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Que dia triste

Não me lembro de viver um 25 de Abril tão inóspito. Está um dia triste, alheio a grandes comemorações, talvez enlutado pelas condições de vida com que nos deparamos e por que  muitos daqueles que foram os heróis deste dia no longínquo ano de 1974 já não se encontrem connosco para festejar.

Foi um dia histórico para a nossa democracia, mas confesso que já vivi num país em que acreditava mais do que agora, em que sentia mais segura, em que achava que podia mudar um pouco, com as minhas ideias o normal curso das coisas.

Estive quase quase a entrar para a política, há uns bons anos atrás, motivam-me sobretudo as causas sociais e da juventude, mas cedo deixei de acreditar que meia dúzia de boas ideias podem transformar isto num local melhor.
Porque em todo o lado há falta de carácter, de princípios e de palavra e sinto, cada vez mais que o esforço dos Capitães de Abril, dos ideólogos daquela época, da juventude, está a ficar esbatido com a sede de poder e de comandar um país, quando muitos dos que o comandam, não sabem gerir a sua própria casa.

E pergunto: se um indivíduo, qualquer que ele seja fracassa no seu âmbito mais restrito, nas suas causas pessoais. no seu campo profissional, se não tem um histórico programado e de notável crescimento, como poderá governar um país!?

Creio que é o que se passa neste momento sobretudo à escala europeia, em que a sede de poder é muito superior à sede de melhorar o modo de vida e as condições das nossas pátrias e nações.

Mas aqui fica a minha homenagem a todos os que fizeram com que o dia de hoje fosse assinalado no nosso calendário como o Dia da Liberdade.


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