Há dias que devem ser nossos e para nós. Tirei parte do dia para mim e a prova está nas pequenas coisas que se alinham para que o objectivo seja alcançado. Aquela paz necessária, nem que por breves instantes.
Tinha uma massagem oriental marcada, surpresa proporcionada pela minha querida irmã. Embora ande com um surto agudo de sinusite e caso pudesse, teria adiado a massagem, tal não foi possível e fui assim mesmo.
Num dia de semana até ao centro de Lisboa demorei cerca de 20 minutos a chegar, pensei que estacionar o carro em plena 5 de Outubro seria tarefa hercúlea, mas não. Qual a probabilidade de conseguir lugar mesmo à porta; literalmente à porta!? 1/1000 talvez!? Mas consegui. Sem stress, sem ter que dar voltas por aquelas avenidas velhas conhecidas.
Chegar ao espaço calma, tranquila e estar uma hora a receber. Literalmente a receber a dádiva que é estar num espaço que transmite paz, que cuida o corpo ao mesmo tempo que alimenta a alma.
Saí de lá mais leve, tranquila, sem ponta de stress, com mais 5 centímetros porque todos os ossos me foram esticados e até a crise aguda de sinusite se esvaiu.
Tudo motivo para estar grata. Tinha que acontecer. Tinha que ser hoje. E eu, necessitava tanto e não o sabia.
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