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O descanso da guerreira

Durante o dia tenho momentos em que anseio que ela durma nem que seja meia hora para eu respirar fundo e fazer alguma coisa com um princípio, meio e fim.

Hoje foi um desses dias, dada a hora madrugadora a que acordou, com uma energia exponencial, já não sabia o que havia de lhe fazer; a seguir ao almoço, esgotada de todo, adormeceu sem ter que lhe dizer nada - lá andei eu atenta ao xixi, não fosse acontecer um acidente, mas não. Acabei por acordá-la por voltas das 4 da tarde, para ir brincar até ao parque e foi uma loucura; ela não quer saber se os outros meninos são maiores, se brincam com ela ou não, corre, esbraceja, ri, grita...uma pessoa fica feliz só de a ver assim, livre.

Lá ia para os escorregas maiores e eu a achar que não ia conseguir subir, até uma mini-escalada a miúda me fez e o maia difícil foi tirá-la de lá.

A água do banho saiu preta, jantou num ápice e lá foi para a camita sem grandes dramas, apenas a "implorar" que eu fosse dormir com ela, agarrou-se ao meu pescoço, deu-me beijinhos e adormeceu.

Fui lá agora ver como estava, tirar alguns bonecos que estavam a mais, aconchegar-lhe a roupa, olhar para os brinquedos todos nos seus devidos lugares e de facto já não estou habituada a este lacónico sossego; entrar ali e estar tudo assim, faz confusão...dorme que nem uma princesa (sempre me fez confusão dizer que as crianças dormem que nem um anjo, se bem que seja mesmo isso que parece).

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