe a devida benção.  Ha

In Transit

 Se há expressão para definir o Verão da minha filha, será esta: “em trânsito”. E neste trânsito eu vejo-a quando a vou deixar de malas e bagagens e uma grande despedida, depois o regresso com as mesmas malas e mais bagagens e coisas estranhas, como a última em que todos os têxteis daquela mala vinham húmidos e com um cheiro estranho. É que nem escolhi cores e texturas, porque não tive outra hipótese senão colocar tudo a lavar, não fosse sair de lá algum zombie.  Mas 24 horas depois nova mala feita para nova aventura. Toda uma aprendizagem para esta mãe que nunca tinha dado tantos metros à corda guia. Uma aprendizagem para esta mãe que, com a idade dela gostaria de ter vivido aventuras destas, e não se proporcionaram. E ela, após dias a viver em comunidade com desconhecidos, sai de lá como se de uma vida se tivesse tratado, com lágrimas e abraços demorados. A mãe à espera cheia de saudades mas…aquelas amizades são fortes “para caraças”. Viveram aventuras mil, partilharam experiências,

Eles não temem o pano

 Se há situação que me causa estranheza e ao mesmo tempo à qual acho imensa piada, é ver nas cordas de roupa de lares portugueses um pequeno paninho ou toalhinha de bidé estrategicamente estendidos nem ao centro, nem nos extremos, estores para baixo, e o belo do artigo têxtil sozinho e triste exposto às intempéries do Verão, durante semanas a fio.  Será que quem o faz pensa mesmo que aquelas visitas sem convite que por vezes entram pelos lares adentro e levam alguns objectos de recordação, se intimidam com trapos velhos e tesos que ali passam semanas estendidos!? Lamento destronar a ideia típica, mas Eles não temem. Eles sabem-no melhor que alguém e o belo do trapo velho não é mais do que um convite: venham cá e estejam à vontade. Sejam nossos convidados na nossa ausência. Eles têm a Cátedra meus senhores e não obstante, continuam a estudar, e muito. Estão tão evoluídos que, mesmo sem o tal convite e muitas vezes com os residentes em casa, eles entram, e levam recordações. Por vezes, o

O dilema das férias (grandes) escolares

 Já tivemos o nosso quinhão há uma vida atrás, mas por altura da nossa infância era tudo muito mais fácil. Havia os avós, os vizinhos e sobretudo a rua. Não que me tenham dado muitos hábitos arruaceiros, mas também uma dose razoável. Nisso a minha avó até era mais condescendente do que a minha mãe e permitia-me um tempo de lazer com as restantes crianças da rua.  Não me lembro de férias maravilhosas em criança e então a partir do momento em que a minha avó adoeceu tudo piorou, mas tínhamos sempre alguém em casa, entretanto nasceu a minha irmã, e lá se passavam os 3 longos meses de Verão. Com a minha filha não tenho suporte familiar, portanto quando a escola e o ATL fecham, é o drama. Para ela, por uns motivos e para mim, por outros. Este ano também percebi que mesmo no mês de Julho em que o ATL até planeia umas actividades extra, raramente a satisfazem. O facto é que eu, ao mesmo tempo que trabalho não posso estar a proporcionar-lhe tempo e actividades de qualidade. Portanto já foi uns

O Mural

 Ela está tão feliz por ter participado e pelo facto de irem ser entregues “ao” Papa Francisco fotografias dos ilustres pintores que participaram nesta obra de 3,5kms da qual ela também faz parte,  que aqui imortalizo uma notícia sobre o feito para que um dia mais tarde, quando a memória dela estiver atolada de tantas peripécias, relembre esta experiência. 
 Após o tal "sinal" que recebi ontem após recepção de um email de um senhor chamado Christos, prometi que não me voltaria a pronunciar sobre o tema, portanto ficam aqui apenas 2 pensamentos: Só hoje é que ouvi nas notícias de manhã que na semana passada houve um Golpe de Estado no Níger. Talvez me tenha escapado a notícia, mas eu interesso-me verdadeiramente por temas relacionados com política internacional e talvez eu ande muito distraída e esteja a ser dada a esta notícia a devida projecção Uma amiga minha ontem foi levantar dinheiro a uma Caixa Multibanco; caixa essa que se encontra no interior de uma superfície comercial. Levantou 40€. Está tão envolvida nas celebrações desta semana que distraidamente pegou no talão e deixou lá o dinheiro. Quando voltou, o dinheiro não estava lá. Há duas opções: passados uns bons segundos a máquina recolhe o dinheiro e o mesmo volta a figurar na conta do cliente ou, se antes da máquina reagir, alguém retirar o dinheiro...ele voa. A superf
 Nesta semana específica em que tudo é Santo, acabo de receber um email de um senhor chamado "Christos". É de facto um sinal. Não me volto a pronunciar. Se de um sinal eu precisava, este senhor deu-mo.

