Nunca fui das pessoas com uma autoestima por aí além. Para dizer a verdade, acho que nunca tive essa característica. Há quem diga que tenho uma imagem distorcida de mim própria, mas sempre me vi como dos patinhos mais feios do bando, muito embora, dos mais inteligentes. Se há coisa que sempre me irritou é a estupidez humana que, ao contrário da inteligência, não tem de facto limites. Mas ao longo da minha vida procurei sempre ser uma pessoa melhor todos os dias. Há sempre defeitos e peculiaridades a corrigir e sem dúvida que esse é o caminho para sermos melhores. Por isso confesso que me sinto feliz por existirem pessoas que têm a capacidade de ver o meu interior, pois na verdade a beleza exterior é um conceito altamente subjectivo e pouco universal. Sim, continuo a ter a capacidade de largar tudo para dar conforto a quem mais precisa e nunca esperei receber nada em troca, a não ser carinho e quero continuar nesta minha demanda de vida.