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A preocupação com a avó

A Bébécas até ao momento tem de facto duas paixões indiscutíveis - a mamã e a avó.

Creio que à sua maneira, nem ela sabe de quem "gosta" mais, se é que isso se pode quantificar, mas os laços entre as três são de facto muito fortes.

Gosta dos amigos mais íntimos, dos primos, dos tios, dos padrinhos, do avô (pessoas a quem por uma ou outra vez já chamou de pai - facto que corrijo, porque apesar de ter um progenitor como todos nós sabemos, é o progenitor dela, e ou tratamos os nossos progenitores por pai/mãe, ou não tratamos mais ninguém).

É como tudo, o meu padrasto é um grande amigo, foi o pai que o meu não soube ser, mas jamais o tratei por pai, não fazia sentido, contudo, tratar o meu "pai" por Pai, também é algo que vai contra os meus princípios, porque na realidade pouco tempo o foi - mas apesar de tudo, melhor do que a o progenitor da minha filha, sem qualquer dúvida. Não faltou ao respeito à minha mãe nem nunca a humilhou da forma que a outra criatura o fez e é de uma educação e cultura extremas, o que apesar de tudo me faz sentir um certo orgulho da herança genética que me legou.

Mas quem lhe toca na avó e na mãe, toca-lhe na menina dos olhos.

Recentemente a avó escorregou e caiu - resultado, partiu os óculos, ficou com a face toda cheia de mazelas, um pouco mal tratada, no fundo. Pois desde esse dia, a criança não fala de outra coisa com quem se cruza na rua. Porque a avó caiu e fez dói-dói, e partiu os óculos, e tem sangue na cara e coitadinha da avó, e que temos que fazer muitas festinhas...no meio de ser tão tresloucada, a minha filha é tão, mas tão sensível.

Espero que não perca essa qualidade, pois é meio caminho andado para se saber respeitar a ela e aos outros.

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