No dia 9 de Abril de 1954 nascia a minha mãe, e por isso, esta semana completou os seus 70 anos.
Quando se passa para a década seguinte há sempre um misto de sentimentos e emoções e com o avançar da idade e a sensação que se aproximam tempos mais melancólicos e próximos de algumas mudanças, mais duais se podem tornar esses sentimentos e os pensamentos a que eles dão lugar.
A minha mãe opta sempre por ir pelo pior caminho e lembrar-se de quantos já cá não estão, que está a envelhecer, que é septuagenária e por aí fora. Logo ela a quem eu “invejava” a juventude e o quanto queria ser como ela quando chegasse aos 40 e tal, com ares de 30.
Sim, parecia até há muito pouco tempo atrás ter um pacto com a juventude eterna. Mas deixou-se levar pelo seu lado mais taciturno e de facto está bem para os seus 70 anos, mas gostaria de a ver mais iluminada.
Passaram 70 anos, e há 46 que a conheço e faço parte de todo este processo, umas vezes feliz outras nem tanto, mas que haja sempre motivos para celebrar a vida, e que tenhamos sempre os nossos por perto.
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