Não fosse envolver os devaneios da minha filha.
Ontem disse-me assim:
"Mãe, fui mordida pelo mosquito da malária!"
Ao que respondi:
"Hum?"
E ela:
"Sim, eu vi perfeitamente que era o mosquito da malária a morder-me. Eu já sei como é esse mosquito e era ele!"
Obviamente que não é impossível que o dito mosquito ande por cá a passear, trazido por tantos viajantes que cruzam continentes, mas é pouco provável que o mesmo se tenha cruzado logo com a minha filha e ela o tenha surpreendido precisamente a picá-la.
Também não tem a clara dimensão do que é a malária, ou paludismo como em casa a minha mãe e avó mais se referiam a esta doença gravíssima e em muitos casos mortal. Tive inclusive um professor na faculdade que após uma experiência de trabalho de campo em Moçambique contraiu malária e acabou por falecer ainda bastante jovem e sei também de pessoas da minha família que tiveram o mesmo fim.
Portanto não fosse vir da minha filha este comentário, ficaria seriamente preocupada. Não que não esteja alerta a possíveis sintomas que se podem manifestar nos próximos 15 dias mas quero acreditar que de facto se trata de mais um devaneio hipocondríaco sem a mínima noção do que está a dizer.
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