Tanto que me lembrei de Claude Lévi-Strauss hoje com a saída da minha filha.
Estava eu a acabar de colocar os cintos na cadeirinha dela, passam pelo carro dois indivíduos negros e instantaneamente comenta a Lady Bébécas:
- "Mamã, aquele xinhôli não é banco!"
Pois, lá lhe disse que de facto não, mas se ela olhasse para mim própria, eu também não o sou...
Seguiu-se um pequeno silêncio e eis que:
- "Não mamã, o xinhôli não é banco, não vês, a mamã é!"
Continuei até a dar exemplos de pessoas que passavam que eram bem mais claras do que eu, mas o que ela reteve foi que o tom de pele do senhor era bem mais escuro; lancei-lhe o desafio de compararmos com a avó, tia, avô, os amigos, primos - que todas as pessoas têm um tom de pele diferente, mas que o mais importante, é que isso não interessa nada; o que interessa é que as pessoas sejam boas e não façam disparates.
Resposta dela:
- "Pois mamã!"
Creio que durante os próximos tempos este tema não deixa margem para dúvidas.
Estava eu a acabar de colocar os cintos na cadeirinha dela, passam pelo carro dois indivíduos negros e instantaneamente comenta a Lady Bébécas:
- "Mamã, aquele xinhôli não é banco!"
Pois, lá lhe disse que de facto não, mas se ela olhasse para mim própria, eu também não o sou...
Seguiu-se um pequeno silêncio e eis que:
- "Não mamã, o xinhôli não é banco, não vês, a mamã é!"
Continuei até a dar exemplos de pessoas que passavam que eram bem mais claras do que eu, mas o que ela reteve foi que o tom de pele do senhor era bem mais escuro; lancei-lhe o desafio de compararmos com a avó, tia, avô, os amigos, primos - que todas as pessoas têm um tom de pele diferente, mas que o mais importante, é que isso não interessa nada; o que interessa é que as pessoas sejam boas e não façam disparates.
Resposta dela:
- "Pois mamã!"
Creio que durante os próximos tempos este tema não deixa margem para dúvidas.
Comentários