Avançar para o conteúdo principal

Homenagens

Ao ver a evocação do Paulo ao seu irmão Miguel percebi, porque é que ele (Paulo) foi uma das minhas paixões de adolescente.

Ele disse tudo naqueles cerca de 10 minutos, ele disse tudo o que distingue a nobreza de sentimentos, de coisa nenhuma.

Foi de uma digninade, de um amor, de uma fraternidade, de uma sensibilidade que não estamos habituados a testemunhar no Paulo, mas ao que parece, lá no fundo ele é mesmo assim.

Talvez agora, aos poucos, o verdadeiro Paulo venha ao de cima, porque o Paulo líder do CDS-PP é insuportável e um pouco exagerado nos actos que comete.

Foi por este Paulo que ouvi hoje, pelo Paulo das crónicas do Independente que eu, em jovem "inconsciente" pensei que um Homem deveria ser e que com esta forma de estar me cativaria enquanto mulher e acima de tudo, ser pensante.

Tive azar, pois de facto raramente me cruzei a esse nível com seres que de facto admire quase incontestavelmente, mas...apesar de tudo posso dizer que tive e tenho o gosto de privar com um ou outro ser assim.

Pese o facto de apesar da admiração mútua estarmos tão distantes, mas isso depende inteiramente de mim, e das péssimas escolhas que a seu tempo fiz. E de facto, quando paramos para efectivamente pensar, pensar a sério, muito a sério mesmo concluímos que a maior parte das coisas que nos acontece são fruto de boas/más escolhas que a seu tempo fizemos.

Corrigir o passado não está nas nossas mãos, mas sabermos sobretudo o que não queremos depende inteiramente de nós, da nossa argúcia, da nossa perspicácia e da nossa vontade em acabarmos esta nossa jornada com um sorriso, e um sentimento de que cumprimos pelo menos algumas missões.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Dia de Reis

 Este dia foi sempre muito falado lá em casa quando era apenas uma menina. Sempre ouvi a minha avó dizer que na sua infância era apenas neste dia que recebiam algum presente (poucos acredito data a dureza da época e, apesar da minha bisavó naqueles idos anos 30 do século passado ser enfermeira, o ter enviuvado ainda na casa dos 30 anos e com 5 filhos muito pequenos não lhe tornou a vida próspera). E então, quando eu era pequenina, no dia de Reis sempre houve a tradição de se abrir um bolo rei lá em casa - a minha avó ainda auspiciava deixar a mesa posta do Natal aos Reis para que os "ausentes" também pudessem usufruir das nossas iguarias mas a minha mãe já não ia nessa conversa. Também deixava um copinho com leite e umas bolachinhas para o Pai Natal comer e levar ao Menino Jesus e também sempre ouvi falar na Tia Reis (irmã da minha avó que, por ter nascido no dia de Reis, não mais se livrou da epifania ao ostentar o tão pomposo nome de Maria dos Reis). E guardo tudo na minha ...

Dia da Voz

Neste dia da Voz, não podia deixar de me lembrar da voz da minha saudosa avó Isabel, que não oiço ao vivo há 16 anos e meio, mas oiço no meu coração diariamente. Voz inconfundível, pessoa irrepetível. Foi a pessoa que de facto nunca me desiludiu, apesar da educação espartana que sempre fez questão de me transmitir. A si minha Avó!