Mesmo com a gripe valente, a falta de forças e por aí, houve um dia em que deitei mãos à obra e andei a arrastar literalmente móveis no quarto da Bébécas.
Ainda partilhamos o meu quarto na hora do soninho, cada uma na sua cama e só em casos de extrema necessidade é que tem o miminho de dormir com a mamã - nomeadamente quando está mais adoentada.
E é uma delícia, porque aquele ser com menos de metade do meu tamanho ali ao meu lado, preenche tudo e mais alguma coisa; o cheirinho, sentir os caracóis dela na minha cabeça e sempre que se lembra (e durante a noite são várias vezes) dá-me beijinhos. É o que eu digo, só falta verbalizar o "gosto de ti mamã", porque os actos estão lá todos.
E é incrível como os nossos filhos gostam de nós; podemos ser altas, baixas, magras ou nem tanto, pretas ou amarelas que eles gostam de nós na mesma,
No meu caso por acaso acho engraçado que a minha filha tem uma clara tendência para se aproximar de pessoas mestiças ou negras...associa-as a mim certamente, embora seja a única perto dela com a tez mais escura, mas, sou a Mãe, a figura de referência.
Pois que como ela é e será sempre a minha inspiração, arregacei mangas e pus-me a alterar a disposição do quarto dela; a cama de menina crescida vai ficar no mesmo sítio, no fundo é onde faz mais sentido. O roupeiro e a cómoda mudaram ligeiramente de lugar e dão outra funcionalidade ao quarto e muito mais espaço.
O quadro especial que faz parte da história que antecede e precede o nascimento da Bébécas já está pendurado e sempre que olho para ele sinto um misto de emoções, umas boas, outras nem tanto.
Como é que eu consegui ser tão estúpida ao ponto de com tanto carinho procurar e encontrar um cueiro de princesa para a Bébécas ser apresentada ao "pai" no dia do seu nascimento, para tirar fotografias com o "pai" e com a Mamã, para mais tarde recordar a forma como foi recebida com tanto respeito, carinho e amor.
Obviamente que guardei o prazer de a ver com o cueiro de princesa num dia mítico, que não o do seu nascimento, mas um dia que pela carga emocional jamais esquecerei, obviamente que o "pai" (estou a evoluir, embora continue na minha que a criatura é escroque e canalha, verbalizo-o menos vezes, mas também estou a regredir, pois após ter sabido por interpostas criaturas que do lado de lá sou a "preta de m****" e como pelas costas não há serventias, vai de aleijado para cima...a seu tempo será promovido a coisas mais simpáticas, ou talvez não).
Uma das coisas que já faz parte dos meus escritos para aquando da minha morte, ocorra ela quando tiver que ocorrer, é que aquele cueiro é da Bébécas, encerra em si uma carga emocional grande e por mais filhos que eu até algum dia possa ter, nenhum vestirá aquela peça. É dela, foi escolhida com todo o amor para ela receber o "pai" e ela decidirá um dia se os filhos dela, ou se alguma criança que seja para ela muito importante o poderá usar, ou então preservar tal como eu deixei.
A seu lado, estou a seleccionar um conjunto de fotos daquele inesquecível dia 04/07/2010, minutos depois de estarmos uma perante a outra pela primeira vez, ainda com as roupas giríssimas e nada folgadas a dizer MAC, porque me faz bem olhar para aqueles retratos.
Aqueles momentos em que fomos uma da outra, eu com o ar mais estafado de todos os tempos, um olhar triste mas um sorriso de orgulho por ela e ela, coitadinha, com a carinha toda marcada e negra no sítio em que os "fórceps" fizeram mais pressão.
São fotografias emocionantes, as pessoas que fazem parte do nosso núcleo e que sabem da nossa história impressionam-se com aqueles retratos, quando os mostrei ao honey pela primeira vez ele teve uma reacção semelhante à de quando recebeu a lembrança do primeiro Dia do Pai que passou com a Bébécas...emocionou-se, chorou e confesso que desejei tantas coisas e que a minha história e da Bébécas tivesse de facto outros actores. Não só não teriamos sofrido tanto as duas, como podíamos ter feito outra família feliz e orgulhosa das suas duas meninas.
E é lógico que a estrago com mimos, e que o quarto dela está a ficar um deslumbre e que me ponho a fazer contas de cabeça e chego à conclusão que nem aos meus 4/5 anos tinha tantos brinquedos e tanto espólio como tem a minha menina.
Tento evitá-lo, mas sempre que posso e que arranjo uma justificação para tal (nem que seja um dente a romper) lá faço por compensá-la de tantas outras carências que jamais conseguirei colmatar.
Agora a minha demanda é o quarto dela; ainda estou a equacionar a hipótese de desenhar as estantes para os brinquedos, mas aí tinha que estar num momento de grande inspiração, facto que para questões de design às vezes me acontece, mas é raro.
Tirar medidas, fazer esquadrias, decidir onde ficam prateleiras, onde ficam, cestos e gavetas...onde vai ficar a área de estudo, o espaço para o laptop, aparelhagem, a televisão e o leitor de dvd's ainda estão em análise pois este tipo de tecnologia também tem os seus efeitos perversos; mas que vai ficar um espaço giro, vai. Aliás, já está.
