Nunca entrei numa daquelas lavandarias comunitárias, Self Service vá, que proliferam como cogumelos. Confesso que o conceito me provoca algum desconforto, sei que é um desconforto meu e talvez de cariz cultural, mas ele existe. O ponto de partida é não me imaginar a sair de casa com uma trouxa de roupa por lavar, num cesto ou num saco gigante tipo os do Ikea, entrar num local desses, retirar as minhas peças, mais ou menos íntimas e colocá-las numa cuba onde esteve roupa sei lá de quem; depois, esperar pelo ciclo de lavagem ao pé de pessoas na mesma situação que eu, a ouvir conversas que não quero e a assistir a situações que não me interessam para nada; terminado o ciclo, o inverso, ou seja, voltar a colocar a roupa já lavada, na máquina de secar, and so on. No fim, voltar a retirar tudo, colocar no cesto ou no saco e regressar a casa com a trouxa, qual tempos idos em que se ia lavar ao tanque da freguesia. Não me imagino, mas convém não enfatizar muito pois, quanto mais se atira um