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Quando a minha miúda pensa, por norma sai asneira

Numa das nossas conversas existenciais, presenteia-me com o seguinte:

 - Mamã, quando for crescida vou começar a fumar!

 - Vais começar o quê? Desculpa, a mãe não percebeu.

 - A fu-ma-RE!

 - Porque...? - perguntei eu.

 - Eu explico mamã. Porque as pessoas dizem todas que é difícil deixar. E eu acho que se nós quisermos nós somos capazes, é simples. Se eu não quero comer chocolate eu não como e se eu me quero portar bem, eu porto. Por isso vou começar a fumar quando crescer, depois deixo e vou provar à avó, ao pai e "ao meu melhor amigo dos adultos" que afinal para deixar de fumar, basta querer.

Bom, foi não só o choque desta nova ideia e antes de mais do porquê que não deixa de ser nobre, mas se com isto se lembrar de uma outra adicção mais grave, vamos ter um grande problema; bem, prevejo anos de adolescência tempestuosos, como também a relembrança do "melhor amigo dos adultos" que ultimamente tem pairado aqui por casa e eu faço o possível para que ela não sofra com as más acções de adultos menos ortodoxos e que de facto e neste caso o relembre nas coisas em que a fez feliz.

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