Uma coisa é certa

 Percorrer hoje o IC19 foi uma maravilha; fazia lembrar os nada saudosos tempos de pandemia mas por uma causa mais ortodoxa e gerada com as melhores das intenções pelo Papa João Paulo II - o pior é mesmo a sociedade em que vivemos e os valores morais cada vez mais enviesados com que nos deparamos. E isso, nenhum sacerdote, nem tão pouco nenhum Santo o vai conseguir colmatar. Estou mais do lado das teorias de Darwin. Extinguir uma série de males e mesmo assim não sei se a espécie humana terá conserto porque continua a involuir. É triste, mas o ser humano raramente aprende alguma coisa.

E quando as Barbies que habitavam cá em casa já se foram todas

 E na verdade nem foi a boneca que mais por cá parou…que me lembre nunca lhe comprei uma sequer e as que tinha foram-lhe oferecidas. Já não posso ouvir falar da maldita boneca. Desconheço se o filme é bom ou não, na verdade nem quero saber. Qualquer coisa relacionada com essa boneca, irrita-me sobremaneira. Mas de facto já não posso ouvir ou ler ou sentir que algo se passa em torno da, ou tendo como inspiração essa boneca. 

Portugal, aquele tal Estado laico que nos enfia pelos olhos e pela alma dentro os desígnios da suposta fé Católica

 Eu aprecio o Papa Francisco e respeito quem tem fé, quem acredita. Deus pode ser adorado de várias formas, mas o fausto e a sumptuosidade da Igreja Católica não são de todo o que vem nas Escrituras. E defendo que cada vez mais deveriam eclodir os valores da humildade e do amor ao próximo e sobretudo canalizar a riqueza para onde ela é mais necessária. Sejam verbas da Igreja, dos fiéis ou do Estado, e nesse Estado também entro eu, acho vergonhoso o aparato que tem uma jornada destas. A sua essência é um bluff.  Sejam jovens, adultos, ou idosos, a clara maioria dos envolvidos nesta epopeia não vale nada, não faz nada para que a sociedade em que vivemos seja melhor. Porque pouco faz no seu “quintal”, para com as pessoas com que se cruza, para com o vizinho do rés do chão, para com a/o namorada/o que dizia amar como jamais amou alguém e no dia seguinte, o melhor que tem para dar é…ghosting; para com os avós, os tios, os pais…ou um desconhecido que precisa desmesuradamente de ajuda. As cri

A minha filha é tão esta imagem

 

Avó

 Eu tenho saudades da minha avó todos os dias. Não é exagero, porque na verdade não há dia que passe que não me lembre dela. E respeito-a muito e sinto-me feliz pelos 20 anos que a tive e triste porque ainda a poderia ter por cá e não a vejo há 25 anos. Tenho tantas, mas tantas saudades. E neste dia em que tanta gente celebra os seus avós, eu celebro a minha no meu silêncio.

Era um manjericão fraquito do supermercado

 Que comprei no supermercado e no vasinho em que vergonhosamente ainda se encontra.  Era preciso para apaladar uma receita e era muito fraquito, mas serviu o seu propósito. Depois coitado, foi decaindo até ao dia em que olhei para ele e pensei que não merecia a minha desatenção, muito pelo contrário. E dediquei-lhe escassos minutos dos meus dias, porque é uma planta, é cheiroso, saboroso…tem vida e por isso merece que faça de tudo para o impedir de falecer.  Retirei folhas secas e mortas, comecei a regar sem esquecimentos, proporcionar-lhe apenas luz nuns dias, sol directo por alguns minutos noutros, poda e ele…transformou-se nesta maravilha que necessita rapidamente de um vaso novo e sobretudo de terra!  Até aqui foi a surpresa com o meu terrário, agora o meu manjericão! Afinal com dedicação e carinho, as plantas e eu funcionamos. Que feliz que estou.