Avançar para o conteúdo principal

A humildade de certas pessoas comove-me

E é cada vez mais rara essa virtude no ser humano.

Tenho um vizinho com quem me dou muito bem, sempre que tenho um problema em casa de resolução urgente, é a ele que "chateio" e seja a que horas for, lá vai ele sempre com um sorriso. Nunca o vi com uma cara mais séria, não obstante viver uma vida de trabalho, sacrifício e coisas menos boas.

Ontem ao fim do dia foi lá tocar à porta com a filha mais nova, perguntando se a Milady Rita lá podia ir brincar, ao que disse obviamente que sim, mas teria que ser por pouco tempo, já que era quase hora de jantar.

Já eu me estava a preparar para a ir buscar, vem a miudagem toda (entre as filhas dele, os sobrinhos e a minha) pedir para a Milady Rita lá jantar, eu fui dizendo que não, não ia dar trabalho, o nosso jantar já estava feito, mas perante a insistência e a cara do pai assim meio triste, lá deixei.

Esperei o tempo útil para jantarem, e lá fui outra vez - veio o pai à porta a pedir mais 10 minutos, ao que eu lhe disse que não havia problema, e ficava do lado dele "a devolução à procedência da Milady Rita".

Passado um tempo lá veio ela, despedidas à mistura, entrámos em casa e então lá me comentou ela que a amiga mais nova fazia anos e estiveram a cantar os Parabéns!

Portanto, o meu vizinho não me expôs a verdadeira razão do convite, porque já me conhece e sabia que eu ia  correr comprar uma lembrança à criança, e no fundo o que eles faziam questão era da presença da Milady Rita.

Fiquei para morrer - hoje lá vou eu destravada comprar a prendinha da menina para lhe entregar. Existem pessoas tão simples e outras que parece que nasceram para complicar a vida alheia.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Portugal, aquele tal Estado laico que nos enfia pelos olhos e pela alma dentro os desígnios da suposta fé Católica

 Eu aprecio o Papa Francisco e respeito quem tem fé, quem acredita. Deus pode ser adorado de várias formas, mas o fausto e a sumptuosidade da Igreja Católica não são de todo o que vem nas Escrituras. E defendo que cada vez mais deveriam eclodir os valores da humildade e do amor ao próximo e sobretudo canalizar a riqueza para onde ela é mais necessária. Sejam verbas da Igreja, dos fiéis ou do Estado, e nesse Estado também entro eu, acho vergonhoso o aparato que tem uma jornada destas. A sua essência é um bluff.  Sejam jovens, adultos, ou idosos, a clara maioria dos envolvidos nesta epopeia não vale nada, não faz nada para que a sociedade em que vivemos seja melhor. Porque pouco faz no seu “quintal”, para com as pessoas com que se cruza, para com o vizinho do rés do chão, para com a/o namorada/o que dizia amar como jamais amou alguém e no dia seguinte, o melhor que tem para dar é…ghosting; para com os avós, os tios, os pais…ou um desconhecido que precisa desmesuradamente de ajuda. As cri