Avançar para o conteúdo principal

Aos 3 anos, a minha pequena surpreende-me a cada dia

E de mais uma série de coisas que trouxe de casa da minha mãe, guardei no quarto dela este "jogo"; trata-se de um puzzle muito específico, pois tem que se fazer corresponder o ciclo reprodutivo dos animais...um fantástico jogo da "Majora" que tanto preencheu a minha infância.

Organizada como é, a minha mãe sempre teve por hábito escrever quem me tinha oferecido os presentes e quando e este diz no verso:

"Oferecido pela madrinha G. - Julho de 1984" (um aparte, a minha mãe nestas coisas é irrepetível, porque sempre tratou deste tipo de situação com um cuidado, demonstrado por estas pequenas coisas).

Bem, feitas as coisas, na altura em que o recebi tinha 6 anos e meio sensivelmente e era de facto adequado à minha idade e foi um jogo com o qual me lembro perfeitamente de ter brincado.

Não esperava que a minha Lady Tinkerbell aos 3 anos já o conseguisse executar na perfeição, sozinha e numa fracção de minutos - se não estivesse sozinha com ela em casa, não acreditava, mas ela fê-lo.

Há uns dias também, o Honey, muito céptico começou a perguntar-lhe algumas coisas de Inglês, em inglês - e ela respondeu na perfeição e não se deixou apanhar numa ou outra ratoeira.

Não sou daquelas pessoas que pensa que os seus filhos são melhores do que os dos outros, longe disso; sei perfeitamente quem tenho em casa e que tem alguns defeitos que teimo em corrigir; genéticos ou não, não quero que os conserve.

Mas dou comigo a pensar se ela herdou alguma da minha inteligência e quiçá, não a desenvolverá e brilhará no futuro dela; confesso que gostava.

Acho que a inteligência é um dom e quando bem aplicada é ela que difencia um de entre os demais; para além de que tenho cá dentro um medo estúpido de que a minha filha, nos seus tempos de estudante possa ser isso mesmo, estúpida, pouco inteligente, ignorante - dou comigo a pensar como é que eu ultrapassaria uma coisa dessas. Depois de todas as etapas que eu já passei com ela, e provei que sou uma mãe capaz, com todos os meus defeitos e virtudes, faltam-me efectivamente esses dois parâmetros que só o tempo o dirá: a educação no facto de saber estar, de cumprir as regras, ter valores...e contribuir para que ela tenha um cultura diferenciada, que seja uma boa aluna, que siga o trajecto da cultura, do gosto pelas artes, da aprendizagem e do saber.

Sei que, para além de termos ou não propensão genética para tal, tudo pode ser treinado, incumbido, delineado...e ao ver estes progressos na minha filhota quero acreditar que tive a benção de dar à luz uma menina verdadeiramente inteligente...espero que sim.

Não vou, nem pretendo ensiná-la a ler antes de tempo, não vou impôr-lhe o Ballet com esta idade...apesar do tempo urgir, deixai-a ser bebé, que está quase a deixar de o ser; mas no que puder fomentar para desenvolver aquele cérebro e que seja adequado para a idade dela, vou fazê-lo...é a minha missão.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en