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Pentear o cabelo da minha filha

e deixá-lo com um ar de facto penteado e tratado é uma tarefa bem mais árdua do que foi compreender onde é que o Kafka queria chegar quando escreveu "O Processo".

E enquanto que há 30 e alguns atrás a minha mãe não fazia puto ideia da forma como iria descalçar a bota, eu, apesar de ter o cabelo que caracteriza a minha raça, também tenho algumas dificuldades em contornar a situação.

Ah e tal, faz aquelas trancinhas agarradinhas à cabeça....ficam tão giras e assim o cabelo começa a ganhar peso e a crescer para baixo.

Simmmm, isso é tudo muito fácil se eu não tivesse sido criada com raízes profundamente europeias e com muito pouca ou nenhuma ligação às questões capilares africanas.

Mas eu dou conta do recado; oiço com orgulho quando ando por aí com a Bébécas, que ela está linda, que está sempre muito bem vestida, que é uma princesa e que tem um cabelo maravilhoso, que a mamã tem muito bom gosto para a arranjar, que é fashion e que tem um cabelo lindo.

Ufa...menos mal. Vamos ter um clone da modelo Ana Sofia daqui a uns anos.

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