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...2 anos, o parto demorado! #1

E foi por volta  da 1 da tarde de há dois anos atrás que eu tive a primeira ameaça a sério de que afinal a rapariga não ia nascer com indução e estava a querer descobrir o mundo sem ajuda da occitocina.

Eu disse ameaça, pois as dores continuavam a ser suaves, eu continuava extremamente inchada nas extremidades do corpo, a barriga redondíssima e tão apelativa que conhecidos e desconhecidos pediam para fazer uma festinha, nada de estar descaída, muito pelo contrário e eu a fazer o que mandaram....andar na praia.

Mas para chegarmos ao Independence Day, ainda faltavam muitas e longas horas...e as apostas clínicas continuavam a apontar para o início da indução no dia 06/07 e nascimento a 07/07.
Uma certeza já tinhamos, das 41 semanas a Bébécas não passava e eu, também não, já não aguentava mais.

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 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en