Avançar para o conteúdo principal

Quando os sonhos o são, mas também têm um quê de pesadelo

 Tenho fases em que não me recordo, ao acordar, dos sonhos. Na realidade, prefiro que assim seja, porque os sonhos não me deixam ultimamente sensações boas, na sua génese.

Ou sonho com coisas totalmente irreais e absurdas, que saindo do sonho nada me acrescentam, ou sonho com coisas que logo me perturbam e me fazem levitar por temas que mais gostaria que estivessem guardados ou que me aparecessem apenas quando os fosse buscar.

Mas o meu subconsciente anda a tramar-me mais uma vez e não estou a perceber onde quer chegar...não estou, ou talvez não queira.

Tudo isto porque ando a sonhar demasiado com pessoas que já partiram, várias e de vários quadrantes da minha vida. Partiram mesmo da vida terrena, não aquelas que eu matei, que seria igualmente perturbador.

O lógico no meio disto tudo é que me têm aparecido em contextos válidos e não todos mesclados em cenários absurdos - tudo faz um certo sentido e alguns deles, mesmo aparecendo nos meus sonhos, já aparecem como não estando vivos, mas com mensagens deixadas subliminarmente.

Os mais próximos aparecem a interagir comigo, em vida...mas assim que o sonho termina consigo desfragmentar tudo e perceber que não passou de um sonho. Ou talvez ainda esteja a dormir quando o faça.

Não acordo em sobressalto, nem triste...mas acabo por ficar estranha por tê-los sentido tão perto e depois, já não estarem ali. E nisto, se dúvidas tivesse, sei exactamente quem são as pessoas que me fazem mesmo muita falta e quem o meu subconsciente vai buscar quando mais preciso. Acabo por não me sentir só porque todos eles gostavam verdadeiramente de mim e eu deles; talvez não lhes tenha dito isso com a convicção e presença de espírito com que diria hoje. Mas espero que algures, não sei onde, saibam disso.

As saudades, essas, continuam a ser imensas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en