Falta-me arranjar um sítio para o triciclo, o carro da Chicco 4 em 1 e o cavalo de baloiço porque só esses apetrechos me enchem o T2.
Ainda partilhamos o meu quarto na hora do soninho, cada uma na sua cama e só em casos de extrema necessidade é que tem o miminho de dormir com a mamã - nomeadamente quando está mais adoentada.
E é uma delícia, porque aquele ser com menos de metade do meu tamanho ali ao meu lado, preenche tudo e mais alguma coisa; o cheirinho, sentir os caracóis dela na minha cabeça e sempre que se lembra (e durante a noite são várias vezes) dá-me beijinhos. É o que eu digo, só falta verbalizar o "gosto de ti mamã", porque os actos estão lá todos.
E é incrível como os nossos filhos gostam de nós; podemos ser altas, baixas, magras ou nem tanto, pretas ou amarelas que eles gostam de nós na mesma,
No meu caso por acaso acho engraçado que a minha filha tem uma clara tendência para se aproximar de pessoas mestiças ou negras...associa-as a mim certamente, embora seja a única perto dela com a tez mais escura, mas, sou a Mãe, a figura de referência.
Pois que como ela é e será sempre a minha inspiração, arregacei mangas e pus-me a alterar a disposição do quarto dela; a cama de menina crescida vai ficar no mesmo sítio, no fundo é onde faz mais sentido. O roupeiro e a cómoda mudaram ligeiramente de lugar e dão outra funcionalidade ao quarto e muito mais espaço.
O quadro especial que faz parte da história que antecede e precede o nascimento da Bébécas já está pendurado e sempre que olho para ele sinto um misto de emoções, umas boas, outras nem tanto.
Como é que eu consegui ser tão estúpida ao ponto de com tanto carinho procurar e encontrar um cueiro de princesa para a Bébécas ser apresentada ao "pai" no dia do seu nascimento, para tirar fotografias com o "pai" e com a Mamã, para mais tarde recordar a forma como foi recebida com tanto respeito, carinho e amor.
Obviamente que guardei o prazer de a ver com o cueiro de princesa num dia mítico, que não o do seu nascimento, mas um dia que pela carga emocional jamais esquecerei, obviamente que o "pai" (estou a evoluir, embora continue na minha que a criatura é escroque e canalha, verbalizo-o menos vezes, mas também estou a regredir, pois após ter sabido por interpostas criaturas que do lado de lá sou a "preta de m****" e como pelas costas não há serventias, vai de aleijado para cima...a seu tempo será promovido a coisas mais simpáticas, ou talvez não).
Uma das coisas que já faz parte dos meus escritos para aquando da minha morte, ocorra ela quando tiver que ocorrer, é que aquele cueiro é da Bébécas, encerra em si uma carga emocional grande e por mais filhos que eu até algum dia possa ter, nenhum vestirá aquela peça. É dela, foi escolhida com todo o amor para ela receber o "pai" e ela decidirá um dia se os filhos dela, ou se alguma criança que seja para ela muito importante o poderá usar, ou então preservar tal como eu deixei.
A seu lado, estou a seleccionar um conjunto de fotos daquele inesquecível dia 04/07/2010, minutos depois de estarmos uma perante a outra pela primeira vez, ainda com as roupas giríssimas e nada folgadas a dizer MAC, porque me faz bem olhar para aqueles retratos.
Aqueles momentos em que fomos uma da outra, eu com o ar mais estafado de todos os tempos, um olhar triste mas um sorriso de orgulho por ela e ela, coitadinha, com a carinha toda marcada e negra no sítio em que os "fórceps" fizeram mais pressão.
São fotografias emocionantes, as pessoas que fazem parte do nosso núcleo e que sabem da nossa história impressionam-se com aqueles retratos, quando os mostrei ao honey pela primeira vez ele teve uma reacção semelhante à de quando recebeu a lembrança do primeiro Dia do Pai que passou com a Bébécas...emocionou-se, chorou e confesso que desejei tantas coisas e que a minha história e da Bébécas tivesse de facto outros actores. Não só não teriamos sofrido tanto as duas, como podíamos ter feito outra família feliz e orgulhosa das suas duas meninas.
E é lógico que a estrago com mimos, e que o quarto dela está a ficar um deslumbre e que me ponho a fazer contas de cabeça e chego à conclusão que nem aos meus 4/5 anos tinha tantos brinquedos e tanto espólio como tem a minha menina.
Tento evitá-lo, mas sempre que posso e que arranjo uma justificação para tal (nem que seja um dente a romper) lá faço por compensá-la de tantas outras carências que jamais conseguirei colmatar.
Agora a minha demanda é o quarto dela; ainda estou a equacionar a hipótese de desenhar as estantes para os brinquedos, mas aí tinha que estar num momento de grande inspiração, facto que para questões de design às vezes me acontece, mas é raro.
Tirar medidas, fazer esquadrias, decidir onde ficam prateleiras, onde ficam, cestos e gavetas...onde vai ficar a área de estudo, o espaço para o laptop, aparelhagem, a televisão e o leitor de dvd's ainda estão em análise pois este tipo de tecnologia também tem os seus efeitos perversos; mas que vai ficar um espaço giro, vai. Aliás, já está.
Falta-me arranjar um sítio para o triciclo, o carro da Chicco 4 em 1 e o cavalo de baloiço porque só esses apetrechos me enchem o T2.
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