Avançar para o conteúdo principal

A influência da crise (e crises) nas nossas vidas

Hoje vinha um artigo num jornal diário acerca da elevada taxa de suicídios com que nos deparamos neste momento, o aumento dos acidentes rodoviários e as crianças enlutadas, por morte de um ou de ambos os pais, por motivos que também podem por si só ser associados ao factor crise financeira.

Os suicídios provocados talvez por actos de desespero e uma tentativa de fuga face a problemas que no momento podem parecer irresolúveis, alguns acidentes motivados pela distracção, pelas nossas cabeças andarem constantemente a fazer contas aqui e ali, AVC's e aneurismas em pessoas cada vez mais jovens...estamos a entrar em colapso.

Mas o que é facto é que, qualquer crise que seja influi na nossa vida, na nossa atitude perante a vida e na nossa coragem para enfrentar o que aí vem. Enfiar a cabeça na areia, curtir depressões, deixarmo-nos levar pela tristeza não resulta e quando temos pessoas à nossa volta para as quais somos importantes, esse esforço depende apenas de nós próprios.

Emocionei-me ao ver a última entrevista televisiva feita ao Miguel Portas e houve uma parte que me tocou e me fez pensar, e acho que vou ter que digerir - uma pessoa com uma doença como o cancro ter a serenidade e a sobriedade para dizer uma coisa destas, é no fundo uma lição de vida.

O Miguel disse algo do género: que apesar de saber que tinha aquela doença, que a esperança de vida tinha diminuído drasticamente, ou não, mas que não iria baixar os braços, iria encarar todas as etapas com serenidade e luta, quanto mais não fosse por respeito às pessoas para as quais ele era importante, nomeadamente os filhos, os pais, os irmãos e os amigos.

E o ponto de partida será de facto este; curioso como algumas pessoas mesmo depois de nos deixarem conseguem fazer com que nós vejamos e encaremos a vida de outro modo.

Incrível!

Comentários

Teve a coragem de, sabendo que ia morrer, lutar até ao fim. É por isso que não compreendo quem se suicida por motivos económicos...

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

Esta "coisa" do crescimento que não pense que me vai tirar a minha bebé

 Completamente interligado com o meu post anterior está o facto de que não respeito datas para oferendas e se achar oportuno, fizer sentido ou pura e simplesmente me apetecer, fora de datas pré-definidas gosto de dar presentes (e também gosto de receber pois claro). E assim ocorre muitas vezes com a minha filha. Desta vez, já após a semana negra do Natal tive de ir à perfumaria comprar o meu creme nocturno e vi a miúda a deambular pelos corredores e a cheirar cartões.  Para bom entendedor, esta visão bastou. Então diz lá que perfume é esse que tanto cobiças - mas a minha cabeça, descendo à idade dela ficou nos Don Algodon, Kookaii, Estivalia que usávamos na época. Pois que me "apresenta" o Fame do Paco Rabanne. Mas isso é um perfume de senhora crescida pensei eu, mas nisto, os meus olhos focam a figura esbelta, o sorriso radiante, a pose e penso...pois, já tenho aqui uma menina a crescer é isso, que já não se fica com as colónias da Uriage e da Tous linha de bebé. Bom, lá peç...