Jamais haverá consenso no que toca a preferências odoríficas. Se um gosta de Chanel 5, outro já diz que o seu odor natural é maravilhoso (e não é nada, mas há quem goste). Eu por acaso aprecio a arte que é desenvolver um perfume, mas muito poucos me apaixonam. Mas aqueles que figuram na minha lista VIP, vão acompanhar-me até ao fim dos meus dias.
Depois conheço quem goste do cheiro a gasolina, e quem não goste nada, do cheiro a marisco, flores, mas não todas, que tolere o cheiro a cão, ou diga mesmo que o seu cão cheira a rosas (só que não), etc. e tal.
Eu não sou excepção e gosto imenso do cheiro que emana da presença de iodo - que para muitos é extremamente desagradável. A tempestade destes últimos dias deve ter trazido à tona tantas algas e componentes marinhos que há pouco ao passar na Avenida Marginal, mesmo com os vidros fechados, senti aquele odor a iodo, maravilhoso. Abri os vidros todos, inspirei e expirei até onde os meus pulmões o permitiram, e parecia estar a inalar vida.
Soube-me tão, mas tão bem.
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