De há umas semanas a esta parte, tenho vivido o bairro de uma forma nova. Desde que aqui vivo sempre serviu para entrar no meu refúgio e sair, e pouco mais. Não faço grandes incursões por aqui, até que chegou o Balzac que, com os seus passeios costumeiros me obriga a descobrir o que está para além da ponta do meu nariz.
Nisto existem pessoas que metem conversa e se tentam revelar em verdadeiros especialistas em raças de cães e veterinária, 70% das pessoas com quem me cruzo têm ou já tiveram um espécime parecido com o meu Balzac mas… o cerne da questão está no facto de eu não ter perguntado nada e não ser apologista deste tipo de abordagem. Vá, há excepções e pessoas que nada têm de intrusivas, mas são raras.
E o que faço eu, de um modo geral!? Fujo das pessoas porque quero estar sozinha a passear o Balzac sem conversas circunstanciais que não procuro.
E nesta escapadela para o outro extremo do meu quarteirão, o que vimos nós há uns dias atrás!? Isso, uma aeronave. Ora o aeródromo mais próximo está a cerca de 15kms, a base aérea idem, não há condições para aterragens aqui no bairro, mas que eu vi a aeronave, e vi. E o Balzac é testemunha.
Portanto tive o avião literalmente à porta. E como achavam que eu estava a brincar, voltei lá e fotografei a prova, para memória futura. Em boa hora, pois tão depressa como surgiu, evaporou. Mas afinal, onde pára o avião misterioso!?
Poderia detalhar uma série de teorias acerca de tal aparição, mas deixo-as para mim. O facto é que esteve um monomotor aqui no bairro! Para 2024, nada menos do que um OVNI, sim!?
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