Já nem extrapolo para questões de género, assédio e afins…vou pela via mais simples, a do respeito e até de alguma fé que algumas pessoas mantêm, esquecendo que se arriscam a cruzar-se com uma pessoa igualmente doida que lhes assente com um bom par de estalos na cara.
Também não foi o caso, mas começo a perder a paciência.
Vejamos: num destes dias lá ia em modo passeio com o Balzac e ele, que gosta de chamar à atenção para levar umas festas, vê aproximar-se um senhor (nesta fase para mim ainda se tratava de um senhor) e manifesta-se com os latidos característicos dos Beagles, que são um misto de ladrar tímido, com uivo e sai dali uma sinfonia cómica.
Eu que ando numa luta para que ele deixe de fazer aquilo lá começo a mandá-lo parar e nisto o tal (ainda) senhor, já ali para estatuto de terceira idade, mas ainda no início diz-me assim:
“Leva aí um cão zangado!”
Ao que lhe respondi cordialmente, até porque ele também o havia sido, que não era zanga, mas sim chamada de atenção, porque é cachorro e quer atenção.
Nisto o indivíduo, que aqui deixa de ser senhor tece o seguinte comentário:
“Ah, mas eu a ele não quero fazer festas. Agora à dona posso fazer muitas festas e muito mais!”
Podia tê-lo mandado à *****, mas o meu nível evolutivo ainda não chegou a esse ponto de classe…mas para lá caminha porque com o avançar da idade a minha falta de paciência está abaixo do nível do mar.
Terminei o pseudo diálogo com um “tenha uma boa tarde”, tudo isto para evitar dar asas a alguma ignorância que como ser humano e pecador conservo e, com um qualquer gatilho pode emergir a qualquer momento.
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