Se há expressão para definir o Verão da minha filha, será esta: “em trânsito”. E neste trânsito eu vejo-a quando a vou deixar de malas e bagagens e uma grande despedida, depois o regresso com as mesmas malas e mais bagagens e coisas estranhas, como a última em que todos os têxteis daquela mala vinham húmidos e com um cheiro estranho. É que nem escolhi cores e texturas, porque não tive outra hipótese senão colocar tudo a lavar, não fosse sair de lá algum zombie.
Mas 24 horas depois nova mala feita para nova aventura. Toda uma aprendizagem para esta mãe que nunca tinha dado tantos metros à corda guia. Uma aprendizagem para esta mãe que, com a idade dela gostaria de ter vivido aventuras destas, e não se proporcionaram.
E ela, após dias a viver em comunidade com desconhecidos, sai de lá como se de uma vida se tivesse tratado, com lágrimas e abraços demorados. A mãe à espera cheia de saudades mas…aquelas amizades são fortes “para caraças”. Viveram aventuras mil, partilharam experiências, riram, juraram, prometeram, cantaram e também se zangaram mas no fim trocaram juras de amizades para sempre.
E eu, observando as cenas e a pensar “está tudo certo”. É o momento para ela viver, sentir a sua liberdade, ser feliz.
Mas a saga férias, no caso dela, continua. Eu…vou trabalhando, afinal, alguém tem que trabalhar nesta casa!
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